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Desafio - Módulo IV

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Uma proposição que considera os vínculos entre usuário e profissional e a condição de sujeito daquele possibilita a constituição de um espaço de cuidado horizontal porque rompe com a lógica tradicional hierárquica do saber biomédico e promove um modelo de atenção baseado no reconhecimento da subjetividade e da participação ativa do usuário no próprio processo de cuidado.

A partir de uma leitura psicanalítica, compreende-se que o sujeito não é apenas um receptor passivo de intervenções médicas, mas alguém que possui história, desejos, demandas e resistências próprias. A relação entre profissional e usuário, nesse sentido, não deve ser pautada por uma imposição de saberes, mas por um diálogo que leve em conta a escuta ativa, a transferência e os aspectos inconscientes que atravessam essa interação.

O conceito de horizontalidade no cuidado implica que ambos – profissional e usuário – são agentes no processo terapêutico, estabelecendo uma relação mais simétrica, onde a autonomia e a singularidade do sujeito são respeitadas. Isso favorece não apenas a adesão ao tratamento, mas também a construção de estratégias de cuidado mais efetivas e contextualizadas à realidade do usuário.

Dessa forma, ao valorizar os vínculos e a subjetividade, o espaço de saúde deixa de ser apenas um local de intervenção técnica e se torna um espaço de acolhimento, reconhecimento e corresponsabilidade na produção do cuidado.

Uma relação transferencial é importante no primeiro momento para o deslocamento da condição passiva para a ativa porque diz respeito aos vínculos estabelecidos e que propiciam oplanejamento de estratégias de atenção em que existe uma escuta, uma atenção que leva em conta o seu desejo e as formas de vidas singulares. Um ambiente tranquilo e seguro e profissional  também deixará o paciente mais propício a aceitação.

Em primeiro lugar, visando a melhora do paciente, o objetivo seria entrar num denominador comum com o restante da equipe em termos de qual a melhor opção de  tratamento, entendendo mais sobre ele e sobre qual o melhor tipo de abordagem para tratar daquele paciente específico. Em segundo lugar, seria um ótimo momento para fazer o famoso networking, conversar com colegas de fora, com outras especializações e experiências válidas que possamos trocar. Um olhar de fora as vezes nos faz enxergar o que parecia óbvio, mas não enxergamos por estamos olhando de uma perspectiva errada. Buscar essa troca de conhecimento e de experiências certamente traria a solução para o paciente em questão.

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