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Desafio - Módulo IV

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Acredito que criar uma espaço com cuidados mais horizontais , ajuda o profissional ter uma visão mais humanizada ; criando assim que cada pessoa tenha seu tratamento único e muito mais eficiente !

 

Alinhado um cuidado horizontal estabelecemos uma colaboração entre  profissionais de saúde responsáveis pela atenção direta ao paciente. Esta colaboração pressupõe planejamento da assistência, troca de informações e estabelecimento de planos terapêuticos.Reconhece-se que as pessoas são especialistas em suas próprias experiências e que suas perspectivas são fundamentais para a tomada de decisões compartilhadas.

Quando é trabalhado pelo todo unindo varias areas a chance de acerto aumenta muito .

A psicanálise é muito útil para o sus, porque através do método de análise dos pacientes, o profissional da saúde e a equipe médica podem observar o que está por trás das doenças  do sujeito, ou seja o contexto social onde ele está inserido e entenderem cada paciente de modo mais profundo, identificando suas doenças e principais necessidades, e após esta análise o conjunto médico pode definir qual será o melhor tratamento para o indivíduo, quais medicações serão necessárias e quais profissionais podem atuar de maneira que o tratamento seja por completo, tanto fisicamente como psicologicamente.

O SUS, instituído pelas Leis Federais 8.080/1990 e 8.142/1990, tem o horizonte do Estado democrático e de cidadania plena como determinantes de uma “saúde como direito de todos e dever de Estado”, previsto na Constituição Federal de 1988.
Esse sistema alicerça-se nos princípios de acesso universal, público e gratuito às ações e serviços de saúde; integralidade das ações, cuidando do indivíduo como um todo e não como um amontoado de partes; eqüidade, como o dever de atender igualmente o direito de cada um, respeitando suas diferenças; descentralização dos recursos de saúde, garantindo cuidado de boa qualidade o mais próximo dos usuários que dele necessitam; controle social exercido pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde com representação dos usuários, trabalhadores, prestadores, organizações da sociedade civil e instituições formadoras.
A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, mudança do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio com a família e a comunidade.
Garante a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferece cuidados com base nos recursos que a comunidade oferece. Este modelo conta com uma rede de serviços e equipamentos variados tais como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). O Programa de Volta para Casa que oferece bolsas para egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos, também faz parte desta Política.
Os CAPS são instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico. Sua característica principal é buscar integrá-los a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu “território”, o espaço da cidade onde se desenvolve a vida cotidiana de usuários e familiares. Os CAPS constituem a principal estratégia do processo de reforma psiquiátrica.
Vamos aos poucos construindo a convicção de que vale a pena investir nos CAPS, que vêm se mostrando efetivos na substituição do modelo hospitalocêntrico, como componente estratégico de uma política destinada a diminuir a ainda significativa lacuna assistencial no atendimento a pacientes com transtornos mentais mais graves.
O Governo brasileiro tem como objetivos:

- reduzir de forma pactuada e programada os leitos psiquiátricos de baixa qualidade,
- qualificar, expandir e fortalecer a rede extra-hospitalar formada pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) e Unidades Psiquiátricas em Hospitais Gerais (UPHG),
- incluir as ações da saúde mental na atenção básica,
- implementar uma política de atenção integral voltada a usuários de álcool e outras drogas,
- implantar o programa "De Volta Para Casa",
- manter um programa permanente de formação de recursos humanos para reforma psiquiátrica,
- promover direitos de usuários e familiares incentivando a participação no cuidado,
- garantir tratamento digno e de qualidade ao louco infrator (superar o modelo de assistência centrado no Manicômio Judiciário),
- avaliar continuamente todos os hospitais psiquiátricos por meio do Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares - PNASH/ Psiquiatria.

Cenário atual

• Tendência de reversão do modelo hospitalar para uma ampliação significativa da rede extra-hospitalar, de base comunitária;
• Entendimento das questões de álcool e outras drogas como problema de saúde pública e como prioridade no atual governo;
• Ratificação das diretrizes do SUS pela Lei Federal 10.216/01 e III Conferência Nacional de Saúde Mental.

Dados importantes

• 3% da população geral sofre com transtornos mentais severos e persistentes;
• mais de 6% da população apresenta transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e outras drogas;
• 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental, seja ele contínuo ou eventual;
• 2,3% do orçamento anual do SUS é destinado para a Saúde Mental.

Desafios

• Fortalecer políticas de saúde voltadas para grupos de pessoas com transtornos mentais de alta prevalência e baixa cobertura assistencial;
• Consolidar e ampliar uma rede de atenção de base comunitária e territorial promotora da reintegração social e da cidadania;
• Implementar uma política de saúde mental eficaz no atendimento às pessoas que sofrem com a crise social, a violência e desemprego;
• Aumentar recursos do orçamento anual do SUS para a Saúde Mental.

fonte: https://www.saude.sp.gov.br/humanizacao/areas-tematicas/saude-mental

No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), uma abordagem que considera o vínculo entre usuário e profissional e a condição de sujeito é essencial para promover um cuidado horizontalizado.

 

Na psicanálise clínica, o foco está na subjetividade e nas relações humanas, aspectos fundamentais para o desenvolvimento de um vínculo terapêutico eficaz. Ao aplicar essa visão no SUS, o profissional de saúde é incentivado a criar um ambiente de escuta e acolhimento, onde o paciente é tratado como um ser ativo e participante do seu próprio processo de cuidado, o que é crucial para o engajamento e para resultados terapêuticos mais positivos.

 

Essa proposta de cuidado horizontal que reconhece cada paciente como um sujeito único, com suas experiências de vida e necessidades específicas, o SUS se alinha a uma prática de saúde mais inclusiva e humanizada. Essa abordagem é fundamental para garantir que o cuidado oferecido seja realmente centrado na pessoa, promovendo a corresponsabilidade e o protagonismo do paciente no processo terapêutico.

Citação de IEVI em outubro 29, 2021, 11:17 am

O espaço de atenção em saúde é de encontros entre profissionais e usuários, ambos sujeitos localizados diferencialmente em uma relação que visa, para ambos, ao cuidado em saúde. A introdução do modelo de saúde a partir da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) reorientou o paradigma de saúde para a promoção, em que os sujeitos são situados como agentes, ativos no engajamento das ações de cuidado.

Suponha que você faça parte de uma equipe interdisciplinar de um serviço público de saúde e está em processo de discussão de caso clínico com colegas. A discussão encaminha-se para a necessidade de construir um plano de atendimento e investigação que possibilite aos profissionais coletar informações e realizar um acompanhamento de evolução desse caso. Você insere-se no debate propondo considerar o sujeito e as relações estabelecidas no espaço de saúde como um ponto de partida importante para a produção do cuidado, em uma dimensão horizontalizada. A apresentação de um caminho alternativo de construção da atenção em saúde está pautada em uma leitura psicanalítica do sujeito e das relações.

Diante dessa discussão, por que uma proposição que considera os vínculos entre usuário e profissional e a condição de sujeito daquele possibilita a constituição de um espaço de cuidado horizontal?

Creio que em qualquer circunstância de enfermidade, seja psíquica ou não, os vínculos estabelecidos derrubam barreiras onde o profissional reconhece o outro como sujeito e não apenas como objeto de estudo

Isso traz para o ambiente a possibilidade de que todos sejam ativos. O paciente poderá encontrar pulsão de vida no outro saindo do estado de desamparo psíquico, pois em momentos de cuidado creio que o inconsciente se manifeste como quando era dependente do seu objeto de prazer: a mãe.

Assim a análise dos estímulos gerados no espaço de cuidado colocam todos no mesmo patamar horizontal em que todos estimulam e são estimulados em uma condição favorável às pulsões de vida.

Ao contrário do tratamento tradicional onde há um detentor da "cura" e impõe sua metodologia ao objeto ali posto que, tenderá a expressar sua dor em pulsões de morte como a depressão.

A proposição valoriza o usuário como o sujeito ativo no cuidado, promovendo sua participação e autonomia, assim fortalecendo o processo de atenção a saúde.

Nesse caso, é de suma importância o acolhimento do paciente, buscando entender suas necessidades, não somente no que diz respeito ao atendimento direcionado a suas queixas de saúde, mas, buscar compreender suas necessidades como individuo, buscando conhecer o ambiente em que vive, suas condições socioeconômicas e o meio em que se relaciona. Assim, seria possível direcionar o tratamento de forma mais humanizada, tratando o paciente como um ser único e individual e não como um ser coletivo, indicando o mesmo tratamento e medicação que a outros pacientes, que apresentem sintomas semelhantes.

Quando pensamos em cuidado da saúde, é importante considerar a relação entre o profissional e o usuário, vendo ambos como participantes ativos. Em vez de ver o usuário apenas como alguém que recebe o cuidado, é melhor tratá-lo como alguém que também contribui para o tratamento.

Ao agir desa forma, pode-se criar um ambiente mais igualitário e colaborativo, onde tanto o profissional quanto o usuário têm voz no processo. Isso ajuda a criar um espaço onde o cuidado é mais eficaz, porque o usuário se sente mais envolvido e confiante no tratamento. Além disso, o profissional pode entender melhor a situação do usuário e adaptar o cuidado de acordo com suas necessidades pessoais e emocionais.

No SUS, a abordagem de cuidado integral é um princípio fundamental, e o vínculo é uma ferramenta-chave para implementá-la. Um vínculo forte permite que o profissional veja o paciente como um todo, compreendendo não apenas seus sintomas, mas também seu contexto social, econômico e familiar. Isso leva a um cuidado mais humanizado e adaptado às necessidades individuais de cada paciente, considerando suas particularidades e complexidades.

O vínculo permite que os profissionais de saúde identifiquem precocemente mudanças no estado mental ou emocional do paciente. Essa proximidade facilita o reconhecimento de sinais de recaída, crises ou complicações, permitindo intervenções rápidas e adequadas. A capacidade de detectar mudanças sutis no comportamento ou no humor do paciente é muitas vezes resultado de um relacionamento contínuo e consistente.

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