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Lacan, o real e o simbólico.

Lacan enfatiza que a questão primordial da experiência analítica localiza-se na fala e deixar de colocá-la em primeiro plano faz irromper o Imaginário, mas a análise não atua neste registro. O Imaginário, diferente da imaginação, tem a ver com as imagens e não se confunde com o campo do analisável, embora o analisável sempre encontre o Imaginário em sua fixidez.

Enfatizar o Imaginário na experiência analítica anula a função simbólica da linguagem e o instinto de morte freudiano desaparece. Lembrando Hegel, “a palavra mata a coisa”, o instinto de morte liga-se ao Simbólico.

Tratar o Simbólico que aparece na análise (sintomas, atos falhos) leva a perceber o funcionamento dos símbolos na linguagem, a partir da articulação significante e significado, o equivalente da estrutura de linguagem.

Pode-se aqui pensar em Saussure, para quem o signo lingüístico é a totalidade entre conceito e imagem acústica – esta não é um som material, mas a impressão psíquica deste som. O signo lingüístico seria uma entidade psíquica de duas faces, dois elementos unidos, um sempre reclamando o outro: significado e significante.