Relação Compreensiva e Relação Real.
Citação de Viridiane Veneri em julho 10, 2025, 4:43 pmNa psicologia e na filosofia existencial, é possível distinguir dois modos fundamentais de nos relacionarmos com o outro: a relação compreensiva e a relação real.
A relação compreensiva é aquela que se baseia na escuta empática, no esforço de entender o outro em sua subjetividade. Nela, não buscamos apenas observar comportamentos, mas captar o sentido das experiências vividas pelo outro, sem julgamentos ou projeções. É uma postura que exige abertura, presença e sensibilidade, mais comum em contextos terapêuticos, educativos ou afetivos profundos.
Já a relação real se ancora na objetividade concreta: é o contato direto com o outro como ele se apresenta no mundo, como corpo, gesto, palavra e ação. Essa relação envolve o impacto do outro sobre nós e o reconhecimento da sua existência como presença factual e independente da nossa interpretação.
Essas duas dimensões não se excluem. Pelo contrário, uma relação verdadeiramente humana integra ambas: compreende o outro em sua interioridade e reconhece sua realidade exterior como legítima e autônoma.
Na psicologia e na filosofia existencial, é possível distinguir dois modos fundamentais de nos relacionarmos com o outro: a relação compreensiva e a relação real.
A relação compreensiva é aquela que se baseia na escuta empática, no esforço de entender o outro em sua subjetividade. Nela, não buscamos apenas observar comportamentos, mas captar o sentido das experiências vividas pelo outro, sem julgamentos ou projeções. É uma postura que exige abertura, presença e sensibilidade, mais comum em contextos terapêuticos, educativos ou afetivos profundos.
Já a relação real se ancora na objetividade concreta: é o contato direto com o outro como ele se apresenta no mundo, como corpo, gesto, palavra e ação. Essa relação envolve o impacto do outro sobre nós e o reconhecimento da sua existência como presença factual e independente da nossa interpretação.
Essas duas dimensões não se excluem. Pelo contrário, uma relação verdadeiramente humana integra ambas: compreende o outro em sua interioridade e reconhece sua realidade exterior como legítima e autônoma.
Citação de Igor Teixeira de Oliveira em julho 13, 2025, 11:12 pmNa psicanálise, especialmente a partir da abordagem de autores como Carl Jung e, em certos aspectos, também Jacques Lacan, a relação compreensiva diz respeito à forma como o analista busca compreender o mundo interno do analisando (paciente), sem julgamento e com empatia, mas mantendo a neutralidade analítica. Baseia-se na escuta empática e na suspensão de juízos. É uma relação assimétrica, onde o analista oferece um espaço de acolhimento, sem se colocar em um papel de amigo ou conselheiro. O foco está em compreender os conteúdos inconscientes manifestos na fala do paciente como sonhos, lapsos, fantasias e sintomas. Tem um objetivo técnico, mas também humano de ajudar o sujeito a entrar em contato com suas próprias verdades psíquicas.
A relação real diz respeito àquilo que de fato acontece entre duas pessoas reais no espaço analítico, analista e analisando, enquanto sujeitos concretos. Embora a psicanálise busque trabalhar na transferência, a realidade objetiva do encontro entre essas duas pessoas não pode ser completamente ignorada. Inclui a dimensão da presença física e emocional dos dois envolvidos. Pode envolver afetos reais entre paciente e analista como simpatia, antipatia, identificação ou raiva. Na psicanálise clássica, tende-se a minimizar essa relação, já em abordagens contemporâneas, como a psicologia relacional e o psicanalista inglês Donald Winnicott, ela é valorizada como parte ativa do processo.
Na psicanálise, especialmente a partir da abordagem de autores como Carl Jung e, em certos aspectos, também Jacques Lacan, a relação compreensiva diz respeito à forma como o analista busca compreender o mundo interno do analisando (paciente), sem julgamento e com empatia, mas mantendo a neutralidade analítica. Baseia-se na escuta empática e na suspensão de juízos. É uma relação assimétrica, onde o analista oferece um espaço de acolhimento, sem se colocar em um papel de amigo ou conselheiro. O foco está em compreender os conteúdos inconscientes manifestos na fala do paciente como sonhos, lapsos, fantasias e sintomas. Tem um objetivo técnico, mas também humano de ajudar o sujeito a entrar em contato com suas próprias verdades psíquicas.
A relação real diz respeito àquilo que de fato acontece entre duas pessoas reais no espaço analítico, analista e analisando, enquanto sujeitos concretos. Embora a psicanálise busque trabalhar na transferência, a realidade objetiva do encontro entre essas duas pessoas não pode ser completamente ignorada. Inclui a dimensão da presença física e emocional dos dois envolvidos. Pode envolver afetos reais entre paciente e analista como simpatia, antipatia, identificação ou raiva. Na psicanálise clássica, tende-se a minimizar essa relação, já em abordagens contemporâneas, como a psicologia relacional e o psicanalista inglês Donald Winnicott, ela é valorizada como parte ativa do processo.
Citação de Viviane Jordão Moro em julho 14, 2025, 1:41 pmNa escuta psicanalítica, muitas vezes nos deparamos com duas dimensões importantes: a relação compreensiva e a relação com o real.
A relação compreensiva é aquela em que o sujeito tenta dar sentido à sua experiência. Ele fala, organiza, busca compreender seus sintomas e emoções. É o campo do simbólico — onde a linguagem tenta amarrar o que está solto.
Já a relação com o real é diferente. É quando algo escapa à compreensão. O sujeito sente, mas não consegue dizer. O sofrimento se manifesta como angústia, silêncio, repetição ou sintoma. É o que não se simboliza, mas insiste — o impossível de ser totalmente traduzido em palavras.
Na clínica, nosso papel é sustentar esse espaço entre o que pode ser compreendido e aquilo que resiste à compreensão. Porque nem tudo se resolve com explicações — algumas dores precisam apenas ser escutadas no seu enigma.
Na escuta psicanalítica, muitas vezes nos deparamos com duas dimensões importantes: a relação compreensiva e a relação com o real.
A relação compreensiva é aquela em que o sujeito tenta dar sentido à sua experiência. Ele fala, organiza, busca compreender seus sintomas e emoções. É o campo do simbólico — onde a linguagem tenta amarrar o que está solto.
Já a relação com o real é diferente. É quando algo escapa à compreensão. O sujeito sente, mas não consegue dizer. O sofrimento se manifesta como angústia, silêncio, repetição ou sintoma. É o que não se simboliza, mas insiste — o impossível de ser totalmente traduzido em palavras.
Na clínica, nosso papel é sustentar esse espaço entre o que pode ser compreendido e aquilo que resiste à compreensão. Porque nem tudo se resolve com explicações — algumas dores precisam apenas ser escutadas no seu enigma.