Relação Compreensiva e a Relação com o Real
Citação de Douglas Hirosse Justino da Silva em fevereiro 7, 2023, 6:06 pmA obra de Lacan é tão importante que se costuma dizer que seja a Terceira Tópica da Psicanálise, também tripartite: real, imaginário e simbólico. Mario Antonio Coutinho Jorge, na obra Fundamentos da Psicanálise: De Freud a Lacan (RJ: Zahar, 2000), propõe a seguinte compreensão: Real = não sentido, lugar do ser. Isto é, o real atravessa nossa psique, mas não é inequivocamente formulado em palavras, é algo do mundo físico ou orgânico, no máximo o percebemos; não por acaso alguns autores aproximam este elemento ao id freudiano. Imaginário = sentido, lugar do eu. Ou seja, o imaginário é o lugar do “eu”, não à toa associado muitas vezes ao ego da teoria de Freud. O imaginário é o lugar do sentido (um sentido) porque o “eu” se firma a partir do significado que atribui a si e a fatores externos, o lugar de suas ideias, crenças, defesas, resistências. Simbólico = duplo sentido, lugar do sujeito (ou até mesmo: múltiplos sentidos). Isto é, o simbólico é o lugar do discurso e da formação do(s) sujeito(s). Na perspectiva psicanalítica, a imagem corporal é sustentada por uma noção de corpo que ultrapassa os limites biológicos, assim como as fronteiras do contorno e da percepção da imagem deste. Para a Psicanálise, o corpo não se reduz a músculos, ossos e órgãos organizados em sistemas que funcionam conforme uma máquina. A associação dessa imagem corporal a determinados comportamentos patológicos é da mesma maneira questionável. A apreensão da imagem do corpo e sua identificação como o “Eu” é decorrente de operações psíquicas complexas e fundamentais. As novas tecnologias trouxeram novos ares a fotografia, sugerindo uma nova maneira de ver e interpretar o mundo. Sua história, já marcada por diversos momentos de ruptura e reconfigurações, vive hoje uma das suas mais marcantes revoluções, com o advento de novos suportes tecnológicos, capazes de aumentar potencialmente os seus poderes.
A obra de Lacan é tão importante que se costuma dizer que seja a Terceira Tópica da Psicanálise, também tripartite: real, imaginário e simbólico. Mario Antonio Coutinho Jorge, na obra Fundamentos da Psicanálise: De Freud a Lacan (RJ: Zahar, 2000), propõe a seguinte compreensão: Real = não sentido, lugar do ser. Isto é, o real atravessa nossa psique, mas não é inequivocamente formulado em palavras, é algo do mundo físico ou orgânico, no máximo o percebemos; não por acaso alguns autores aproximam este elemento ao id freudiano. Imaginário = sentido, lugar do eu. Ou seja, o imaginário é o lugar do “eu”, não à toa associado muitas vezes ao ego da teoria de Freud. O imaginário é o lugar do sentido (um sentido) porque o “eu” se firma a partir do significado que atribui a si e a fatores externos, o lugar de suas ideias, crenças, defesas, resistências. Simbólico = duplo sentido, lugar do sujeito (ou até mesmo: múltiplos sentidos). Isto é, o simbólico é o lugar do discurso e da formação do(s) sujeito(s). Na perspectiva psicanalítica, a imagem corporal é sustentada por uma noção de corpo que ultrapassa os limites biológicos, assim como as fronteiras do contorno e da percepção da imagem deste. Para a Psicanálise, o corpo não se reduz a músculos, ossos e órgãos organizados em sistemas que funcionam conforme uma máquina. A associação dessa imagem corporal a determinados comportamentos patológicos é da mesma maneira questionável. A apreensão da imagem do corpo e sua identificação como o “Eu” é decorrente de operações psíquicas complexas e fundamentais. As novas tecnologias trouxeram novos ares a fotografia, sugerindo uma nova maneira de ver e interpretar o mundo. Sua história, já marcada por diversos momentos de ruptura e reconfigurações, vive hoje uma das suas mais marcantes revoluções, com o advento de novos suportes tecnológicos, capazes de aumentar potencialmente os seus poderes.