RELAÇÃO COMPREENSIVA E A RELAÇÃO COMO REAL
Citação de Anderson Paz em novembro 10, 2024, 10:14 pmEssas duas relações se cruzam de maneiras interessantes. A relação compreensiva busca "dar conta" da experiência, proporcionando ao sujeito uma forma de entender a si mesmo e o mundo, mas ela sempre deixa algo de fora – o real, que nunca pode ser totalmente apreendido. Esse ponto cego entre o que o sujeito consegue compreender e o que permanece incompreensível (o real) é onde a angústia, o desejo e o inconsciente operam mais fortemente.
A relação compreensiva, então, atua como uma espécie de "escudo simbólico" contra o real. Ao tentar compreender, o sujeito cria uma narrativa para si mesmo e para o que o cerca. No entanto, sempre existe o risco de que o real, esse núcleo do inassimilável, venha à tona, desestabilizando a narrativa construída. Esse encontro com o real se torna muitas vezes traumático ou angustiador, pois revela a limitação de nossa compreensão e das defesas simbólicas que construímos.
Em resumo, no âmbito psicanalítico, a relação compreensiva e a relação com o real representam um esforço contínuo do sujeito para entender e simbolizar o mundo, enfrentando, ao mesmo tempo, a impossibilidade de capturar plenamente o real, que permanece sempre como um "resto" fora do alcance do simbólico e da linguagem.
Essas duas relações se cruzam de maneiras interessantes. A relação compreensiva busca "dar conta" da experiência, proporcionando ao sujeito uma forma de entender a si mesmo e o mundo, mas ela sempre deixa algo de fora – o real, que nunca pode ser totalmente apreendido. Esse ponto cego entre o que o sujeito consegue compreender e o que permanece incompreensível (o real) é onde a angústia, o desejo e o inconsciente operam mais fortemente.
A relação compreensiva, então, atua como uma espécie de "escudo simbólico" contra o real. Ao tentar compreender, o sujeito cria uma narrativa para si mesmo e para o que o cerca. No entanto, sempre existe o risco de que o real, esse núcleo do inassimilável, venha à tona, desestabilizando a narrativa construída. Esse encontro com o real se torna muitas vezes traumático ou angustiador, pois revela a limitação de nossa compreensão e das defesas simbólicas que construímos.
Em resumo, no âmbito psicanalítico, a relação compreensiva e a relação com o real representam um esforço contínuo do sujeito para entender e simbolizar o mundo, enfrentando, ao mesmo tempo, a impossibilidade de capturar plenamente o real, que permanece sempre como um "resto" fora do alcance do simbólico e da linguagem.