RELAÇÃO COMPREENSIVA E RELAÇÃO COM O REAL
Citação de Canielli em dezembro 5, 2024, 12:13 amEstou mergulhando em conceitos da psicanálise lacaniana e um dos que mais tem me chamado atenção é a ideia de relação compreensiva e relação com o real. Lacan nos mostra que a nossa relação com o mundo, com os outros e até conosco é mediada pela linguagem e pelo simbólico. Ou seja, não acessamos o real diretamente, mas sempre por meio de uma interpretação, uma "tradução" que a linguagem nos proporciona.
A relação compreensiva refere-se a essa busca de sentido que damos às coisas, tentando enquadrá-las em significados simbólicos. É onde nos sentimos mais "seguros", pois estamos no campo do que podemos explicar, nomear e compreender. Já a relação com o real é muito mais desafiadora. Para Lacan, o real é aquilo que escapa ao simbólico, aquilo que não conseguimos nomear ou traduzir, e que frequentemente nos confronta em situações de ruptura, angústia ou surpresa.
Estudar isso me faz refletir sobre como, muitas vezes, tentamos evitar o encontro com o real. Talvez porque ele nos obriga a lidar com o que está fora da nossa zona de conforto, fora do que conseguimos controlar simbolicamente. É fascinante e ao mesmo tempo perturbador perceber o quanto nossas construções simbólicas são uma tentativa de organizar e, de certa forma, domesticar o que é intrinsecamente incontrolável. Essa tensão entre o simbólico e o real é o que, para mim, torna a psicanálise tão transformadora.
Estou mergulhando em conceitos da psicanálise lacaniana e um dos que mais tem me chamado atenção é a ideia de relação compreensiva e relação com o real. Lacan nos mostra que a nossa relação com o mundo, com os outros e até conosco é mediada pela linguagem e pelo simbólico. Ou seja, não acessamos o real diretamente, mas sempre por meio de uma interpretação, uma "tradução" que a linguagem nos proporciona.
A relação compreensiva refere-se a essa busca de sentido que damos às coisas, tentando enquadrá-las em significados simbólicos. É onde nos sentimos mais "seguros", pois estamos no campo do que podemos explicar, nomear e compreender. Já a relação com o real é muito mais desafiadora. Para Lacan, o real é aquilo que escapa ao simbólico, aquilo que não conseguimos nomear ou traduzir, e que frequentemente nos confronta em situações de ruptura, angústia ou surpresa.
Estudar isso me faz refletir sobre como, muitas vezes, tentamos evitar o encontro com o real. Talvez porque ele nos obriga a lidar com o que está fora da nossa zona de conforto, fora do que conseguimos controlar simbolicamente. É fascinante e ao mesmo tempo perturbador perceber o quanto nossas construções simbólicas são uma tentativa de organizar e, de certa forma, domesticar o que é intrinsecamente incontrolável. Essa tensão entre o simbólico e o real é o que, para mim, torna a psicanálise tão transformadora.