Relação compreensiva e a relação com o real
Citação de LEANDRA MÁRCIA DE CARVALHO em novembro 17, 2025, 7:42 pmAo longo do meu estudo, compreendi que ver uma imagem nunca é apenas ver.
O olhar humano sempre está atravessado por história, memória, sentimentos, cultura e até mesmo pelas nossas próprias faltas. Nada do que vemos é neutro.Aprendi que existem três registros que organizam nossa relação com o mundo:
O Imaginário, ligado às imagens, às identificações, ao ego e às ilusões que criamos para nos reconhecer.
O Simbólico, que é o campo da linguagem, das regras, da cultura e das significações que nos antecedem.
O Real, que não é a “realidade” como pensamos, mas aquilo que não pode ser totalmente representado, nomeado ou capturado por imagens. O real é o ponto que escapa.
Entender esses registros me ajudou a compreender melhor como as imagens que circulam por aí — na mídia, nas redes sociais ou até mesmo na fotografia tradicional — não mostram o real, mas apenas um recorte, uma construção.
Vi também que diferentes tipos de imagens (as pintadas, as fotografias e as digitais) nos fazem criar relações diferentes com o que vemos. Uma pintura carrega a mão do artista; a fotografia cria a ilusão de verdade; a imagem digital muitas vezes nem depende mais da realidade para existir. Mesmo assim, todas podem ser percebidas como “reais” dependendo do contexto e da cultura.
Com isso, entendi que o que chamamos de “realidade” é sempre uma construção. As pessoas acreditam no que veem porque aquilo faz sentido dentro do seu mundo simbólico. Isso explica por que algumas imagens ganham força e são tomadas como verdade — mesmo quando são manipuladas ou mesmo quando mostram algo que nunca aconteceu.
Aprendi que uma imagem pode criar uma sensação de verdade, mesmo sem ser verdadeira. E que isso pode ter consequências graves, como vimos no caso da mulher que foi morta por causa de um retrato falado que nem era dela. A imagem tinha a “aparência” de real, mas era apenas um recorte interpretado sem reflexão crítica.
A relação compreensiva, então, não é apenas olhar para a imagem, mas ler o que ela significa, de onde ela vem, qual discurso carrega, e como ela se inscreve no simbólico de cada sociedade.
E a relação com o real significa entender justamente aquilo que a imagem não alcança, aquilo que não pode ser dito completamente, aquilo que escapa — porque o real não se captura.O que eu aprendi até aqui é que, nossa relação com as imagens e com o mundo nunca é direta: é sempre filtrada, construída e interpretada.
E é justamente nessa distância entre o que vemos e o que é, entre o que imaginamos e o que falta, que podemos começar a compreender o sujeito.
Ao longo do meu estudo, compreendi que ver uma imagem nunca é apenas ver.
O olhar humano sempre está atravessado por história, memória, sentimentos, cultura e até mesmo pelas nossas próprias faltas. Nada do que vemos é neutro.
Aprendi que existem três registros que organizam nossa relação com o mundo:
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O Imaginário, ligado às imagens, às identificações, ao ego e às ilusões que criamos para nos reconhecer.
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O Simbólico, que é o campo da linguagem, das regras, da cultura e das significações que nos antecedem.
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O Real, que não é a “realidade” como pensamos, mas aquilo que não pode ser totalmente representado, nomeado ou capturado por imagens. O real é o ponto que escapa.
Entender esses registros me ajudou a compreender melhor como as imagens que circulam por aí — na mídia, nas redes sociais ou até mesmo na fotografia tradicional — não mostram o real, mas apenas um recorte, uma construção.
Vi também que diferentes tipos de imagens (as pintadas, as fotografias e as digitais) nos fazem criar relações diferentes com o que vemos. Uma pintura carrega a mão do artista; a fotografia cria a ilusão de verdade; a imagem digital muitas vezes nem depende mais da realidade para existir. Mesmo assim, todas podem ser percebidas como “reais” dependendo do contexto e da cultura.
Com isso, entendi que o que chamamos de “realidade” é sempre uma construção. As pessoas acreditam no que veem porque aquilo faz sentido dentro do seu mundo simbólico. Isso explica por que algumas imagens ganham força e são tomadas como verdade — mesmo quando são manipuladas ou mesmo quando mostram algo que nunca aconteceu.
Aprendi que uma imagem pode criar uma sensação de verdade, mesmo sem ser verdadeira. E que isso pode ter consequências graves, como vimos no caso da mulher que foi morta por causa de um retrato falado que nem era dela. A imagem tinha a “aparência” de real, mas era apenas um recorte interpretado sem reflexão crítica.
A relação compreensiva, então, não é apenas olhar para a imagem, mas ler o que ela significa, de onde ela vem, qual discurso carrega, e como ela se inscreve no simbólico de cada sociedade.
E a relação com o real significa entender justamente aquilo que a imagem não alcança, aquilo que não pode ser dito completamente, aquilo que escapa — porque o real não se captura.
O que eu aprendi até aqui é que, nossa relação com as imagens e com o mundo nunca é direta: é sempre filtrada, construída e interpretada.
E é justamente nessa distância entre o que vemos e o que é, entre o que imaginamos e o que falta, que podemos começar a compreender o sujeito.
