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Relação Compreensiva e a Relação com o Real

Na Teoria da Imagem temos três padrões:

Imaginário: Representa coisas em pensamento. independente da realidade. É o "lugar do Eu". No contexto do paradigma pré-fotográfico a representação da realidade é fantasiosa e conflituosa. Refere-se a um período anterior à invenção da fotografia. Os registros eram baseados em interpretações simbólicas e subjetivas como pinturas, desenhos e gravuras.

Simbólico: Relação dual com a imagem do semelhante. O sistema de representação. Padrão fotográfico é o registro do real, do impossível. è o encontro conflituoso entre o imaginário e o real. Se é capaz de registrar um recorte do real como nas fotografias e cinema.

Real: O impossível. O que não pode ser simbolizado. Padrão pós-fotográfico onde o tempo e espaço são diluídos como nas imagens computacionais: infográficos, imagens sintéticas, avatars.

A imagem é uma forma de expressão humana cuja percepção está e interpretação está para além dos sentidos.

O olhar sobre o sujeito, o mundo e o real muda com o tempo, espaço, sociedade, contexto, a cultura e sobre influência de quem observa.

O registro dos acontecimentos e os avanços na Ciência mudaram o modelo temporal e como concebemos e nos relacionamos com o real.

Há muitas formas de se olhar o mundo. Pelo processo dos signos através dos meios de produção, meios de conservação, meios de exposição e difusão e meios de recepção. Pela linguagem imagística: percepção, contemplação, observação e fruição.

Segundo Peirce, qualquer coisa que surja na mente obedece três estágios:

Primeiridade: Sentir, suscitam sensação ou sentimento. Algo pela primeira vez.

Secundidade: Decomposição dos signos em relações e associações. É a reação.

Terceiridade: Representação e interpretação. O pensamento. A mediação entre a primeiridade e a secundidade.