Três paradigmas da imagem e os três registros da psicanálise
Citação de Cassandra Lúcia de Maya Viana em dezembro 24, 2024, 10:09 pmOs registros do imaginário, do simbólico e do real, sistematizados por Lacan a partir das reflexões freudianas para caracterizar o funcionamento estrutural psíquico, são retomados na construção dos três paradigmas da imagem. Estes podem ser resumidos, de maneira bem geral, da seguinte forma:
- Pré-fotográfico: abarca as imagens artesanais, tais como o desenho, a pintura e a gravura.
- Fotográfico: refere-se às imagens que têm uma relação dinâmica com o objeto que retomam, trazendo de alguma forma um rastro ou uma pista do objeto indicado.
- Pós-fotográfico: engloba as imagens sintéticas ou infográficas, as quais são realizadas por meio da computação.
Santaella e Nöth (1998) apontam que há semelhanças entre os três registros psicanalíticos e os três paradigmas da imagem. Observe:
- Pré-fotográfico: está para o imaginário.
- Fotográfico: está para o
- Pós-fotográfico: está para o simbólico.
Lacan literalmente afirmou que esses três registros bem distintos do imaginário, real e simbólico são os registros essenciais da realidade humana, chamando-os também de categorias conceituais e são caracterizados como universais.
A relação que o paradigma pré-fotográfico mantém com o registro do imaginário é ora idílica, ora conflituosa, da mesma forma que a relação que o desenho e/ou a pintura, (imagem artesanal), mantém com o corpo, o objeto, a natureza, etc. Como essa produção implica a presença do corpo – seja da mão, seja do olhar – e do objeto representado, a imaginação do artista é a responsável por expressar essa imagem.
A respeito do real, ele, sendo o impossível, o impossível de ser simbolizado, ou seja, o que não é possível de ser capturado pelo simbólico, portanto, está para o paradigma fotográfico. O paradigma fotográfico se deu nesse choque entre o imaginário e o real. Foi nesse encontro conflituoso que a fotografia e os seguintes desdobramentos surgiram. Há nesses gêneros um corte, um recorte, um fragmento apenas que é capturado no tempo-espaço.
O simbólico é o espaço da linguagem, da estrutura, da lei e da cultura, do grande “Outro” – o qual inclui a lei paterna, a mediação, o significante que falta, entre outros. O simbólico e a sua relação com a imagem: o paradigma pós-fotográfico, são marcados pela dimensão externa desse olhar do grande “Outro”. Esse paradigma inclui as imagens numéricas, computadorizadas, as quais são criadas por meio de um cálculo aritmético.
Os registros do imaginário, do simbólico e do real, sistematizados por Lacan a partir das reflexões freudianas para caracterizar o funcionamento estrutural psíquico, são retomados na construção dos três paradigmas da imagem. Estes podem ser resumidos, de maneira bem geral, da seguinte forma:
- Pré-fotográfico: abarca as imagens artesanais, tais como o desenho, a pintura e a gravura.
- Fotográfico: refere-se às imagens que têm uma relação dinâmica com o objeto que retomam, trazendo de alguma forma um rastro ou uma pista do objeto indicado.
- Pós-fotográfico: engloba as imagens sintéticas ou infográficas, as quais são realizadas por meio da computação.
Santaella e Nöth (1998) apontam que há semelhanças entre os três registros psicanalíticos e os três paradigmas da imagem. Observe:
- Pré-fotográfico: está para o imaginário.
- Fotográfico: está para o
- Pós-fotográfico: está para o simbólico.
Lacan literalmente afirmou que esses três registros bem distintos do imaginário, real e simbólico são os registros essenciais da realidade humana, chamando-os também de categorias conceituais e são caracterizados como universais.
A relação que o paradigma pré-fotográfico mantém com o registro do imaginário é ora idílica, ora conflituosa, da mesma forma que a relação que o desenho e/ou a pintura, (imagem artesanal), mantém com o corpo, o objeto, a natureza, etc. Como essa produção implica a presença do corpo – seja da mão, seja do olhar – e do objeto representado, a imaginação do artista é a responsável por expressar essa imagem.
A respeito do real, ele, sendo o impossível, o impossível de ser simbolizado, ou seja, o que não é possível de ser capturado pelo simbólico, portanto, está para o paradigma fotográfico. O paradigma fotográfico se deu nesse choque entre o imaginário e o real. Foi nesse encontro conflituoso que a fotografia e os seguintes desdobramentos surgiram. Há nesses gêneros um corte, um recorte, um fragmento apenas que é capturado no tempo-espaço.
O simbólico é o espaço da linguagem, da estrutura, da lei e da cultura, do grande “Outro” – o qual inclui a lei paterna, a mediação, o significante que falta, entre outros. O simbólico e a sua relação com a imagem: o paradigma pós-fotográfico, são marcados pela dimensão externa desse olhar do grande “Outro”. Esse paradigma inclui as imagens numéricas, computadorizadas, as quais são criadas por meio de um cálculo aritmético.