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Caminho de navegação do fórum - Você está aqui:FórumPsicanálise Integrativa: Cultura, personalidade e percepçãoDesafio
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Desafio

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Para a primeira pergunta, "a) Em que momento da situação descrita é possível identificar o fenômeno da sensação? Que característica definidora desse fenômeno tornou possível a sua identificação?", analisa-se que o fenômeno da Sensação ocorre quando Juliana olha no espelho e vê as linhas e rugas no rosto. O que ela está sentindo fisicamente é o estímulo visual que chega aos seus olhos: ela vê essas marcas na pele. Indentifica-se até aqui que ela não está ainda interpretando essas imagens, apenas as percebe de forma bruta. Aqui acontece o fenômeno da Percepção que se dá quando Juliana interpreta as linhas e rugas que ela viu no espelho. Ela não vê apenas as marcas, mas entende essas marcas como sinais de envelhecimento e se sente triste por isso.

Já para a segunda pergunta, "b) Em que momento da situação é possível identificar o fenômeno da percepção? Qual a característica definidora desse fenômeno e de que forma a cultura o está mediando?", a analise pode ser de que a percepção envolve o julgamento que Juliana faz sobre o que ela vê no espelho. Ela não está apenas vendo as rugas, mas as interpreta como algo negativo, como um sinal de que está ficando velha e feia. Sua reação emocional de tristeza e rejeição a esse envelhecimento é uma parte da sua percepção. Pode-se dizer também que a forma como Juliana percebe as rugas é mediada pela cultura, que frequentemente associa a juventude à beleza e a velhice à perda de atratividade. Analisa-se ainda que a leitura cultural na reflexão de Juliana influencia seu julgamento na direção de que envelhecer é algo negativo.

  1. Sensação e percepção no contexto psicanalítico

    1. Sensação:
      • É o impacto direto que a imagem no espelho provoca nos sentidos. Ambas as irmãs captam, visualmente, a imagem refletida. Para a irmã de 50 anos, a percepção pode trazer o contraste com a irmã mais velha, que carrega marcas mais evidentes da passagem do tempo. Para a de 60, o espelho pode representar o passado que ela já viveu (na irmã mais nova) e o presente que ela encara.
    2. Percepção:
      • Envolve a interpretação subjetiva dessa sensação. Cada irmã projeta no espelho suas próprias experiências, medos e desejos. A irmã mais jovem pode ver o futuro no rosto da mais velha e sentir a angústia da velhice se aproximando. Já a mais velha pode perceber na mais nova a nostalgia de sua juventude perdida ou uma forma de confrontar sua própria identidade no presente.

    A velhice e a relação espelhada

    • O espelho como metáfora lacaniana: No conceito de Lacan, o "Estádio do Espelho" refere-se à formação do eu (eu ideal), que é sempre mediado por uma imagem externa. Nesse caso, o espelho reflete não só a imagem física, mas também os ideais, as inseguranças e o tempo.
      • A irmã mais jovem pode perceber a irmã mais velha como um "ideal de ego" invertido — algo que ela teme se tornar ou algo que admira.
      • A mais velha, ao olhar para a mais nova, pode sentir o "objeto perdido" do passado, o qual não pode recuperar, ativando o luto pela juventude.
    • A velhice como crise de identidade: Freud descreve a velhice como um período em que os conflitos do passado retornam. O espelho aqui funciona como um disparador de um confronto com o tempo: o "supereu" de cada irmã pode criticá-las (pela aparência, pelas escolhas) ou oferecer uma chance de aceitação.

    Reflexão sobre o vínculo entre irmãs

    • Na psicanálise, a relação entre irmãos também é marcada pela transferência e projeção. Nesse cenário, as irmãs podem transferir seus próprios medos e desejos para a outra, transformando o momento no espelho em um espaço de reconhecimento ou rivalidade.

    Conclusão

    O ato de ambas se olharem no espelho vai além da percepção visual. Ele ativa questões inconscientes sobre identidade, envelhecimento e a relação entre passado, presente e futuro. Esse momento reflete como o envelhecimento não é apenas uma questão biológica, mas também uma experiência profundamente psicológica e relacional.

A Juliana tem a sensação de estar ficando velha em virtude da percepção das alterações do corpo e do cabelo que detecta no espelho quando se olha e quando vê a irmã que é mais velha percebe os sinais da idade através de um envelhecimento maior da irmã.

Na sociedade e cultura que Juliana foi criada o padrão de beleza é magro e jovem, a sociedade impõe isso como regra ao chegar aos cinquenta anos ela se compara aos padrões da sociedade que coloca em cheque com os paradigmas da idade onde uma mulher com 50 anos esta velha e feia , em muitos casos não é verdade a cultura não cobra isso das pessoas, mais a sociedade que  torna isso  um pré - conceito que fazemos de nos mesmos.

a) Identificação do fenômeno da sensação:

O fenômeno da sensação ocorre no momento em que Juliana observa os sinais no rosto, como rugas e a textura da pele. A sensação é caracterizada pela captação de estímulos externos por meio dos órgãos sensoriais. Nesse caso, os estímulos visuais (as linhas no rosto e a textura da pele) são percebidos pelos olhos de Juliana, que transmitem essas informações ao cérebro de maneira objetiva e direta.

b) Identificação do fenômeno da percepção:

O fenômeno da percepção ocorre quando Juliana interpreta os sinais captados pelos olhos, atribuindo-lhes significado e emoção. Ela não apenas vê as rugas, mas associa esses sinais à ideia de envelhecimento, feiura e perda de valor pessoal. A percepção é influenciada por aspectos subjetivos, como crenças, experiências e valores culturais. Nesse caso, a cultura desempenha um papel central ao determinar que juventude e beleza estão relacionadas a atributos desejáveis, enquanto envelhecer está associado à perda de feminilidade e relevância. Esse contexto cultural molda a forma como Juliana interpreta os sinais do envelhecimento, levando-a a se sentir triste e preocupada.

Quando Carla se olha no espelho e percebe as linhas de expressão em seu rosto, ela experimenta o fenômeno da sensação, que é a resposta dos sentidos ao estímulo externo. Nesse caso, a visão capta a luz refletida no espelho, permitindo que ela veja as marcas em seu rosto. A característica definidora desse processo é a captação objetiva do estímulo físico, ou seja, os dados brutos fornecidos pela visão. No entanto, a percepção ocorre no momento em que Carla interpreta essas linhas de expressão como um sinal do envelhecimento. Diferentemente da sensação, que é um processo inicial e fisiológico, a percepção envolve a interpretação cognitiva, atribuindo significado às linhas de expressão como um indicativo da passagem do tempo. Esse processo de interpretação é mediado pela cultura, que exerce influência direta sobre como Carla percebe e sente o envelhecimento. Em muitas sociedades contemporâneas, especialmente no ocidente, o envelhecimento físico é frequentemente associado a valores estéticos que privilegiam a juventude. Essa perspectiva cultural pode intensificar a percepção de Carla, fazendo com que ela veja as linhas de expressão não apenas como uma mudança natural, mas possivelmente como algo negativo ou que precisa ser corrigido. A cultura influencia sua percepção ao fornecer símbolos e narrativas que moldam a forma como o envelhecimento é interpretado, como a valorização de cosméticos, tratamentos estéticos e a exaltação de uma aparência jovem. Assim, Carla vivencia um processo que começa na sensação e evolui para uma percepção que é fortemente modulada pelas expectativas e valores culturais de sua sociedade.

Através do caso das três irmãs podemos perceber como acontece a sensação e a percepção. No caso de Juliana a irmã mais nova delas que se vê no espelho e percebe suas e tem a sensação de estar ficando velha, essa sensação é interpretada pelo seu cérebro, que já tem a informação de que a irmã mais velha é feia e envelhecida, o que lhe traz a percepção de que ficará da mesma forma, o que lhe causa tristeza.

Nesse caso podemos ver que atraves da visão Juliana tem a sensação, mas apos os estimulos serem procesados pelo cérebro, há a percepção da situação que se encontra.

O fenêmeno da sensação é indentificado quando Juliana se olha no espelha e vê os sinais de rugas, a sensação refere-se a experiência inicial e direta que ocorre quando os estímulos são detectados pelos órgãos sensoriais, essa característica é delineada pela recpção de estímulos físicos que são percebidos visualmente, assim Juliana está captando informações sensoriais sobre sua aparência, o que provoca uma resposta emocional.

O fenômeno da percepção é identificado no momento que Juliana começa o julgamento de dados por si mesma e conclui que está feia e não quer ficar velha, e esse processo influencia fatores fisiológicos e psicológicos. Essa característica estabelecida, mostra que Juliana não apenas vê as rugas, mas também as associam a um ideal de beleza que considera inaceitável, influenciado pela cultura ao seu redor.

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