Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Desafio - Módulo IV

PreviousPage 196 of 232Next

Partindo do principio do todo, seria importante inicialmente o grupo de medicos avaliar aquela pessoa no geral.
A avaliação comecando por fazer uma anmanese e conhecendo a rotina e o historico da pessoa para avaliarmos qual a melhor forma de desenvolver o que será necessário.
O objetivo é que a pessoa tome consciente dos comportamentos que possui hoje e o que acarretou esse comportamento.

A proposta seria reunir toda aqui responsabilizada pelo o caso. Em primeiro lugar alinharia as informações sobre o paciente em questão. Uma vez que todos estivessem com suas pontuações, levantariamos as hipóteses e estratégias para melhor atuação.

Compreender o quadro clínico dentro da realidade do paciente, poderá trazer as possibilidades ideias para um tratamento direcionado.

Fomento ao Diálogo: penso que organizar sessões regulares de discussão em grupo entre os profissionais pode ser benéfico, onde todos possam compartilhar suas perspectivas e experiências. Isso promove um ambiente de escuta ativa e respeito mútuo.

  • Participação Ativa dos Pacientes: Incluir os pacientes nas discussões sobre sua própria saúde e tratamento. Perguntar sobre suas opiniões, preferências e preocupações, permitindo que eles se sintam parte do processo.
  • Grupos de Apoio: Criar grupos de apoio onde os pacientes possam compartilhar experiências, discutir desafios e colaborar em soluções. Isso fortalece a comunidade e promove o aprendizado coletivo.
  • Educação e Informação: Oferecer workshops e materiais informativos que ajudem os pacientes a entenderem melhor sua condição e as opções de tratamento, capacitando-os a tomar decisões informadas.
  • Feedback Contínuo: Solicitar feedback regular dos pacientes sobre os serviços e tratamentos oferecidos nos dá a possibilidade de usar esse  retorno para ajustar abordagens e melhorar a experiência deles.
  • Planos de Tratamento Colaborativos: Desenvolver planos de tratamento em conjunto com os pacientes, levando em consideração suas preferências e necessidades. Isso pode aumentar a adesão e a satisfação com o tratamento.
  • Comunicação Transparente: Manter uma comunicação clara e honesta sobre diagnósticos, opções de tratamento e expectativas. Isso ajuda a construir confiança e a empoderar os pacientes.
  • Espaços de Diálogo: Criar fóruns ou encontros regulares onde pacientes e profissionais possam discutir questões relevantes, promovendo um diálogo aberto e colaborativo.
  • Avaliação Conjunta de Resultados: Ao final de um ciclo de tratamento, promover uma avaliação conjunta, onde pacientes e profissionais possam refletir sobre o que funcionou e o que pode ser aprimorado.

Acredito que compartilhar o caso é uma forma de obter diferentes ideias e aplicações de tratamento, possibilitando uma eficácia maior para o paciente em seu tratamento.

A reunião contribui com a tomada de decisão sobre o melhor tipo de tratamento ao paciente, levando em consideração o ponto de vista de cada um dos profissionais aí presente.

Num contexto de um plano de atendimento em saúde pública, a perspectiva psicanalítica pode oferecer uma compreensão profunda do sujeito, considerando tanto suas experiências internas quanto as relações sociais e emocionais que o cercam. Ao iniciar a discussão, eu destacaria a importância de refletir sobre a singularidade do paciente, reconhecendo que ele não é apenas um conjunto de sintomas, mas um indivíduo com uma vida mental rica e complexa.

É essencial compreender o histórico do paciente, como: Quais são suas experiências significativas? Como essas experiências moldaram suas narrativas pessoais e acabou que impactaram sua saúde mental?Investigar as relações que o paciente estabelece com outros, por exemplo: familiares, amigos ou profissionais de saúde, isso pode ajudar a observar os padrões que influenciam no seu bem-estar. É importante observar também como esses vínculos de suporte ou de tensão podem afetar a terapia.

No Espaço de Saúde, o ambiente em que o paciente está inserido, incluindo as políticas de saúde, acesso a recursos e a dinâmica institucional, ao meu ver também devem ser analisados. O espaço pode facilitar ou dificultar o processo terapêutico, dependendo da forma em que o paciente está sendo acolhido, como também o vínculo construído.

Outra questão muito importante é o processo de escuta, a escuta atenta é fundamental no acompanhamento do paciente. Isso envolve não apenas ouvir o que é dito, mas também ficar atento ao que não é verbalizado, como emoções, silêncios e resistências que podem surgir durante as sessões. Podemos optar por caminhos alternativos de construção da saúde, na discussão se faz necessário incluir alternativas que vão além do tratamento com medicamentos, promovendo um olhar holístico que englobe intervenções psicosociais. Isso pode incluir grupos de apoio, atividades artísticas, terapias comunitárias, cuidados com a alimentação, como o sono, com o corpo praticando exercícios físicos, cuidando da parte espiritual também que é extremamente importante e ações que promovem a autonomia e o empoderamento do paciente.

Estabelecer metas claras, respeitando o ritmo do sujeito. O que o paciente deseja alcançar? Quais mudanças ele está disposto a explorar?

Outro ponto que faz muita diferença são as intervenções interdisciplinares, colaborar com outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e psiquiatras, para oferecer uma abordagem integrada.

Nesse processo, é preciso implementar um sistema que permita acompanhar a evolução do caso de forma contínua, monitorando, avaliando e ajustando o plano conforme necessário. Isso pode incluir reuniões regulares da equipe para compartilhar observações e os progressos.

Eu entendo que uma abordagem e um planejamento bem estruturado, conseguimos chegar mais perto de um cuidado que respeita, considerando o sujeito e as relações no espaço de saúde. A abordagem psicanalítica permite uma construção de saúde mais horizontalizada, diferente do modelo tradicional verticalizado, médico-centrado. Essa proposição considera vínculos entre usuários e profissionais, a condição de sujeito como agentes ativos do processo possibilita esse espaço horizontal por diversos motivos como:

Deslocamento do foco da doença para o sujeito. Em vez de focar apenas na doença ou no sintoma, a abordagem psicanalítica se interessa pela história de vida do sujeito, suas defesas, seus desejos e suas formas de sofrimento. Permitindo assim uma compreensão mais ampla e menos redutora da experiência da pessoa. O sujeito, portanto, não é um mero receptor de tratamento, mas um agente ativo em sua própria cura.

A escuta psicanalítica valoriza a singularidade de cada sujeito e sua narrativa, reconhecendo a importância das suas experiências, como também sua maneira de entender o mundo. Isso cria um ambiente de respeito e confiança, que é fundamental para a construção de vínculos e para a colaboração no processo de tratamento.

Outro ponto importante que contribui muito é que a psicanálise entende a influência das relações interpessoais na saúde mental. O vínculo entre o usuário e o profissional de saúde é, portanto, um elemento central do processo terapêutico. Um vínculo baseado na empatia, na confiança e no respeito mútuo contribui para a construção de um espaço horizontal, onde ambos são ativos e interagem em igualdade de condições (mesmo considerando a assimetria inerente à relação profissional-paciente). Ao reconhecer o sujeito como agente de sua própria saúde, a abordagem promove o seu empoderamento, trazendo mais confiança e autonomia. Ele se torna parte ativa do processo de decisão, o que aumenta a adesão ao tratamento e a sensação de controle sobre a própria vida. Um espaço horizontalizado desestabiliza a tradicional hierarquia médico-paciente, reduzindo a assimetria de poder. Ao valorizar a experiência subjetiva do paciente e promovendo a colaboração entre profissionais e usuários, busca-se uma relação mais igualitária e participativa.

Por fim, priorizar os vínculos, reconhecer a condição de sujeito e adotar uma escuta atenta e não-julgadora criam um ambiente de colaboração e respeito, manter uma linguagem mais simples possível, para uma interação mais evolutiva, porque uma das gramdes falhas que deve se atentar é que falas técnicas dentro de um atendimento é extremamente ineficaz, cria sem dúvida alguma bloqueio difcultando o relacionamento com o sujeito, tudo isso favorece na construção de um espaço de saúde mais horizontal, democrático e eficaz. A horizontalidade não significa ausência de hierarquia profissional, mas uma mudança na dinâmica de poder, onde a relação é pautada pela escuta e pelo respeito mútuo, visando um tratamento mais humanizado e eficaz.

 

 

 

 

Faz-se necessário um estudo social da área a ser trabalhada por todos os profissionais de saúde mental. Os profissionais necessitam ter uma visão mais humanizada e menos mecanizada dos indivíduos desse ambiente social. A troca de experiências entre os profissionais pode ser valiosa para a percepção dos envolvidos que juntos poderão trazer um resultado mais eficiente. Após esse estudo e troca de experiências é necessário promover um ambiente acolhedor aos pacientes para que estes se sintam seguros e acolhidos, assim como seus familiares mais próximos para que seja feito um diagnóstico mais fidedigno da situação do paciente e esta possa ser trabalhada.

Para construir um espaço de cuidado horizontal, é fundamental que o usuário seja reconhecido como um sujeito ativo, com sua autonomia e subjetividade respeitadas, o que fortalece o vínculo de confiança e cooperação com o profissional. Esse relacionamento dialógico permite que as trocas sejam valorizadas e as decisões de cuidado sejam compartilhadas, posicionando o profissional como facilitador e mediador. Assim, a atenção em saúde deve ser pautada por uma parceria que promova um cuidado humanizado e colaborativo, sem hierarquias que coloquem o profissional como superior ao usuário.

Porque se trata de uma proposta que leva em consideração a singularidade, os desejos e a participação no processo de cuidar e o reconhecimento do sujeito em relação à dimensão psíquica e a construção desse espaço, bem como a implicação nas decisões e no modo de cuidar em saúde e dessa forma, a uma troca de posições de mero objeto de práticas terapêuticas para a posição de sujeito no processo. Há um deslocamento da condição passiva para a ativa e com isso os vínculos estabelecidos tornam possível o planejamento de estratégias de atenção onde os usuários têm escuta. Seus desejos e forma de vida são levados em conta.

É preciso preparar um ambiente saudável e acolhedor,para receber estes usuários, transmitindo confiança e um atendimento humanizado só assim vai acontecer uma relação de respeito mútuo entre o paciente e o profissional.

PreviousPage 196 of 232Next