Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Desafio - Módulo IV

PreviousPage 208 of 254Next

Estudo de caso

Acolhimento das famílias e pacientes

Equipe coesa e coerente no tratamento das demandas

Ao fazer parte de um grupo de estudo multidisciplinar, discutiríamos uma proposta de como realizar um trabalho onde pudéssemos ajudar aos mais necessitados, fazendo uma análise aprofundada da função dos sintomas clínicos na organização  psíquica, sendo que a intervenção clínica orientada pela psicanálise iria representar especificidades que distinguisse de práticas psicológicas, em função da concepção de sujeito que a sustenta.

Acredito que seja pelo simples fato de atendermos bastante pacientes, o que poderia acabar sobrecarregando os profissionais, além disso, o que podemos ter em mente ao se falar em SUS, é que teremos de atender em maior parte a população mais carente, o que significa usar abordagens mais simples para se tratar aqueles que buscam a orientação do profissional para lidar com problemas e desafios ligados à saúde mental.

O tratamento em qualquer âmbito, necessita de um ambiente bem estruturado, não só fisicamente mas também de forma harmoniosa

Cuidados envolve não só um bom profissional, mas também um ambiente acolhedor, de respeito entre paciente e profissionais de profissionais entre si.

Cada profissional dedicando a fazer sua parte e contribuir a realização de sucesso de outro profissional, possibilitará a evoluções e cuidados.

Considerar os vínculos entre usuário e profissional e a condição de sujeito do usuário possibilita um cuidado mais horizontal porque promove a autonomia e a participação ativa do usuário no seu processo de saúde. Essa abordagem humanizada fortalece a confiança e colaboração entre ambas as partes, resultando em intervenções mais eficazes e personalizadas, alinhadas com os princípios do SUS.

Porque na observação do sujeito a partir de um comportamento primário, a probabilidade de alcançar a raiz daquele problema é simitar a potencislidades de outros comportamentos concluindo a melhor metodologia para o objetivo de diminuir ou até eliminar tais comportamentos

O espaço horizontal ajuda o profissional a acompanhar o paciente de igual para igual, cabendo no conceito de atendimento humanizado. A criação deste espaço horizontal é importante para que paciente se sinta confortável e não julgado, trabalhando com um pensamento conjunto ao do paciente. É importante destacar que o foco é criar um vínculo de confiança, para que o paciente se sinta cada vez mais confortável para compartilhar suas vulnerabilidades ao psicoterapeuta.

Para que possamos chegarmos a resultados mais eficazes é necessário antes de mais nada, que tenhamos uma visão mais ampla e humanizada do atendimento ao público e suas necessidades. Para que o paciente tenha na atenção como um todo acolhimento, preferencialmente, humanizado e direcionado as demandas e realidades do mesmo.

Em rede pública é preciso ter um ambiente acolhedor, para que cada paciente se sinta acolhido, pois a população necessita de profissionais onde o profissional se importe com a situação onde seu paciente esta mais necessitado. Pois em muitos casos pacientes não voltam mais pois se sente como um peso ou um fardo pra alguns profissionais.

Para que o paciente se sinta acolhido é necessário uma equipe com uma visão humanizada.

Isso fara com que o paciente se liberte de tudo o que faz mal a ele, levando a um resultado satisfatório tanto paciente e tanto para o profissional.

A proposta de considerar os vínculos entre usuário e profissional, bem como a condição de sujeito daquele, é fundamental para a constituição de um espaço de cuidado horizontal, porque, na psicanálise, o sujeito é entendido como alguém que é constituído pela linguagem e pelas relações interpessoais, e não como um ser isolado ou sem história. Ao levar em conta a dinâmica das relações e a posição subjetiva do indivíduo, podemos promover um cuidado que reconheça e respeite a singularidade de cada pessoa, ao invés de apenas tratá-la como um objeto de intervenção.

  1. A centralidade do sujeito: Na psicanálise, o sujeito é visto como alguém marcado por suas experiências, seus desejos, suas angústias e seus conflitos internos. Reconhecer o sujeito em sua complexidade, e não apenas como um "paciente" ou "caso clínico", abre espaço para um vínculo mais genuíno entre profissional e usuário. Isso permite que o cuidado seja orientado por uma escuta atenta ao que o sujeito traz, incluindo suas falas, suas expressões e seu sofrimento. Dessa maneira, a relação deixa de ser hierárquica, caracterizada apenas pela autoridade do profissional, e se torna um espaço de troca e construção conjunta, onde o sujeito também participa ativamente.
  2. Relações horizontais e despatologização: A psicanálise, ao valorizar a subjetividade e os vínculos estabelecidos, ajuda a criar um ambiente em que o usuário é compreendido em sua totalidade, sem ser reduzido a um diagnóstico ou a uma etiqueta. Isso contribui para a despatologização das relações de cuidado, ou seja, evita-se uma visão medicalizante que reduz o usuário a um simples quadro de sintomas. A horizontalidade vem do reconhecimento da experiência e da subjetividade do outro, em que o profissional não se coloca como um "detentor do saber" absoluto, mas como um facilitador de um processo de entendimento e reflexão mútua.
  3. Escuta ativa e co-participação: Ao dar atenção ao sujeito em sua totalidade e ao seu processo relacional, cria-se um espaço onde o usuário não é apenas tratado, mas também ouvido, no sentido de ser considerado como alguém que pode participar de sua própria cura e compreensão. Isso implica uma mudança de paradigma, de uma relação unidirecional e vertical para uma relação mais democrática e colaborativa. A psicanálise contribui aqui com a ideia de que o cuidado deve ser algo construído e compartilhado, e não imposto.
  4. A produção de sentido e os vínculos afetivos: A psicanálise enfatiza que os vínculos humanos, como os afetivos e os que se estabelecem durante a terapia ou no espaço de cuidado, são fundamentais para a constituição do sujeito. Esses vínculos não devem ser vistos como simples trocas instrumentais, mas como elementos que fazem parte do processo de cura. O cuidado horizontal se constrói quando ambos, usuário e profissional, são sujeitos dessa troca, podendo ambos transformar-se a partir dessa relação.

Em resumo, a psicanálise oferece uma perspectiva de cuidado que se baseia no reconhecimento da subjetividade, nas trocas simbólicas e na relação de afetividade entre os envolvidos. Ao considerar os vínculos entre usuário e profissional como uma via de mão dupla, a proposta de um cuidado horizontal visa criar um espaço de escuta e compreensão mútua, no qual o sujeito não é apenas um objeto de tratamento, mas um protagonista do seu próprio processo de cuidado e transformação.

PreviousPage 208 of 254Next