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Caminho de navegação do fórum - Você está aqui:FórumPsicanálise Integrativa: Cultura, personalidade e percepçãoDesafio
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Desafio

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a)R) Ao olhar no espelho ela se vê como feia, por não pertencer ao padrão de mulher jovem e magra, com sinais característicos ao redor dos olhos, ou a sua irmã, que exibe também os mesmos sinais, e com o corpo acima do peso, esta é a percepção visual portanto é a sensação segundo padrões da sociedade em que ela faz parte.

b)R) Segundo a sua cultura estabelecido pela sua sociedade, ela se sente feia devido a constar ser acima do peso e com sinais característicos em seus olhos, e analisando sua irmã percebe que tem os mesmos sinais. Este é um padrão mediada pela sociedade que ela vive, estar acima do peso, não conseguir namorado ou casamento.

  1. R) Toda sociedade é composta dos homens, somos nós mesmos que estabelecemos padrões comportamentais, mudamos com a mudança dos tempos, novas exigências vão surgindo, hoje os padrões estabelecidos por esta sociedade colocam a mulher como padrão de beleza “ideal”, o que não significa “real”, então questionamos: O que é ser feia, bonita...? Para hoje é ser magra, e a busca por esse padrão pode levar e leva a problemas físicos, emocionais, psicológicos e até ao óbito, infelizmente essa é a sociedade em que vivemos atualmente, busca-se um ideal, e não um real, perder peso ou perder saúde, acesso ao matrimônio, vida sexual, carreira, é um espelho distorcido da realidade, ter a SENSAÇÃO de liberdade a que preço!!!. PERCEBER que se é diferente desse padrão estabelecido, acaso vai deixar de ser vista, essa MEDIAÇÃO cultural, será que vale a pena, e a que penas muitas modelos (carreira), deixam de ser real e perseguem um ideal pela simples mediação cultural em que o mercado estabelece como padrão.... Infelizmente esse é o mundo que vivemos...

A - Sobre a sensação ela se assemelha a irmã e cria conceitos baseado na sociedade onde vive e com a idade de sua irmã mais velha, com essas sensações elas começa a interpretar e criar uma analogia mais complexa colocando sua imagem ao espelho e julgando a si mesma por estar chegando quase na mesma idade que sua irmã mais velha.

Cada cultura tem seu padão de beleza distinto; os processos psicológico muitos das vezes não tem a compreenssão exata do é sensação e percepção! São fenômenos que lhes trazem aflições e tristezas ....

A sensação quando ela se olhou no espelho e reparou em seu rosto.

Ao se comparar (fator externo) com Carla, sua irmã, de 62 anos, Juliana, 50 anos, ficou apreensiva a respeito da própria idade;

É possível que Carla esteja inserida em uma cultura que não valoriza os mais velhos ou que imponha padrões de beleza inatingíveis. Porém, também é importante considerar que o seu discernimento relacional pode estar afetado, como você sugeriu. Isso significa que ela pode estar influenciando ou sendo influenciada na formação de uma cultura distorcida em relação à beleza.

O livro "A Ditadura da Beleza", do Augusto Cury, pode trazer uma abordagem interessante sobre esse assunto, mostrando como a sociedade atual impõe padrões de beleza e estética que levam as mulheres a se sentirem desprotegidas e vulneráveis. É importante que possamos refletir sobre essas questões e compreender como elas afetam a nossa percepção de nós mesmos e dos outros.

Sugestão de leitura: A Ditadura da Beleza, Augusto Cury, Psiquiatra. O autor retrata neste romance o cotidiano de mulheres que sofrem e permanecem caladas, as graves consequências da cruel realidade do mundo moderno, que objetiva beleza, estética e padrões de vida que levam com que a mulher se sinta desprotegida e vulnerável frente a sociedade.

 

“Em todo o planeta veem e tratam seus cidadãos idosos. Alguns grupos reverenciam e respeitam os seus membros mais velhos, enquanto outros os olham como senis e incompetentes, tornando-os alvo de piadas. Em algumas sociedades, os filhos cuidam de seus pais em casa; em outras, os filhos colocam seus pais em casas onde outras pessoas cuidam deles. Algumas culturas veem seus idosos como um fardo e gasto e optam por abordagens mais violentas para atendimento ao idoso. Aqui está uma amostra de como as pessoas em todo o mundo tratam o pessoal mais velho”. (Jared Diamond, TED Talk: Como as sociedades podem envelhecer melhor).

Essa citação de Jared Diamond destaca a diversidade de atitudes e abordagens em relação aos idosos em diferentes culturas ao redor do mundo. Enquanto algumas culturas reverenciam e respeitam seus idosos, outras os veem como um fardo ou um gasto e os tratam de maneira violenta. A forma como a sociedade trata os idosos pode ter um impacto significativo na sua qualidade de vida e no envelhecimento saudável. É importante que as sociedades reflitam sobre como podem melhorar o tratamento dos idosos e criar estruturas de apoio que promovam o envelhecimento ativo e saudável.

Quando olha no espelho, Juliana tem a  percepção que a velhice está chegando  ao ver seu reflexo.

Já a percepção funciona de uma forma um pouco mais complexa. Para
perceber algo é necessário que o sujeito analise e interprete aquele estímulo.

Essa teoria ajuda na compreensão do que compõe a personalidade, como
ela se expressa e pode ser observada. Entretanto, a personalidade não é fixa,
nem predeterminada (mas sim dinâmica), sendo impactada pelo meio em
que a pessoa está inserida. Nesse sentido, quando se trata da relação entre
personalidade e cultura, alguns pontos devem ser destacados. De acordo com
Gazzaniga, Heatherton e Halpern (2018), a cultura influencia a personalidade,
pois dita os comportamentos e reações adequados dentro de diferentes situações.

 

  1. Na situação descrita é possível identificar o fenômeno da sensação quando Juliana olha no espelho, ela toca sua pele, ou seja, ela utiliza os sentidos.
  2. Na situação descrita é possível identificar o fenômeno da percepção quando ao constatar sinais de envelhecimento Juliana se sente triste, ou seja, ela interpreta os sinais recolhidos pela sensação. O que caracteriza o fenômeno é o contexto cultural e social no qual Juliana vive (habitante de uma grande cidade do sul do brasil, é a mais nova das irmãs etc.)

Para Freud as percepções são internas internas e possui relação direta com afetos e sentimentos. Estas percepções "endopsíquicas" se ligam a percepções e sensações originárias do mundo externo. Assim, o papel da percepção está vinculado ao registro das excitações internas e externas e à constituição das representações de pulsões e de objetos reais.

De modo geral, entende-se a percepção como resultado da recepção de estímulos pelos órgãos sensoriais, e assim, todas as representações se originam de percepções ao tempo em que são repetições dessas.

O real é o que é externo e pode ser apreendido pela percepção. Portanto, a representação é irreal, subjetiva e interna.

No caso das irmãs, deve ser considerado como fundante o padrão de beleza imposto pela sociedade, um elemento que faz parte do imaginário coletivo para o qual as mulheres são educadas para obedecer e se enquadrar. A juventude torna-se um padrão que deve ser mantido constantemente mesmo que em idades mais avançadas e deve permanecer mascarando a experiência corporal da mulher.

É nessa perspectiva que se econtram essas irmãs. A sensação de que a idade avança e a velhice se aproxima é sentida constantemente. O corpo não reage como antes e é associando as sensações corpóreas com o que é externo a ele, que a irmã mais nova percebe-se velha, ainda que sua idade não esteja na margem da velhice.

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