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Desafio

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Para acessar a memória é necessário três processos básicos: o processo de codificação (o primeiro estágio ao se lembrar de algo), o processo de armazenamento (manutenção do material guardado) e a de codificação. Você pode pensar nesse processo como análogo a um computador (codificação), o disco rígido (armazenamento) é o softaware que acessa as informações para exibilas na tela (recuperação).

A memória dos esquemas cognitivos refere-se à forma como nossa mente organiza, armazena e interpreta as informações com base em estruturas mentais chamadas esquemas.

Segundo a teoria de Jean Piaget e posteriormente aprofundada pela psicologia cognitiva, os esquemas são padrões mentais de organização que nos ajudam a compreender o mundo. Cada nova experiência é interpretada à luz desses esquemas já existentes na memória. Quando algo novo ocorre, podemos:

  • Assimilar, encaixando a nova informação em um esquema já existente; ou

  • Acomodar, modificando o esquema para incluir a nova experiência.

Com o tempo, esses esquemas se tornam memórias duradouras, orientando nossa percepção, comportamento e aprendizagem. Assim, a memória dos esquemas cognitivos não guarda apenas fatos, mas também maneiras de pensar, reagir e compreender a realidade, influenciando como interpretamos o presente com base no que já vivenciamos.

Na Psicanálise Integrativa a abordagem busca unir diferentes escolas psicológicas (psicanálise, humanismo, comportamental, corporal, transpessoal etc.) para compreender o ser humano de forma holística.
Nessa visão, a memória é vista em múltiplos níveis:

Cognitivo: memórias conscientes e processuais, estudadas pela neurociência e psicologia cognitiva.

Emocional: experiências afetivas armazenadas no corpo e nas emoções.

Corporal: memórias implícitas, inscritas nas tensões musculares, posturas e padrões de reação

Transpessoal (em algumas vertentes): memórias coletivas, arquetípicas ou espirituais.

A terapia integrativa procura acessar e reintegrar essas diferentes formas de memória, favorecendo a cura emocional. Assim, a memória é entendida não apenas como lembrança, mas como presença viva no corpo, na emoção e na relação terapêutica.

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