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Desafio - Módulo III

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Freud propôs que na esquizofrenia a libido (energia psíquica associada aos instintos sexuais e de vida) é afastada dos objetos externos, o que pode levar a um enfraquecimento do eu e a um distanciamento em relação à realidade.

Freud argumentava que, ao retirar a libido dos objetos externos, o indivíduo esquizofrênico se retrairia para um mundo interno de fantasias e delírios, afastando-se da realidade compartilhada. Essa retirada da libido do mundo externo poderia resultar em uma fixação excessiva no mundo interno do indivíduo, levando a uma desconexão com a realidade e dificuldades em estabelecer relações interpessoais saudáveis.

Portanto, na psicanálise, o afastamento da libido dos objetos externos na esquizofrenia é visto como um dos fatores que contribuem para os sintomas característicos dessa condição mental, como a perda de contato com a realidade, alucinações e delírios.

Freud escreve que o esquizofrênico, ao retirar sua libido de pessoas e coisas, a fez sem substituí-las por outras na fantasia, como o fazem as histéricas e os obsessivos. Sem a mediação da fantasia, a libido retorna diretamente sobre o corpo.

Lendo o artigo “O fenômeno psicótico: sob a ótica de Freud e Lacan” (Avarenga, F M, 2018), percebe-se que, como na esquizofrenia a libido não está voltada para pessoas e objetos, ela se volta para o ego, ou seja, para o narcisismo primário. Nesse caso a libido se torna um desprazer, considerado por Freud como resultado de um elevado grau de tensão.

Pode-se dizer que, segundo a teoria freudiana, essa libido é redirecionada para o próprio eu, resultando em um estado de regressão narcisista e contribuindo para as características clínicas da esquizofrenia.

No caso da esquizofrenia, Freud esta se referindo ao individuo que se diz que é o Presidente se refugia no seu ego, pois a libido que foi retirada não procura um novo objeto, onde as catexias são abandonadas, restabelecendo uma primitiva condição de narcisismo.

MECANISMO DE DEFESA. O que gera a repressão no ego.

Na psicose apresentada por Freud, a libido retirada dos objetos externos  retorna e se fixa a pontos específicos do desenvolvimento libidinal, dando origem aos sintomas megalomaníacos ("mania de grandeza") ou hipocondríacos, nesse ultimo, o individuo crê que sofre de doenças sérias, mesmo sem apresentar sintomas  que indiquem que aquela condição pode estar afetando seu organismo. Dessa forma, o delírio possui uma função de tentativa de cura ou talvez uma falsificação de uma realidade interior do esquizofrênico como mecanismo  psicótico.

De acordo com o capítulo "conceito do eu e da personalidade" e correlacionando com a Esquizofrenia, identificamos no processo primário do id, o objeto imaginário que têm a função de atenuar a tensão para realização do desejo. Segundo Hall, Lindzey e Campbell (2007, p. 54), “essas
imagens mentais de realização do desejo são a única realidade conhecida pelo id”.

Essa perspectiva imaginária se manifesta na consciência de duas formas: como conteúdo manifesto e conteúdo latente. O ego como princípio da realidade, percebe e vigia todos esses processos, reprimindo da consciência qualquer desejo que não seja aceitável para viver em sociedade.

Então, podemos notar que, devido a alta intensidade da energia psíquica do id, por alguma disfunção do ego, as manifestações mentais estão soltas livremente na consciência, sem que possam ser reconhecidos os fatores indesejáveis que estão ocasionando os sintomas da esquizofrenia.

Esse mecanismo ocorre quando a libido, que normalmente é direcionada para os objetos externos, é afastada desses objetos e volta-se para o interior do eu, resultando em uma perda de contato com a realidade e sintomas característicos da esquizofrenia.
Pode-se supor que Freud utiliza o termo neurose narcísica para se referir à esquizofrenia porque mesmo sendo o ponto de fixação desta enfermidade o auto-erotismo ele o considera como uma condição de narcisismo de ausência de objeto. O auto-erotismo, se assim se pode dizer, seria uma forma primitiva de narcisismo, seu primeiro esboço. Diante dessa explicação, fica claro porque o ego, embora apresente uma fragilidade, é uma instância presente na esquizofrenia, enquadrando-se dentro da definição neurose narcísica.
O esquizofrênico, ao retirar sua libido de pessoas e coisas, a fez sem substituí-las por outras na fantasia, como o fazem as histéricas e os obsessivos. Sem a mediação da fantasia, a libido retorna diretamente sobre o corpo. É possível dizer, junto com Lacan, que esse retorno é vivido como uma invasão de gozo.
o mesmo não percebe o fato ocorrido não tem percepção da ausência ou excesso de libido.

Neste desafio temos um caso de psicanálise onde há uma troca de desejo deste paciente, trocando o seu eu, fantasiando outra pessoa, alterando a sua personalidade tendo delírio de grandeza.

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