Desafio
Na visão Freudiana do desenvolvimento humano, as crianças nesta idade ainda estão em processo de desenvolvimento da personalidade, e sendo assim, não controlam os impulsos do ID pois não possuem o Ego desenvolvido de maneira a conseguirem compreender e seguir as normas sociais. Isso torna perfeitamente explicável a disputa quase que irracional pelos brinquedos.
neste caso julgo ser importante que haja uma organização por parte da escola, de maneira que modelos comportamentais positivos sejam apresentados às crianças, de maneira que elas comecem a compreender limites e a desenvolver o ego.
Crianças até 5 anos de idade estão numa fase em que costumam fantasiar com determinados objetos, transferindo para os mesmos parte dos sentimentos que têm em relação aos progenitores. Também costumam ver nesses objetos, especialmente em algum brinquedo, a figura que substitui, em parte, a atenção que julgam ter perdido: o carinho e o seio da mãe, entre outras.
Desenvolver um programa de atividades para crianças de até cinco anos, com base nos conceitos de Id, Ego e Superego da psicanálise, pode ser uma abordagem interessante para ajudar as crianças a lidar com as dificuldades em compartilhar seus brinquedos e gerenciar conflitos. Podem ser criadas atividades tais como:
Histórias e Personagens: Utilizar histórias que apresentem personagens com dilemas semelhantes aos das crianças. Discutir os sentimentos dos personagens e como eles lidam com situações de compartilhamento. Isso ajuda a internalizar as questões e desenvolver a empatia.
Teatro de Bonecos: Promover encenações de situações de compartilhamento e conflito, incentivando as crianças a interpretar diferentes papéis. Isso permite que elas explorem diferentes perspectivas e desenvolvam habilidades de resolução de problemas.
Jogos de Cooperação: Planejar jogos em grupo que exijam cooperação e compartilhamento. Isso ajuda as crianças a aprenderem a trabalhar juntas para alcançar um objetivo comum, desenvolvendo habilidades de trabalho em equipe.
Roda de Conversa: Realizar rodas de conversa para discutir sentimentos e experiências relacionados ao compartilhamento. Incentive as crianças a expressarem suas emoções e ofereça orientação sobre como lidar com os desafios.
Arte Expressiva: Usar a arte como uma forma de expreexpressão. Pedir às crianças que desenhem ou pintem situações de compartilhamento e expliquem o que está acontecendo em suas criações. Isso ajuda a dar voz às suas emoções.
Brincadeiras Guiadas: Organizar brincadeiras que promovam a cooperação e o compartilhamento, como montar quebra-cabeças em grupo ou construir algo juntos. Isso incentiva as crianças a trabalharem em conjunto.
Histórias de Solução de Problemas: Criar histórias em que os personagens enfrentam situações de compartilhamento e encontram soluções criativas. Isso ajuda as crianças a visualizar maneiras positivas de resolver conflitos.
Modelagem de Comportamento: Os educadores podem ser modelos de comportamento, demonstrando como compartilhar e resolver conflitos de maneira adequada. Isso pode ser feito através de demonstrações e recompensas pelo bom comportamento.
Bom lembrar sempre que as crianças nessa faixa etária estão em processo de desenvolvimento e que a abordagem deve ser lúdica e sensível às suas necessidades emocionais. A ideia é ajudá-las a internalizar conceitos de compartilhamento, cooperação e resolução de conflitos de forma gradual e positiva, tendo em mente a interação entre seus impulsos (Id), a mediação consciente (Ego) e a internalização das normas sociais (Superego).
Jairo Pereira Filho.
Nessa fase a criança é egoísta e egocêntrica, não tendo empatia pelo outro. O id fala mais alto, enquanto o ego tenta analisar e buscar um meio termo, já o superego dela está no princípio da sua formação, não tendo espaço ainda para se impor, por isso mesmo que é preciso ter muito carinho, paciência e coragem para colocar limites nas crianças, através de brincadeiras dirigidas para que elas desenvolvam a cognição e percebam que é preciso dividir e que nem tudo pertence à elas. Dá trabalho, mas vale muito.
Na perspectiva psicanalítica as crianças menores de cinco anos ainda estão em um processo de desenvolvimento da estrutura da personalidade e por isso podem ter dificuldades em controlar os impulsos do id e seguir as normas sociais . Isso pode levar a situações de disputa pelos brinquedos, já que as crianças ainda não possuem um ego desenvolvido o suficiente para controlar os impulsos e compreender as expectativas sociais. Para lidar com esse problema é importante que a escola ofereça uma estrutura clara de regras e limites para as crianças de modo que elas compreender as expectativas sociais e desenvolver o ego. Além disso é importante que os professores ofereçam modelos de comportamento positivo e ensinem as crianças a compartilhar e respeitar os limites dos outros. Estas ações poderão contribuir para o desenvolvimento do superego e a compreender os padrões éticos e morais.
ID, EGO e SUPERGO - Estes três sempre vão está juntos!
O ID, Eu quero sempre, o EGO, o conciliador das situações e o Superego, o freios...
Essa situação é difícil...!
Segundo a Teoria Freudiana, este evento ocorre porque as crianças com idade inferior a 5 anos ainda não têm o superego formado, portanto os impulsos do id ainda são latentes e não são devidamente controlados. As crianças estão no processo de internalizar as proibições, logo não conseguem se regular sozinhas e precisam - a princípio satisfazer os desejos do id (brincar com o brinquedo do colega) e posteriormente da ajuda de um adulto para lidar com o conflito. Uma sugestão válida é promover atividades lúdicas em grupo. Partindo da premissa de que as crianças nessa idade ainda possuem o pensamento egocêntrico, então não são capazes ainda de pensar e se colocar no lugar do outro, então atividades em grupo, brincadeiras que envolvam interações com o meio e outros indivíduos serão boas propostas de intervenção nesta situação.
Vai depende muito ,cada criança já vem com gênero diferentes. Neste caso tentaria uma conversa ,dizendo que ela deveria partilhar os brinquedos ,entrar no roda e ser criança. Eu acho que neste caso o id dela está mais aflorado .
As crianças ainda menores de 5 anos , tendem a serem impulsivas , claro pelo domínio do id, mas a presença de amor no ensinamento , aos poucos o ambiente é mais facil de toler impulsos negativos.
O Id é um elemento psicológico de nossa mente. Nele, ficam armazenadas nossas pulsões, nossa energia psíquica, nossos impulsos mais primitivos. Guiado pelo princípio de prazer, não há para o Id nenhuma regra a ser seguida: tudo o que interessa é a vazão do desejo, a ação, a expressão, a satisfação. O Ego seria, para Freud, o elemento principal entre Id, Ego e Superego. Ele é a nossa instância psíquica e evolui a partir do Id, por isso, possui elementos do Inconsciente. Apesar disso, funciona principalmente a nível Consciente. O Superego, por sua vez, é consciente e inconsciente. Ele é desenvolvido ainda na infância, a partir do Ego, no momento em que a criança passa a entender os ensinamentos passados pelos pais, escola, entre outros.
De acordo com as informações, são crianças abaixo de 5 anos, que saíram da fase anal ( 1,5 a 3 anos )e estão na fase fálica (onde se observa o Complexo de Édipo de 3 a 6 anos). São meninas e meninos (sexos opostos). Brigam por causa de brinquedos, mesmo tendo idênticos no ambiente.
Considerações:
Fase Anal: nesta fase é que a criança estará explorando o controle das funções corporais (efíncteres), o que pode desenvolver a retenção ou expulsão de fezes e urina. Isto pode gerar problemas relacionados por querer reter o brinquedo. Leva-se em conta a rigidez pelo controle dos cuidadores no uso e treinamento do banheiro, através de castigos severos ou pressão quanto as regras do banheiro, gerando conflitos, e está envolvido nesta fase a questão da identidade. A criança assim pode considerar o brinquedo uma extensão de si mesmo, resistindo no compartilhamento com isto afirmando seu senso de autonomia.
Fase Fálica: Aumento para tensões relacionadas com as diferenças sexuais, com rivalidade pelo sexo oposto. Nesta fase também se verifica uma dificuldade em estabelecer identidade de gênero saudável. A posse pelo brinquedo pode então pode se tornar uma forma de expressar oo desejo e rivalidade, especialmente se o brinquedo em questão estiver associado tradicionalmente a um gênero. Esta é a fase mais indicada para o gatilho do problema, sendo também uma forma de chamar atenção dos adultos ou expressar rivalidade apenas.
Comum entre as fases: As duas fases envolvem conflitos de vontades e desejos da criança. Na fase Anal ela explora o controle dos efíncteres, com resistência ao controle dos pias/cuidadores neste processo. Na Fase Fálica o conflito emerge na dinâmica do Complexo de Édipo, que se observa o desejo proibido e rivalidade com os pais. Ambas podem ser influenciadoras no comportamento.
Como abordagem terapeutica, podem ser considerados:
a) Psicoterapia Infantil: Que permite as crianças expressarem suas emoções e conflitos de maneira lúdica e simbólica.
b) Intervenção Escolar: Treinando os professores na promoção de um ambiente que motive a cooperação, comunicação e harmonia entre as crianças.
c) Terapia Familiar: Envolvendo os pais para a compreensão da fase, com dinâmicas familiares que visem criar um ambiente saudável em casa e consequentemente refletindo na escola.
O objetivo das abordagens devem buscar: Entender a natureza dos conflitos psicossexuais e relacionais com as fases: anal e fálica; Motivar a verbalização das emoções das crianças,; Promover a resolução dos conflitos com estratégias de negociação; Desenvolver empatia e compreensão em relação aos colegas; Monitoramento; Reforçar a melhoria dos comportamentos; Envolver pais no processo, Promover um ambiente seguro e de apoio onde crianças possam expressar seus sentimentos e Trabalhar com atividades e jogos que promova a colaboração e solidariedade.