Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Miragem

O imaginário na psicanálise se refere ao que a cultura apresenta, ou mesmo, impõe, através de um sistema de signos, o 'real' ao sujeito. Assim, o primeiro tanto pode influenciar no ser individual quanto no coletivo. O simbólico é aquilo que substitui o objeto, o representando em outro tempo-espaço. Já, o real, é aquilo que não pode ser substituído. Exemplo: Se diz que em meio às areias de um deserto, se pode ver - por algum fenômeno físico e/ou psicológico, miragens, que dão a falsa esperança de haver encontrando, ali, água potável. O deserto é real. A miragem seria o simbólico, advindo do imaginário. A água para resolver, efetivamente, a necessidade biológica denominada sede, igualmente deveria ser real, pois insubstituível.

Os três paradigmas da imagem são o pré-fotográfico, ou seja aquilo apreendido a olho nu pelo ilustrador, pintor, escultor, artesão, a partir de uma abstração própria, ainda que, a depender do estilo, haja o intuito de representar com o máximo realismo possível um instante no tempo-espaço; Enquanto o paradigma fotográfico passa pelo crivo de um olho mecânico, e não só representa como comprova um acontecimento móvil ou estático, ao capturar determinada uma cena e/ou cenário. Já, o paradigma pós-fotográfico se trata da manipulação tecnológica de imagens fotografadas ou mesmo criadas por um desenhista digital ou, mesmo, um programador através de inteligência artificial.

Os três paradigmas trabalham com o simbólico, já que substituem o real de forma única, no caso do pintor, ou 'infinita', em se tratando de fotografia  impressa e/ou criação digital. Porém, é preciso ressaltar que o 'real' apreendido é um recorte do tempo/espaço, o que não deixa de ser, em algum nível, uma abstração.