o que aprendi neste módulo.
Citação de LEOPOLDO PONTES em setembro 25, 2022, 8:43 pmSegundo Lacan, os registros do imaginário, do simbólico e do real, são retomados na construção dos três paradigmas da imagem:
Pré-fotográfico: imagens artesanais, como o desenho, a pintura, a gravura, o múltiplo, tudo o que. De uma certa forma, imita o corpo humano e a natureza. É o registro do imaginário. Ela é idílica, surreal, incompleta e mítica, ou seja, suspensa no tempo;
Fotográfico: toda e qualquer imagem que tem relação dinâmica com o o corpo humano ou a natureza, como a própria fotografia, o daguerreótipo, o calótipo, e o cinema. Traz o rastro do objeto identificado. Há um recorte no espaço-tempo, captura-se um fragmento único. Aparece pelo conflito entre o imaginário e o real;
Pós-fotográfico: engloba toda e qualquer imagem sintética ou infográfica, numérica, computadorizada, criada por um cálculo aritmético, reduzida por meio da computação. Aqui, não se faz mais necessária a presença do espectador e do objeto representativo no tempo e no espaço. O olhar do sujeito se reduz a um ponto geométrico. Está para o registro do simbólico. As dimensões de espaço-tempo foram diluídas. A arte hiperrealista poderia ser incluída neste campo, assim como o NFT (token não fungível), a imagem computadorizada, ainda que captada por um ser humano.
Os grandes problemas que vejo nessa divisão são:
- Lacan pensa no imaginário, no simbólico e no real, de uma maneira apenas visual. No primeiro paradigma poderíamos incluir o canto, o toque de instrumentos musicais, a perfumaria, etc; no segundo paradigma, o fonógrafo, a vitrola, o toca-fitas, ou até a televisão analógica; no terceiro paradigma, então, teríamos os jogos, os videogames (sendo que alguns estariam no segundo paradigma), e o streaming;
- Não se pode falar em três paradigmas estanques. Por exemplo, a pintura hiperrealista pode ser um sonho vívido; o imaginário pode estar incluído em qualquer paradigma, pois nunca sabemos onde começa, e onde termina, a realidade.
- A fotografia analógica é frequentemente mexida em sua revelação, através de alterações na exposição do negativo, digamos, um pouco mais de um lado da foto que do outro, o que comprometeria a “veracidade”. Isso a torna mais próxima ao primeiro paradigma, porém a foto digital só é diferente da analógica por causa de suas possibilidades de photoshop, o que, na verdade, a aproxima. Assim,
- Os três paradigmas se confundem num só.
Segundo Lacan, os registros do imaginário, do simbólico e do real, são retomados na construção dos três paradigmas da imagem:
Pré-fotográfico: imagens artesanais, como o desenho, a pintura, a gravura, o múltiplo, tudo o que. De uma certa forma, imita o corpo humano e a natureza. É o registro do imaginário. Ela é idílica, surreal, incompleta e mítica, ou seja, suspensa no tempo;
Fotográfico: toda e qualquer imagem que tem relação dinâmica com o o corpo humano ou a natureza, como a própria fotografia, o daguerreótipo, o calótipo, e o cinema. Traz o rastro do objeto identificado. Há um recorte no espaço-tempo, captura-se um fragmento único. Aparece pelo conflito entre o imaginário e o real;
Pós-fotográfico: engloba toda e qualquer imagem sintética ou infográfica, numérica, computadorizada, criada por um cálculo aritmético, reduzida por meio da computação. Aqui, não se faz mais necessária a presença do espectador e do objeto representativo no tempo e no espaço. O olhar do sujeito se reduz a um ponto geométrico. Está para o registro do simbólico. As dimensões de espaço-tempo foram diluídas. A arte hiperrealista poderia ser incluída neste campo, assim como o NFT (token não fungível), a imagem computadorizada, ainda que captada por um ser humano.
Os grandes problemas que vejo nessa divisão são:
- Lacan pensa no imaginário, no simbólico e no real, de uma maneira apenas visual. No primeiro paradigma poderíamos incluir o canto, o toque de instrumentos musicais, a perfumaria, etc; no segundo paradigma, o fonógrafo, a vitrola, o toca-fitas, ou até a televisão analógica; no terceiro paradigma, então, teríamos os jogos, os videogames (sendo que alguns estariam no segundo paradigma), e o streaming;
- Não se pode falar em três paradigmas estanques. Por exemplo, a pintura hiperrealista pode ser um sonho vívido; o imaginário pode estar incluído em qualquer paradigma, pois nunca sabemos onde começa, e onde termina, a realidade.
- A fotografia analógica é frequentemente mexida em sua revelação, através de alterações na exposição do negativo, digamos, um pouco mais de um lado da foto que do outro, o que comprometeria a “veracidade”. Isso a torna mais próxima ao primeiro paradigma, porém a foto digital só é diferente da analógica por causa de suas possibilidades de photoshop, o que, na verdade, a aproxima. Assim,
- Os três paradigmas se confundem num só.