Forum

Please or Cadastrar to create posts and topics.

Desafio - Módulo IV

PreviousPage 221 of 254Next

O espaço de atendimento deve ser um local de acolhimento, ambiente agradável tanto para o profissional quanto para o paciente. O contexto no geral influencia na escolha do paciente em querer a análise ou não. Postura profissional, clima, local para sentar ou estar numa posição de conforto, recepção organizada (se houver). Tudo faz parte.

Disponibilizando de uma equipe diversa, faria primeiro uma reunião com essa equipe.  Ao analisar o perfil do paciente, iríamos decidir juntos o tipo de terapia, intervenção e até mesmo se fosse necessário o uso de medicação.  Essa equipe trabalharia alinhada em prol do bem  comum do paciente.

Deve ser trabalhado o  desenvolvimento  de metódo e técina  que possibilite, para além de uma aproximação entre agente e paciente, a identificação das particularidades e condições de vida do sujeito a ser tratado de modo a adequar o tratamento dentro dessas condições. A importância disso será refletida no resultado do tratamento, seja ele qual for, que deve dar-se de maneira multidisciplinar trazendo o sujeito paciente para dentro do proceso, de maneira ativa.

por que uma proposição que considera os vínculos entre usuário e profissional e a condição de sujeito daquele possibilita a constituição de um espaço de um espaço horizontal?

ao enxergar a singularidade do indivíduo, mesmo diante de protocolos fixos para tratamentos, o portador da questão a ser tratada requer um tratamento único, específico, singular, assim como ele é, o indivíduo porta uma condição que requer cuidados profissionais, mas isso não faz dele um mero objeto que contém algo a ser tratado, ele deve ser tratado em paralelo a sua questão, ele esta amalgamado ao corpo que porta a questão, ele também tem que ser visto, ele pede por um tratamento que dada sua singularidade não pode ser 100% protocolado, o olhar atento dos profissionais na atendimento é que farão o melhor protocolo específico para ele, isso impede que qualquer um dos envolvidos se coloque em um lugar outro que não o “ao lado”, “junto”, tanto usuários como profissionais envolvidos precisam estar em contribuição.

Paulo has reacted to this post.
Paulo
Uma proposta que leva a sério os vínculos entre usuário e profissional, e ainda reconhece o usuário como sujeito (olha que novidade!), cria um espaço de cuidado mais horizontal. Basicamente, ela joga no lixo aquela velha hierarquia onde o profissional manda e o usuário obedece, como se fosse um robozinho sem história. Quando o usuário é visto como alguém com desejos, medos e bagagem, o cuidado vira uma parceria — e não um monólogo cheio de jargões técnicos. A leitura psicanalítica entra aí pra lembrar que, sim, as pessoas têm camadas (e não, não são cebolas). Entender essas camadas ajuda a construir um cuidado que faz sentido pra quem está do outro lado. Ou seja, é menos "eu sei tudo" e mais "vamos juntos". E, convenhamos, quem não gosta de ser tratado como gente, né?
Paulo has reacted to this post.
Paulo

Considerando o espaço de atenção à saúde, seja qual for (Sus ou não) onde o sujeito busca o tratamento de problemas de saúde e promoção da saúde, deve ser um espaço acolhedor e multidisciplinar, pois o sujeito que procura o espaço necessita de uma abordagem não estanque e muitas vezes necessita de uma investigação mais aprofundada para o diagnóstico. Um sujeito que está com pressão alta, como exemplo. Este pode ser o sintoma de outros problemas, como obesidade, que necessitaria de suporte de nutricionista, educador físico e até apoio psicológico. Caso contrário o médico, e a unidade de saúde terão um contato superficial e a solução mais fácil é a indicação de um remédio para controle da pressão e encerramento do atendimento. O exemplo é de uma situação simples. Acredito que a busca por um espaço de saúde, a depender da situação, pode ser algo mais delicada, pois o sujeito pode estar fragilizado já com a doença, com sintomas, e do ponto de vista mais abrangente  esse contato com pode/ deveria ser uma interação que permite a promoção da saúde de fato, transversal e individualizada. Outro exemplo uma mulher que sofreu violência sexual e que necessita de apoio psicológico. Ou no caso de uma agressão física de uma mulher, que pode além de apoio psicológico, apoio do ponto de vista social para afastamento do agressor.  Do ponto de vista psicanalítico o ser humano que busca o serviço não é simplesmente um corpo adoecido que necessita de tratamento. É um sujeito complexo e necessita de muito respeito e atenção dos profissionais, que devem trata-lo de maneira humanizada, individualizada. Ocorre que o padrão parece ser  0 atendimento delivery, que objetiva liberar o quanto antes o mesmo, sem ao menos os profissionais saberem qual é o nome do paciente, quiçá aborda-lo de maneira acolhedora e focada em sua complexidade psicológica, social, etc. A minha proposta seria preparar toda a equipe do espaço a promover a saude de fato, com uma abordagem humana e transversal, multidisciplinar.

Essa proposição se dá por existir muitos aspectos a serem debatidos, verificar os motivos que levaram aquele paciente a unidade de saúde é fundamental para realizar um diagnostico e com as opiniões da equipe já colocadas para debate ajuda e definir um direcionamento de tratamento.

Sem dúvidas, para um bom resultado o paciente precisa se identificar com o ambiente, de acolhimento, seguro, sem julgamento. A afinidade entre o profissional e o paciente, será conquistada com o atendimento humanizado, sem palavras técnicas, passando assim um olhar de pertencimento, levando assim a resultados elevados e um constante crescimento horizontal, direcionamentos assertivos devido a tranquilidade  do paciente em fornecer informações a seu respeito.

hoje o Brasil é um dos países com mais casos de doenças mentais e precisamos levar esse assunto como prioridade, essa conversa com a equipe tem que priorizar o usuário e o ambiente em que ele será inserido para tratamento, após essa conversa com certeza chegaríamos no melhor tratamento e conversaríamos com o paciente e a família para nos ajudar a fazer com que ele viesse a ter um tratamento humanizado e acolhedor também em casa.

Citação de IEVI em outubro 29, 2021, 11:17 am

O espaço de atenção em saúde é de encontros entre profissionais e usuários, ambos sujeitos localizados diferencialmente em uma relação que visa, para ambos, ao cuidado em saúde. A introdução do modelo de saúde a partir da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) reorientou o paradigma de saúde para a promoção, em que os sujeitos são situados como agentes, ativos no engajamento das ações de cuidado.

Suponha que você faça parte de uma equipe interdisciplinar de um serviço público de saúde e está em processo de discussão de caso clínico com colegas. A discussão encaminha-se para a necessidade de construir um plano de atendimento e investigação que possibilite aos profissionais coletar informações e realizar um acompanhamento de evolução desse caso. Você insere-se no debate propondo considerar o sujeito e as relações estabelecidas no espaço de saúde como um ponto de partida importante para a produção do cuidado, em uma dimensão horizontalizada. A apresentação de um caminho alternativo de construção da atenção em saúde está pautada em uma leitura psicanalítica do sujeito e das relações.

Diante dessa discussão, por que uma proposição que considera os vínculos entre usuário e profissional e a condição de sujeito daquele possibilita a constituição de um espaço de cuidado horizontal?

O espaço de cuidado horizontal é o que a literatura tem mostrado como o modelo mais eficaz de tratamento moderno. Não muito longe, há o problema de terceirização da saúde para médicos, clínicos e, não raro, a internet. O cuidado horizontal que o estado inova em oferecer estabelece a conexão básica para um tratamento de sucesso em que profissional e paciente trabalham juntos pela mesma causa. Não há hierarquia. O profissional não é superior ao paciente e vice-versa. A relação é horizontal. Ambos empregam o mesmo tempo e energia para o mesmo fim, a saúde do paciente. Por parte do profissional, informação correta sempre foi uma ferramenta poderosa no processo de cura. A auto responsabilização por parte do paciente exige coragem e comprometimento. O olhar analítico sempre atento e a postura acolhedora e positiva por parte do profissional tende a trazer mais tranquilidade ao paciente podendo transformar ansiedades e angústias em propósitos e foco dada a relação aberta e transparente entre as partes que compõem essa caminhada pela cura nas esferas biológica e psíquica.

PreviousPage 221 of 254Next