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Desafio - Módulo IV

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Citação de Francile de Oliveira Pastoura Olimpio em outubro 17, 2025, 12:32 pm

A proposição cria um espaço de cuidados,onde o usuário é o sujeito autônomo e um receptor de cuidados, permitindo que a abordagem seja integral e atenda as necessidades específicas, promovendo seu bem estar com maior eficiência.

Concordo com esta percepção pois esta relação horizontalizada e pautada no cuidado permite uma autonomia do sujeito e uma relação transferencial com a equipe e com o espaço de convivencia e tratamento de saúde.

A Psicanálise oferece o quadro teórico que transforma o usuário de um mero recebedor de tratamento em um sujeito que fala e opera seu próprio processo, viabilizando, assim, o ideal de cuidado horizontal e integral proposto pelo SUS.

Para que tenha bons resultados no ambiente incluindo a capacitação de profissionais é importante para que o indivíduo se sinta acolhido

Porque mesmo que haja uma diferença entre os papéis. É importante que o paciente se sinta à vontade durante o tratamento para que consigam produzir comportamentos espontâneos o mais próximo de sua rotina diária de vida

“Minha proposta é que, além da coleta de dados clínicos, construamos o plano de atendimento considerando o sujeito em sua totalidade, suas experiências, medos e expectativas. Isso exige escuta ativa e atenção aos vínculos que se estabelecem entre usuário e profissional.

Ao valorizar essas relações, criamos um espaço de cuidado horizontal, em que decisões são compartilhadas, resistências são compreendidas como sinais de sofrimento e não apenas obstáculos, e o acompanhamento clínico se torna um processo colaborativo e humanizado.”

Pensar o cuidado em saúde a partir de uma perspectiva horizontal é reconhecer que ele se constrói no encontro entre sujeitos — profissional e usuário — que compartilham a experiência do cuidado. Nesse espaço, o usuário deixa de ser visto como objeto de intervenção e passa a ser reconhecido como agente de seu próprio processo de saúde, com saberes, histórias e afetos que também produzem sentido e direcionam o cuidado.

A equipe interdisciplinar, nesse contexto, atua não apenas como quem aplica protocolos, mas como quem escuta e interpreta o sujeito inserido em seu modo singular de existir. A escuta psicanalítica, ao privilegiar a palavra e a subjetividade, amplia o campo da clínica e permite que o cuidado se torne um espaço de construção compartilhada — onde o vínculo é o principal instrumento terapêutico.

Quando o vínculo é valorizado e a condição de sujeito é respeitada, o cuidado se afasta da lógica verticalizada do “quem sabe” e “quem obedece” e se aproxima de uma prática dialógica, afetiva e transformadora. Assim, a horizontalidade não é apenas um modo de organizar o trabalho, mas uma postura ética diante do outro: reconhecer que todo encontro em saúde é, antes de tudo, um encontro humano.

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