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Desafio - Módulo II

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A imagem aqui tratada é a da autoimagem pessoal e não a aparencia fisica, deste modo, apesar da constituição corporal ser identica, sao pessoas diversas, com reações, sentimentos e afetos completamente diversos.

Nessa situação, levando em considero ao estádio do espelho,vejo que o irmão que ficou em casa,se depara com sua imagem no espelho,sente o estado de desamparo,por ter desde sempre o seu irmão gêmeo ao seu lado,e nesse determinado momento se deparou reconhecendo-se,como indivíduo único,e não somente a continuação do seu próprio irmão,e isso foi mostrado por sua fala ao espelho, trazendo com ela sua angústia.

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brunoouqueiroz

A consciência dele faz sentir a falta do irmão enquanto está na escola e por conseguinte, o espelho traz à memória inconsciente de que falta algum elemento

Em relação ao que estamos estudando Freud explica que o sentido de maior importância para a constituição do eu é a visão, pois é através do olhar que o outro é conhecido, onde partes do corpo tem o contorno definido e onde o se olhar no espelho cria a imagem que Freud chamou de imagem especular, que foi originada desde o ato de olhar a si próprio no espelho, olhar para o outro e do olhar do outro.

E nesse caso entende-se que o menino se via no outro ou via o outro em sí.

O estádio do espelho estabelece um delineamento inicial do eu fundamentado na imagem unificada do corpo na presença efetiva do outro, que presencia,
por meio do olhar, a forma do semelhante. Para Lacan, essa é a primeira e crucial identificação, efetivada com a imagem ideal de si.

E para esse menino seu estadio de espelho era constante por conta de seu irmão ser gemeo ter os mesmos traços e quem sabe como de costume de pais de gemeos vestirem as mesmas roupas mesmo corte de cabelo, sabendo se que nesse contexto apenas os pais e o irmão mais velho sabiam as pequenas diferenças que um tinha do outro.

Nesse contexto acredito que era necessário que os dois tivessem essa experiencia juntos de se olharem no espelho e buscarem as suas diferenças.

Para ter a noção de realidade de cada um e ter de fato a imagem real do seu EU.

Apenas o fato da criança  olhar-se no espelho e se fazendo de uma imagem associativa para expressar suas aflições, mostra-se, a necessidade de se pensar em uma forma de minimizar um possível quadro psicopatológico face a interdependência natural entre os irmãos.

O irmão não reconhece ainda que ele o irmão são dois seres independentes, tendo dificuldade em se relacionar com o todo devido essa interdependência.

Observamos que a ligação dos dois se torna fortíssima por serem gerados juntos ao mesmo tempo no mesmo ventre. Mas quando nascem a independência acontece, por terem sido gerados juntos, criaram vínculos emocionais fortíssimos, e nisso acaba que a independência é só de um corpo para com o outro, mas de grande importância e valia tratar cada um individualmente, mas mantendo contato.

Como estudado no princípios da imagem pessoal, tomando por base a abordagem de Jacques Lacan, sobre a qual o eu pode ser compreendido  como instância do imaginário, durante o estádio do espelho, que como consta no estudo em questão, ocorre por volta dos 6 aos 18 meses de vida, quando o bebê diante do espelho vislumbra sua imagem e se reconhece. Desta feita, a questão dos irmãos gêmeos por serem univitelinos (idênticos), deixa transparecer que o filho doente julga está diante de seu irmão ao ver sua imagem refletida no espelho, por ainda não ter compreendido o seu "eu" e ainda não se reconhece, denotando uma falha no que segundo Feres, chama de estado de desamparo.

Partindo da ideia abaixo, o gêmeo aparenta não ter sua própria identidade definida e vendo sua imagem sente a nessecidade da presença do irmão ao qual se identifica. Minha visão sobre o tema.

Na teoria psicanalítica, especialmente desenvolvida por Jacques Lacan.

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Ao perceber sua imagem no espelho, a criança tem um momento de identificação com essa imagem como sendo ela mesma. Isso marca um importante passo na formação do eu, pois é a primeira vez que a criança reconhece uma imagem externa como sendo uma representação dela mesma. Esse processo é fundamental para a formação da identidade individual.

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Por serem gêmeos, o irmão não compreendeu a sua imagem refletida como o EU, na cabeça dele aquele imagem não reflete a si próprio e sim ao outro, ao irmão. Eles necessitam da intervenção de um terceiro para que possam se descobrir como o EU.

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