Os três paradigmas da imagem
Consegui entender que tudo que está relacionado a imagem pode e deve ser analisado e até mesmo questionado, pois todo ser humano que retrata uma imagem, não importa em que nível do paradigma, é influenciado por suas experiências, vivencia, conhecimento, ambiente, pessoas, etc. Toda imagem tem a subjetividade de um sujeito por trás dela, assim, a realidade transmitida pode ser intencional ou não intencionalmente afetada pelo sujeito autor desta, além, de vários contextos de sua própria realidade fazer parte da intenção na criação ou captura da imagem. Assim, cada sujeito que a vê pode inferir um sentimento ou percepção da imagem diferente do outro.
Os três paradigmas da imagem: pré-fotográfico (gravura, pintura, escultura), fotográfico (fotografia) e pós-fotográfico (imagens criadas somente por computadores), nos mostram como vivenciar a realidade através de uma imagem, essa analise pode ser algo simples, mas ao mesmo tempo complexo, se analisarmos de acordo Santaella e Noth, por meio da abordagem da noção dos paradigmas, as duplicidades da fotografia (físico e simbólico; único e infinito; fragmento e a intensidade; real e transfiguração; presença e ausência; proximidade e separação; fusão e do corte) e as tricotomias (signo em si; signo e objeto; signo e interpretante) e também por meio de Peirce que nos trás uma análise através da semiótica a partir da lógica, dividindo os signos a partir da tripla visão (quali-signo; sin-signo; logi-signo), em relação a essa tricotomia podemos entender como as convenções em relação ao que vemos é estabelecido na sociedade, no material complementar, temos o exemplo das cores azul e rosa, que azul representa seriedade e se atribui a homens e rosa fragilidade e se atribui a mulher, isso foi convencionado pela cultura e inserido no contexto da sociedade como uma regra para todos. A conceituação da primeiridade, secundidade e terceiridade (a primeiridade é o contato primeiro, o acaso, algo espontâneo que precede à tomada de consciência acerca do fenômeno; quando tomamos consciência do que o fenômeno é, já estamos na secundidade e, finalmente quando entendemos e refletimos sobre aquele fenômeno, podemos dizer que passamos pela terceiridade.) é a base de Peirce para essa definição semiótica.
São muitos conceitos novos que entendi que estão se relacionando quando analisamos as imagens com o entendimento dos três paradigmas da imagem, e assim podemos observar como podemos ser manipulados e enganados por uma inocente imagem (gravura, foto, quadro, escultura, filmes, séries, jogos online, etc...), seja por nossa percepção pessoal ou pelo que falam em relação a ela e acatamos como realidade.