Real, Simbólico e Imaginário: significados em linguística e em Lacan
Citação de Vania Santiago em agosto 5, 2024, 12:20 amReal = não sentido, lugar do ser. Isto é, o real atravessa nossa psique, mas não é inequivocamente formulado em palavras, é algo do mundo físico ou orgânico, no máximo o percebemos; não por acaso alguns autores aproximam este elemento ao id freudiano.
Imaginário = sentido, lugar do eu. Ou seja, o imaginário é o lugar do “eu”, não à toa associado muitas vezes ao ego da teoria de Freud. O imaginário é o lugar do sentido (um sentido) porque o “eu” se firma a partir do significado que atribui a si e a fatores externos, o lugar de suas ideias, crenças, defesas, resistências.
Simbólico = duplo sentido, lugar do sujeito (ou até mesmo: múltiplos sentidos). Isto é, o simbólico é o lugar do discurso e da formação do(s) sujeito(s). Então, demanda a interação entre psiques, no mundo social, pela linguagem e na linguagem. Até por haver a dimensão do social, há quem compare a dimensão lacaniana do simbólico ao superego de Freud.
Exemplo, a ideia de desejo:
- Se você pensar pela dimensão do orgânico e da natureza humana que é propensa a desejar, estamos no campo do real (não sentido).
- Se você pensar que o “eu” consiga elaborar parte do que ele deseja e assim se definir pelo desejo (por exemplo, “eu me realizo sendo pai”, ou “eu desejo me tornar psicanalista”), o desejo está sendo tomado pelo imaginário (sentido).
- Se você pensar os diferentes discursos sobre o que é desejo, você perceberá que há diferentes ideias para definir “desejo”, se o desejo é algo bom ou ruim, sobre os diferentes objetos do desejo etc. Estamos já no duplo (ou múltiplo) sentido, o lugar do sujeito, que é um lugar social e que se constitui de posições discursivas complementares ou conflitantes, isto é, de afirmação, negação e silenciamentos de sentidos.
O real é aquilo que não se integra. O real é aquilo que é o abjeto.
Real = não sentido, lugar do ser. Isto é, o real atravessa nossa psique, mas não é inequivocamente formulado em palavras, é algo do mundo físico ou orgânico, no máximo o percebemos; não por acaso alguns autores aproximam este elemento ao id freudiano.
Imaginário = sentido, lugar do eu. Ou seja, o imaginário é o lugar do “eu”, não à toa associado muitas vezes ao ego da teoria de Freud. O imaginário é o lugar do sentido (um sentido) porque o “eu” se firma a partir do significado que atribui a si e a fatores externos, o lugar de suas ideias, crenças, defesas, resistências.
Simbólico = duplo sentido, lugar do sujeito (ou até mesmo: múltiplos sentidos). Isto é, o simbólico é o lugar do discurso e da formação do(s) sujeito(s). Então, demanda a interação entre psiques, no mundo social, pela linguagem e na linguagem. Até por haver a dimensão do social, há quem compare a dimensão lacaniana do simbólico ao superego de Freud.
Exemplo, a ideia de desejo:
- Se você pensar pela dimensão do orgânico e da natureza humana que é propensa a desejar, estamos no campo do real (não sentido).
- Se você pensar que o “eu” consiga elaborar parte do que ele deseja e assim se definir pelo desejo (por exemplo, “eu me realizo sendo pai”, ou “eu desejo me tornar psicanalista”), o desejo está sendo tomado pelo imaginário (sentido).
- Se você pensar os diferentes discursos sobre o que é desejo, você perceberá que há diferentes ideias para definir “desejo”, se o desejo é algo bom ou ruim, sobre os diferentes objetos do desejo etc. Estamos já no duplo (ou múltiplo) sentido, o lugar do sujeito, que é um lugar social e que se constitui de posições discursivas complementares ou conflitantes, isto é, de afirmação, negação e silenciamentos de sentidos.
O real é aquilo que não se integra. O real é aquilo que é o abjeto.