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Desafio - Módulo IV

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O desenvolvimento de cada um depende exclusivamente ao tipo de sua abordagem

Primeiramente temos que fazer o estudo de caso, analisar questões físicas e metafisicas. Para que seja feito o acolhimento humanizado sem menosprezar suas dores fisícas.

Dentro do possível, o espaço deve ser o mais acolhedor, da mesma forma os profissionais do atendimento. Além disso, o atendimento deve ser individualizado, porque apesar das pessoas terem as mesmas doenças ou os mesmos sintomas, são pessoas diferentes. É o que pode-se chamar de tratamento holístico.

É necessario olhar aonde os outros nao enxergangam com essas ferramentas minusciosas

A troca de experiencia com os demais colegas profissionais é essencial para traçar um método de tratamento adequado.

Uma proposição que considera os vínculos entre usuário e profissional e a condição do usuário possibilita a constituição de um cuidado horizontal porque fortalece a relação terapêutica.

Isso promove a autonomia do usuário, valoriza o seu conhecimento e participação, e contribui para a humanização dos serviços de saúde. 

Um paciente que sofre com alguma neurose, em geral, necessita de um cuidado multidisciplinar, não somente com psiquiatra, mas com psicólogo e psicanalista. A psicologia, normalmente, no Brasil, trabalha com modelos cognitivos-comportamentais descendentes das correntes Behavioristas. Esse modelo pode ajudar nas contenções de sintomas e amenizando somatizações, mas segundo as correntes psicanalistas, não trata a causa base do transtorno. O psicanalista, com o tempo de trabalho, pode auxiliar o acesso do paciente ao seu próprio inconsciente e tratar diretamente o trauma passado. Em alguns casos mais severos, de transtornos graves, necessitaria de uma associação com medicações. De toda forma, seria necessário um planejamento conjunto, com passos a ser seguidos por cada profissional, mas de forma coordenada.

Ao reunir diferentes saberes, a equipe interdisciplinar permite uma visão mais abrangente do indivíduo, considerando aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Isso possibilita uma compreensão mais profunda das causas e consequências dos problemas de saúde, promovendo um atendimento integral, que vai além da doença, considerando o sujeito em sua totalidade. Essa abordagem leva em conta não apenas as necessidades biológicas, mas também as emocionais e sociais, a equipe interdisciplinar pode ser composta  por psiquiatras, psicólogos, médicos, enfermeiros, nutricionistas e outros profissionais oferece um cuidado integral ao individuo.

A relação de horizontalidade é essencial na relação com pacientes, visando a igualdade de sujeitos sem atribuição de uma hierarquia, ou seja, o poder de determinar e definir tratamentos. Quando adentra-se ao campo em que o sujeito passa a ser ativo no seu processo de melhoria, a chance de sucesso é otimizada, visto que, apenas ele, sabe o limite de suas ações e até onde ele estará disposto a enferentar. O profissioanl nesse caso, indicará quais tratamentos e caminhos o paciente pode percorrer, sempre apoiando-o em suas decisões.

Uma proposta que considera os vínculos entre o profissional e o usuário, além de reconhecer o usuário como um sujeito em sua totalidade, possibilita um espaço de cuidado horizontal porque muda a dinâmica tradicional. Aqui, o cuidado deixa de ser algo “de cima pra baixo”, em que o profissional decide tudo, e passa a ser uma construção feita junto, baseada na escuta, no respeito e na relação de confiança.  No olhar da psicanálise, o sujeito não é só um “paciente” com sintomas ou diagnósticos. Ele é alguém cheio de histórias, dores, desejos e marcas que influenciam diretamente sua relação com o cuidado. Então, quando colocamos o vínculo como ponto de partida, estamos criando um espaço onde o profissional realmente se conecta com quem está ali, enxergando o outro além da doença ou do problema apresentado.

Isso é essencial porque:

O vínculo é a base de tudo: Quando existe uma relação de confiança, o usuário se sente acolhido, seguro para falar e se abrir. Isso é muito mais poderoso do que apenas aplicar um protocolo. Escutar o que ele tem a dizer, perceber como ele se sente e o que ele espera muda completamente o resultado do cuidado.

A pessoa é mais que o sintoma: Na psicanálise, olhamos para o que está por trás do que é dito ou apresentado. Ou seja, o cuidado não é só “tratar o problema”, mas entender o contexto e como aquela pessoa significa o que está vivendo. Isso faz com que o profissional e o usuário construam juntos um caminho que faz sentido para aquele momento.

A relação é uma via de mão dupla: Quando o cuidado é horizontal, o usuário deixa de ser apenas alguém que recebe ordens ou orientações e passa a ser parte ativa no processo. Isso faz com que ele se sinta responsável por sua saúde, mais engajado e confiante de que está sendo ouvido e respeitado.

O cuidado acontece nas relações: O ambiente de saúde também precisa ser um espaço de troca, onde as relações entre os profissionais, e entre profissionais e usuários, promovam acolhimento e evolução. Isso significa que a maneira como o vínculo é construído tem impacto direto nos resultados e na forma como o cuidado é vivenciado.

Humanização gera transformação: Quando tratamos o outro como sujeito, com singularidade, criamos um cuidado mais ético e humano. Não é sobre seguir um manual, mas sobre estar presente, olhar nos olhos e construir algo juntos. Isso transforma não só o usuário, mas também os profissionais e o próprio sistema de saúde.

No fim, o que torna esse cuidado horizontal tão especial é a possibilidade de realmente enxergar a pessoa que está diante de nós. Não como alguém que precisa ser consertado, mas como alguém que está buscando apoio para caminhar em direção à saúde de uma forma mais consciente e acolhedora.

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