Desafio
Quando se olha no espelho ela tem a sensação que está ficando velha, e quando olha a sua irmã ela percebe o quanto está velha e isso é tudo que não quer se transformar porque ela quer fica jovem e bonita para ser aceita na sociedade.
A influência dos padrões de beleza da mulher contemporânea encontra-se presente nos chamados valores estéticos femininos. Desde a
década de 50, as transformações no modo de vida das mulheres vêm se processando de maneira acelerada. A entrada no mercado de trabalho,
o anticoncepcional, a formação universitária, e as novas formas e tendências de vestuário, são um dos fatores que levaram as mulheres a
mudar radicalmente sua forma de pensar, vestir e agir. A beleza passa por diversas transformações, de um lado a vestimenta que determina de
certa forma a personalidade e de outro, o corpo que sofre uma inversão de valores, onde ser magra e alta passa a ser sinônimo de beleza
perfeito. A moda dita regras, por meio das coleções e padrões que se estabelece e a busca pelo perfeito torna-se uma prioridade de vida,
culminando em atividades físicas e dietas infindáveis.
"Entendida como consumo cultural, a prática do culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral, que perpassa todas as classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso que ora lança mão da questão estética, ora da preocupação com a saúde."
A mídia e as propagandas nela veiculadas trazem um tipo de cultura colocada como sendo a mais correta, utilizam a beleza, a perfeição e associam a felicidade ao consumo, neste caso ao consumo de produtos que possam tornar as mulheres cada vez mais belas, fazendo com que o consumo se torne a base das relações. Nessa busca incessante pela valorização da aparência jovem e bela, de corpo esbelto, cobrada das mulheres, percebe-se que as relações de gênero continuam reproduzindo a submissão, controle e manipulação, imposta às mulheres.
Citação de IEVI em dezembro 16, 2021, 2:53 pmO padrão ideal de beleza da mulher vigente é o da mulher jovem e magra (...) Ser feia para uma mulher é ser menos mulher, é perder a característica mais essencial atribuída pela sociedade, é perder o capital corporal que facilita o acesso ao matrimônio, à vida sexual e até mesmo à carreira (KLOTZ, 2016).
Na citação acima, é possível ver claramente o ideal de beleza da nossa sociedade. Tendo em vista esse ideal, destaca-se que a percepção que cada mulher tem de si mesma é mediada pela cultura.
Toda percepção de si que tenha como régua um modelo ideal é mediada pela cultura
a sociedade acaba criando um padrão de beleza, nesse caso criado pela a irmã mais nova, onde ela absorveu aquela informação e acreditou que estava fugindo do padrão estabelecido pela irmã. Ela teve a sensação dos pontos que a irmã disse e percebeu que poderia estar fora dos padrões.
Realmente a diversidade cultural no Brasil e no mundo leva as pessoas a terem percepções diferentes, de si mesmas, e também dos outros. Portanto, a cultura está diretamente ligada a forma com que as pessoas julgam a si mesmas e a forma com que julgamos os outros.
Beleza é estar bem consigo mesma e se olhar no espelho e se achar bonita. A beleza foi imposta pela sociedade e mídia, e que é preciso se descobrir dentro do que achamos bonito, do que se sente bem e feliz. Diante de qualquer padrão, a felicidade tem que estar em primeiro lugar. A beleza é muito particular, pois tem mulheres que se acham lindas sem maquiagem, ao contrário, não gostam de colocar maquiagem. E tem gente que não vive sem e se sente mal por isso. Ou seja, as pessoas devem buscar esse autoconhecimento. A sociedade sempre teve estereótipos modelos ao longo da história. Na Grécia Antiga, Esparta era o lugar dos homens fortes e perfeitos, para lutarem na guerra. No antigo Regime, as mulheres ideais eram vistas como as mais "gordinhas", para mostrar a fartura da Corte daquela época. Atualmente temos dois fortes padrões, o da indústria da moda e o das academias, que mexem profundamente com o psicológico de alguns, Vê-se então, que muitos não medem as consequências para ter o corpo perfeito. Um dos principais responsáveis por essa busca insana pelo estereótipo perfeito é a mídia, que com o bombardeio de propagandas de produtos de beleza, com programas e comerciais que utilizam de mulheres saradas de biquíni para atrair clientes, faz com que muitas pessoas se sintam infelizes com o corpo que possuem, levando-as a atitudes extremas para conseguirem ficar iguais a determinadas celebridades que atuam nas novelas e comerciais. Têm-se também a grande indústria de cirurgias plásticas, que alguns profissionais que a compõe infelizmente não são dignos de exercer a profissão, no quesito respeito a vida alheia. Vê-se cirurgiões plásticos que fazem todo e qualquer tipo de procedimento cirúrgico que a pessoa pede, para a obtenção de mais dinheiro. Muitas pessoas se viciam em plásticas, gerando sérios riscos a saúde, e o profissional deve ajudar essa pessoa com transtornos psicológicos. Um fator também relevante é as academias, "santuários" dos corpos sarados, em que ao contrário saúde corporal, muitos buscam insanamente músculos para a obtenção do estereótipo perfeito. Vê-se jovens totalmente influenciados, que para alcançarem o objetivo desejado, recorrem ao uso de substâncias altamente perigosas, como os esteroides anabolizantes. O vício pelo corpo ideal pode vir a causar o óbito dessas pessoas. Por conseguinte, vemos uma grave crise psicológica que atinge muitas pessoas, que por infelicidade ultrapassam os limites do corpo humano. Deve-se haver a repressão dos maus profissionais das áreas da educação física e cirurgia plástica, a fim dos que realmente se importam com a vida humana possam promover a saúde e felicidade daqueles que os recorrem.
sensação- quando ela viu a irmã envelhecida
percepção- quando ela percebeu que também estava envelhecendo quando se viu no espelho e a sensação tomou conta do seu pensamento/sentimento
Citação de IEVI em dezembro 16, 2021, 2:53 pmO padrão ideal de beleza da mulher vigente é o da mulher jovem e magra (...) Ser feia para uma mulher é ser menos mulher, é perder a característica mais essencial atribuída pela sociedade, é perder o capital corporal que facilita o acesso ao matrimônio, à vida sexual e até mesmo à carreira (KLOTZ, 2016).
Na citação acima, é possível ver claramente o ideal de beleza da nossa sociedade. Tendo em vista esse ideal, destaca-se que a percepção que cada mulher tem de si mesma é mediada pela cultura.
Sensação, do ponto de vista da Psicologia, refere-se aos dados que chegam ao cérebro, a partir de estímulos externos captados ou recebidos pelos 5 sentidos objetivos (físicos), passando pelo crivo do inconsciente para consciência. No caso apresentado, o sentido físico estimulado é o da visão, pois a personagem vê sua imagem refletida no espelho, ou em uma linguagem mais técnica, os raios de luz entram pelos olhos, e a imagem é decodificada, ou convertida no cérebro.
A percepção trata-se do processamento mental consciente dos estímulos recebidos através dos sentidos físicos. Em outras palavras, trata-se da interpretação que fazemos ou significado que damos a informação que recebemos. Quando a personagem faz uma avaliação da sua imagem física e lhe atribuiu adjetivos como “feia” e fica triste, é resultado da sua percepção, ou o significado que ela atribuiu a sua aparência.
Para definir se algo é bom ou mal, bonito ou feio, é preciso estabelecer uma comparação entre o elemento analisado e um padrão pré-estabelecido. A sociedade, desde as gerações passadas até a geração atual - presente que é consequência do passado – estabelece uma valorização da beleza física, a colocando a frente do ser; e o padrão estabelecido, conforme o enunciado, é o perfil magro, jovem e de preferência atlético (musculoso). Além dessa construção social, também associada a classes sociais, visto que ricos tem mais tempo e recursos financeiros disponíveis para cuidar da aparência, o ser humano já possui a tendência de gostar ou considerar belo, formatos harmônicos.
Juliana teve essa percepção ao olhar-se no espelho, a sensação que sente em relação a sua idade lhe faz sentir-se triste e não aceita.
A sensação ocorreu no momento em que Juliana viu o tempo passar. A característica definidora é que ela notou o envelhecimento de sua irmã. Sua percepção foi ativada quando se viu na mesma situação que sua irmã e que iria envelhecer da mesma forma se considerando velha e feia. A cultura que cercava Juliana definia que uma mulher "velha" era considerada feia e que não conseguiria ser uma pessoa bem sucedida por estar em idade avançada para realizações pessoais.