Relação compreensiva e a Relação com o Real
A interpretação do real não está limitada ao palpável ou empírico, mas também ao inteligível. Retomemos a realidade com vários pontos de vista, a título de exemplo filosófico, a Caverna de Platão, onde é pontuado um contraste entre 2 "realidades"(apesar de que o autor prefere tratar apenas o mundo das ideias como o real, sendo o outro (das sombras) o ilusório.
Hoje, se colocamos em pauta o que se traduz em "mundo das ideias e das sombras" temos um mar de comparativos para traduzirmos, tal como "mundo real" e "realidade virtual". Afinal, se é virtual, como pode ser real? O que é necessário para ser real? Se a resposta for algo que cause efeitos comportamentais, psicológicos ou sociais, as realidades virtuais são tão reais hoje quanto a rua de nossas casas, o restaurante que almoçamos ou a água que bebemos.
Afinal, onde podemos hoje traçar essa linha tênue da realidade? Talvez não possamos. O fato é que a realidade possui dimensões, constructos, e interpretações. Compreensões diferentes, contextos diferentes, e opiniões divergentes. Através de gerações ou não, a realidade cada vez mais nos parece turva, relativa e criativa.