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Relação compreensiva e a relação com o real

A Teoria da Relatividade, dividida em Relatividade Restrita e Relatividade Geral, desafiou as concepções tradicionais de Newton sobre o espaço e o tempo, introduzindo a ideia de que esses dois elementos estão interligados em uma única entidade chamada espaço-tempo.

A Relatividade Restrita, proposta em 1905, trouxe à tona a noção de que o tempo não é absoluto, mas sim relativo ao estado de movimento do observador. Isso significa que dois eventos que ocorrem simultaneamente para um observador podem não ser percebidos como simultâneos por outro que se move em relação ao primeiro. Essa ideia, embora contraintuitiva, teve implicações profundas na física e na nossa compreensão do universo.

Em 1915, com a Relatividade Geral, Einstein apresentou uma nova visão da gravidade, não mais como uma força que atua à distância, mas como a curvatura do espaço-tempo causada pela presença de massa. Isso levou a novas compreensões sobre como os corpos celestes se movem e interagem, influenciando desde a astronomia até a cosmologia.

Essas inovações científicas também tiveram um impacto significativo na sociedade e na cultura da época. A mudança na percepção do tempo e do espaço refletiu-se em diversas áreas, como na arte, na literatura e na filosofia, desafiando as narrativas lineares tradicionais e promovendo uma nova forma de pensar sobre a existência e a experiência humana.

Para compreender a noção do real – e suas articulações com as noções de imaginário e simbólico – é importante fazer referência, primeiramente, ao campo da psicanálise, o qual influenciou a caracterização de paradigmas sobre a imagem. É importante você saber, de antemão, que Jacques Marie Émile Lacan (1901–1981) foi um psiquiatra e psicanalista francês que trouxe contribuições significativas para a psicanálise. Além das numerosas reflexões que trouxe para temas de âmbito comum, como o amor e a política, Lacan reforçou a necessidade de retornar ao fundador desse campo, isto é, ao neurologista e psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856–1939), preconizando a importância da (re)leitura da sua obra. Aliás, foi a partir do legado freudiano que o francês elaborou os seguintes registros: imaginário, simbólico e real.

Os registros do imaginário, do simbólico e do real, sistematizados por Lacan a partir das reflexões freudianas para caracterizar o funcionamento estrutural psíquico, são retomados na construção dos três paradigmas da imagem.

É importante você saber, de antemão, que deve ter cuidado ao se referir a distintos campos de estudo, como o da psicanálise, o qual trata de um sujeito de outra ordem, que é a do inconsciente, do desejo. No processo de retomadas teóricas, o estudioso/pesquisador pode “escorregar” na tendência à “pasteurização” ou homogeneização de diferentes perspectivas teóricas em torno da tentativa de se definir um objeto teórico específico (CORDEIRO, 2017).

A credibilidade faz parte de uma construção social, coletiva. Dito de outro modo, os elementos usados para construir uma mensagem visual como real podem ser interpretados de forma diferente por outro grupo social. Assim, enquanto um confere uma modalidade alta àquela mensagem, outros podem atribuir uma baixa. Nesse sentido, “[...] a credibilidade varia de sociedade para sociedade, uma vez que é culturalmente marcada [...]” (KRESS; VAN LEEUWEN, 1996 apud MOTA-RIBEIRO; COELHO, 2011). Além disso, dentro de uma mesma cultura, o próprio padrão de credibilidade pode variar. Essa variação também é histórica, pois se dá ao longo do tempo. Logo, é importante você ter como ponto de partida essa reflexão sobre a relação entre a imagem e o real como uma dinâmica de representação, e não como uma correspondência objetiva.

Portanto, dentro de cada cultura, é possível encontrar diferentes formas de observar uma mesma imagem. Assim, os padrões que caracterizam uma imagem mais “real” são contextuais, relacionais e variam conforme o tempo, o espaço, o sujeito que a vê, a situação de interação entre os sujeitos, entre outros elementos. Por fim, refletir sobre a relação entre imagem e real é importante para evitar prévios julgamentos e atitudes, bem como o uso da violência pela violência. Essa reflexão também é essencial para trabalhar a relação entre o eu e o outro – o meu olhar e o outro olhar – de forma mais ética e democrática diante do que está sendo veiculado na mídia.

 

 

De acordo com a psicanálise lacaniana,  o  real é aquilo que é impossível de ser simbolizado e não pode ser representado pelo simbólica e o imaginário. O real é indefinido, inesgotável e impossível, e Lacan afirma que "o impossível é o real".  O real é diferente da realidade, que é aquilo que vemos e imaginamos. O real é aquilo que se vê, mas que pode ser demonstrado como verdadeiro. 
A psicanálise compreensiva  é um modelo que se baseia na teoria psicanalítica e na pratica clínica, e que se concentra na concepção do ser interno". Este modelo considera o indivíduo como um ser total e procura compreender a inter-relação de vários fatores que compõem a vida mental. 

A compreensão é um conceito importante na psicologia, e pode ser abordada de diferentes formas, como a compreensão emocional, a relação compreensiva e a psicanálise compreensiva.