Relação com o real
Citação de Fernanda Cristina Santos Carbonin em outubro 18, 2023, 5:53 pmA imagem é uma forma de expressão humana cuja percepção e interpretação está para além dos sentidos. Ela constitui também um olhar
sobre o sujeito, o mundo e o real. Esse olhar, como você deve imaginar, é variável ao longo do tempo e também muda de acordo com espaço,
sociedade, contexto, etc. Além disso, a imagem é ainda marcada pelo olhar do sujeito que a observa e a contempla, pois esse mesmo olhar
é produtor de sentidos sobre ela e sobre o real que ela representa.Relação compreensiva. Relação com o real a qual atribui um valor e uma função simbólica aos elementos da cultura.
Embora seja bem difícil sintetizar você pode considerar, de forma bem geral, o seguinte: o imaginário, que passou a ser usado por Lacan a partir de 1936, diz respeito a uma relação dual com a imagem do semelhante. Essa noção está relacionada
ao estádio do espelho (como você vai ver mais adiante), que é uma reflexão
importantíssima para a psicanálise no tocante à construção do eu, da relação
entre o eu e o outro e da imagem e (in)completude dos homens. Empregado
em associação com as categorias do real e do simbólico, a partir do ano de
1953, o imaginário passa a ser definido, na reflexão trazida por Lacan, “[...]
como o lugar do eu por excelência [...]”, o espaço dos “[...] fenômenos de ilusão,
captação e engodo [...]” (ROUDINESCO; PLON, 1998a, p. 371).Quanto ao termo real, este passou a ser introduzido a partir de 1953, sendo
comumente associado ao que é impossível de ser simbolizado e representado.
É importante não confundir o real da psicanálise com a noção de uso comum
de realidade. Para a elaboração dessa categoria, Lacan recorreu tanto ao campo
da filosofia como ao conceito de Freud de realidade psíquica (ROUDINESCO;
PLON, 1998b). Ainda se valeu das reflexões elaboradas pelo cientista social
Relação compreensiva. Relação com o real
A imagem é uma forma de expressão humana cuja percepção e interpretação está para além dos sentidos. Ela constitui também um olhar
sobre o sujeito, o mundo e o real. Esse olhar, como você deve imaginar, é variável ao longo do tempo e também muda de acordo com espaço,
sociedade, contexto, etc. Além disso, a imagem é ainda marcada pelo olhar do sujeito que a observa e a contempla, pois esse mesmo olhar
é produtor de sentidos sobre ela e sobre o real que ela representa.
Relação compreensiva. Relação com o real a qual atribui um valor e uma função simbólica aos elementos da cultura.
Embora seja bem difícil sintetizar você pode considerar, de forma bem geral, o seguinte: o imaginário, que passou a ser usado por Lacan a partir de 1936, diz respeito a uma relação dual com a imagem do semelhante. Essa noção está relacionada
ao estádio do espelho (como você vai ver mais adiante), que é uma reflexão
importantíssima para a psicanálise no tocante à construção do eu, da relação
entre o eu e o outro e da imagem e (in)completude dos homens. Empregado
em associação com as categorias do real e do simbólico, a partir do ano de
1953, o imaginário passa a ser definido, na reflexão trazida por Lacan, “[...]
como o lugar do eu por excelência [...]”, o espaço dos “[...] fenômenos de ilusão,
captação e engodo [...]” (ROUDINESCO; PLON, 1998a, p. 371).
Quanto ao termo real, este passou a ser introduzido a partir de 1953, sendo
comumente associado ao que é impossível de ser simbolizado e representado.
É importante não confundir o real da psicanálise com a noção de uso comum
de realidade. Para a elaboração dessa categoria, Lacan recorreu tanto ao campo
da filosofia como ao conceito de Freud de realidade psíquica (ROUDINESCO;
PLON, 1998b). Ainda se valeu das reflexões elaboradas pelo cientista social
Relação compreensiva. Relação com o real