Entre vozes herdadas e escuta de si: identidade, linguagem e identificação na psicanálise
Citação de Norma de Souza Lopes em julho 8, 2025, 7:07 pmA leitura dos textos me fez perceber como a construção da identidade é um processo atravessado por identificações que nos habitam desde a infância e que, muitas vezes, carregamos sem perceber. A partir da psicanálise, especialmente com Lacan, entendi que o inconsciente não é um lugar escondido, mas sim algo que se estrutura como linguagem, ou seja, aquilo que nos escapa na fala, nos sonhos, nos sintomas. O artigo sobre as identificações transgeracionais deixou isso ainda mais concreto pra mim: muitas vezes, repetimos posições herdadas sem conseguir nomear o porquê, e o sofrimento aparece justamente aí — quando o sujeito está aprisionado em um lugar que não escolheu.
A unidade nos ajuda a pensar que o sintoma pode ser uma forma de linguagem do inconsciente, e que o processo analítico permite deslocar identificações rígidas para que o sujeito encontre novas formas de existir. É como se o trabalho clínico fosse menos sobre consertar e mais sobre escutar, escutar o que retorna, o que insiste, o que foi recalcado. Isso tudo me fez olhar para mim mesma de outro jeito, percebendo que o que às vezes chamamos de "identidade" pode ser, na verdade, uma colagem de vozes, olhares e expectativas que ainda estamos tentando elaborar.
A leitura dos textos me fez perceber como a construção da identidade é um processo atravessado por identificações que nos habitam desde a infância e que, muitas vezes, carregamos sem perceber. A partir da psicanálise, especialmente com Lacan, entendi que o inconsciente não é um lugar escondido, mas sim algo que se estrutura como linguagem, ou seja, aquilo que nos escapa na fala, nos sonhos, nos sintomas. O artigo sobre as identificações transgeracionais deixou isso ainda mais concreto pra mim: muitas vezes, repetimos posições herdadas sem conseguir nomear o porquê, e o sofrimento aparece justamente aí — quando o sujeito está aprisionado em um lugar que não escolheu.
A unidade nos ajuda a pensar que o sintoma pode ser uma forma de linguagem do inconsciente, e que o processo analítico permite deslocar identificações rígidas para que o sujeito encontre novas formas de existir. É como se o trabalho clínico fosse menos sobre consertar e mais sobre escutar, escutar o que retorna, o que insiste, o que foi recalcado. Isso tudo me fez olhar para mim mesma de outro jeito, percebendo que o que às vezes chamamos de "identidade" pode ser, na verdade, uma colagem de vozes, olhares e expectativas que ainda estamos tentando elaborar.