Entre paradigmas: o eu, o imagético e o espelho no divã
Citação de Mariana Moura em outubro 24, 2022, 6:16 pmO primiero passo para conhecer e sentir é entender sobre 1. o que é, 2. onde é (está), 3. o que significa e esse reconhecimento, em primeiro lugar deve acontecer sobre a própria identidade do indivíduo. E, para além de "porquês" e "para onde", faz-se indispensável encarar a imagem que se reflete no espelho.
Acompanhando Freud e Lacan sobre como nossa imagem e nossa própria identidade está ligada diretamente pela relação inviolável com um "outro" que legitima esse reconhecimento visual, no mundo contemporâneo marcado pelo avanço de uma etapa, ainda em indefinida construção, do capitalismo, numa realidade definida por uma "sociedade do cansaço" (Byung-Chul Han) e pela "modernidade líquida" (Zygmunt Bauman), a reflexão sobre as "estrelas", a fama, o sucesso, o mundo da celebridade e do star system inaugura um novo Espelho para este mesmo indivíduo de destaque social.
Para além da relação entre Real e não real, está claro que as celebridades enfrentam o algoz identitário de perder o uso, o controle e a reprodução de sua própria imagem, de sua individualidade, de sua discrição e de seu próprio anonimato. De uma forma ou outra, a montagem de um persoagem torna-se definito e o estado anterior não se preenche, não se reformula e fica extasiado. Sua imagem perde o sentido de intimidade e passa a ser terreno de domínio publico gerido por um anárquico regime de pixels e edições em rede.
Há de considerar que a mesma imagem se associa e se representa em distintos paradigmas de imagem (Santaella e Noth), respondendo ao processo evolutivo de produção de imagem que acompanha os dispositivos tecnológicos, que incorporam pares dicotômicos e por vezes antagônicos na definição do significado.
O primiero passo para conhecer e sentir é entender sobre 1. o que é, 2. onde é (está), 3. o que significa e esse reconhecimento, em primeiro lugar deve acontecer sobre a própria identidade do indivíduo. E, para além de "porquês" e "para onde", faz-se indispensável encarar a imagem que se reflete no espelho.
Acompanhando Freud e Lacan sobre como nossa imagem e nossa própria identidade está ligada diretamente pela relação inviolável com um "outro" que legitima esse reconhecimento visual, no mundo contemporâneo marcado pelo avanço de uma etapa, ainda em indefinida construção, do capitalismo, numa realidade definida por uma "sociedade do cansaço" (Byung-Chul Han) e pela "modernidade líquida" (Zygmunt Bauman), a reflexão sobre as "estrelas", a fama, o sucesso, o mundo da celebridade e do star system inaugura um novo Espelho para este mesmo indivíduo de destaque social.
Para além da relação entre Real e não real, está claro que as celebridades enfrentam o algoz identitário de perder o uso, o controle e a reprodução de sua própria imagem, de sua individualidade, de sua discrição e de seu próprio anonimato. De uma forma ou outra, a montagem de um persoagem torna-se definito e o estado anterior não se preenche, não se reformula e fica extasiado. Sua imagem perde o sentido de intimidade e passa a ser terreno de domínio publico gerido por um anárquico regime de pixels e edições em rede.
Há de considerar que a mesma imagem se associa e se representa em distintos paradigmas de imagem (Santaella e Noth), respondendo ao processo evolutivo de produção de imagem que acompanha os dispositivos tecnológicos, que incorporam pares dicotômicos e por vezes antagônicos na definição do significado.