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Relação Compreensiva e a Relação com o Real

Os registros do imaginário, do simbólico e do real, sistematizados por Lacan a partir das reflexões freudianas para caracterizar o funcionamento estrutural psíquico, são retomados na construção dos três paradigmas da imagem:

Paradigma pré-fotográfico: abarca as imagens artesanais, tais como o desenho, a pintura e a gravura. Como resultado não é apenas uma imagem mas sim um objeto único, com autenticidade, que carrega em si até certa sacralidade. Este paradigma está ligado ao registo do imaginário na psicanálise. É no Imaginário que o sujeito constrói uma imagem de si mesmo, a partir de identifcações primordiais, como a fase do espelho. Nessa fase, a criança se reconhece em sua própria imagem refletida no espelho, formando uma unidade imaginária do eu.

Paradigma fotográfico: refere-se às imagens que têm uma relação dinâmica com o objeto que retomam, trazendo de alguma forma um rastro ou uma pista do objeto indicado. Neste caso, está ligado ao registo do real, o que está fora da linguagem, ao que é impossível de simbolizar ou representar completamente.  É o que escapa á simbolização e á percepção, resistindo a ser capturado pelo Imaginário ou pelo Simbólico.

Paradigma pós-fotográfico: engloba as imagens sintéticas ou infográficas, as quais são realizadas por meio da computação e está ligado ao registo simbólico que é o dominio da linguagem, das leis, das normas sociais e da cultura.  Ele organiza a experiência humana através de significantes (palavras) e representa a ordem do discurso, em que os sujeitos são inseridos desde o nascimento.