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Relação Compreesiva e a Relação com o Real

Apresentar os registros do imaginário, do simbólico e do real do campo da psicanálise:

O imaginário, o simbólico e o real são os três registros importantes da psicanálise.

O imaginário (Lacan, 1936) – está relacionado com a imagem do semelhante (relação dual) – estádio do espelho (construção do eu, da relação entre “eu” e o outro e da imagem).

Lacan também usa do termo simbólico para se referir a um sistema de representação baseado na linguagem.

Quanto ao real, é comumente associado ao que é impossível de ser simbolizado e representado. O real da psicanálise difere-se da noção de real de realidade do uso comum.

Lacan recorreu tanto ao campo da filosofia quanto ao conceito freudiano de realidade psíquica – noção de real associada a um “resto” que escapa ao discurso (materna) e que é impossível de ser transmitido.

Em 1938, Lacan constrói o imaginário não mais como um fato psíquico “simples”, mas como conjunto de representações inconscientes. O imaginário como uma noção de engano que se relaciona à experiencia por um processo vivido pelo sujeito. Surge neste momento o simbólico, como espaço do significante, e o real como o impossível, que não pode ser simbolizado.

  • Relacionar os três paradigmas da imagem com os registros da psicanálise.

A partir das reflexões freudianas, os registros do imaginário sistematizados por Lacan, do imaginário, do simbólico e do real podem ser resumidos em:

-  Paradigma pré-fotográfico (está no imaginário): envolve as imagens artesanais, como o desenho, a pintura e a gravura. Tal registro corresponde ao ego, ao eu do sujeito. É aqui que se encontra o narcisismo como um investimento libidinal. A relação que o paradigma pré-fotográfico mantém com o registro do imaginário é ora idílica, ora conflituosa.

- Paradigma fotográfico (está para o real): refere-se às imagens que têm uma relação dinâmica com o objeto que retomam, trazendo de alguma forma um rastro ou uma pista do objeto indicado. O que não é possível de ser capturado pelo simbólico, está para o paradigma fotográfico. Ora, entre o objeto e a sua imagem, há a falta.

- Paradigma pós-fotográfico (está para o simbólico): engloba as imagens sintéticas ou infográficas, as quais são realizadas por meio da computação. O paradigma pós-fotográfico, são marcados pela dimensão externa do olhar do outro. Esse paradigma inclui as imagens numéricas, computadorizadas, as quais são criadas por meio de um cálculo aritmético. Não é mais necessária a presença no tempo e no espaço do sujeito espectador e do objeto que representa.

Interpretar a imagem como representação ou aproximação do real.

A interpretação da imagem como representação ou aproximação do real se caracterizam por padrões contextuais, relacionais e variam conforme o tempo, o espaço, o sujeito que a vê, a situação de interação entre os sujeitos, entre outros elementos. O que torna uma imagem real ou menos real? A imagem é experimentada por meio dos sentidos. Cada pessoa a percebe e lhe dá credibilidade de forma que foi constituída por este mundo. Vale dizer que a imagem é uma das formas utilizadas para expressar a realidade e a relação dela com o sujeito.

A interpretação da imagem como representação ou aproximação do real variam conforme o tempo,  o sujeito, a situação de interação entre os sujeitos e os outros elementos. A imagem é experimentada por meio de sentidos, cada pessoa vai perceber e dar credito  da forma pessoal com que vê o mundo.

Cada pessoa vai observar aspectos diferentes.