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Desafio - Módulo IV

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Possibilita um espaço de cuidado horizontal porque: Constrói uma relação de confiança, o que é fundamental para a eficácia do cuidado,promovendo participação ativa que pode alimentar a motivação e adesão ao tratamento, também é possível desenvolver um cuidado mais personalizado levando em conta as necessidades específicas do usuário e seus objetivos, fomentando a empatia, gerando maior satisfação em quem está recebendo o tratamento e cuidado.

No contexto da saúde pública brasileira, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS), torna-se cada vez mais necessário refletir sobre as relações estabelecidas entre profissionais e usuários, bem como sobre a condição de sujeito dos indivíduos atendidos. A partir de uma leitura psicanalítica, considerar o sujeito em sua singularidade e complexidade possibilita a construção de um espaço de cuidado mais ético, humanizado e horizontal.

A escuta psicanalítica compreende o sujeito não como um simples portador de sintomas ou diagnósticos, mas como alguém atravessado por desejos, conflitos e histórias de vida singulares. Essa abordagem rompe com modelos de cuidado autoritários e verticalizados, nos quais o profissional detém todo o saber e o usuário ocupa um lugar passivo. Ao contrário, valoriza-se o discurso do sujeito, reconhecendo que ele tem algo a dizer sobre seu sofrimento e seu processo de cuidado. Essa mudança de perspectiva amplia a clínica, permitindo que os saberes técnicos se articulem com os saberes da experiência vivida, construindo estratégias de cuidado compartilhadas.

Além disso, ao se estabelecer uma relação menos hierárquica entre usuário e profissional, favorece-se a criação de vínculos mais potentes e éticos. O cuidado deixa de ser imposto e passa a ser construído junto ao sujeito, respeitando sua autonomia e subjetividade. Tal abordagem está em consonância com os princípios da humanização e da clínica ampliada defendidos pelo SUS, que propõem um cuidado integral, acolhedor e comprometido com a realidade de cada pessoa.

Assim, ao considerar o sujeito em sua singularidade e ao estabelecer relações horizontais com os usuários, os profissionais de saúde ampliam a potência do cuidado, favorecem a responsabilização compartilhada e promovem intervenções mais éticas e efetivas. A escuta qualificada e o reconhecimento do outro como sujeito são, portanto, pilares fundamentais para a construção de um cuidado verdadeiramente transformador no campo da saúde pública.

Para melhor desempenho da equipo x paciente, e necessario ter uma espaço humanizado, com foco no paciente, para que o mesmo entenda que o papel da equipe é dar o devido suporte a ele.

O “espaço de atenção à saúde” é um conceito que se refere aos locais e contextos onde ocorrem ações voltadas ao cuidado da saúde das pessoas. Ele pode incluir desde unidades básicas de saúde, hospitais e clínicas até espaços comunitários onde se promovem atividades de prevenção, promoção e reabilitação da saúde.

No Brasil, esse conceito está muito ligado à Atenção Primária à Saúde (APS), que é o primeiro nível de cuidado no Sistema Único de Saúde (SUS). A APS atua como porta de entrada para o sistema e busca oferecer um cuidado integral, contínuo e acessível. Ela envolve ações como consultas médicas, vacinação, exames, acompanhamento de doenças crônicas e promoção da saúde nas comunidades.

Além disso, o espaço de atenção à saúde também pode ser entendido como o território onde vivem as pessoas, considerando suas condições sociais, ambientais e culturais. Isso permite que o cuidado seja mais próximo da realidade local e mais eficaz.

 

A proposta é criar um plano de ação junto a equipe onde o paciente seja envolvido, com uma escuta ativa, troca de experiências e conhecimentos, onde ele possa se sentir acolhido… o Sus tem proposto esse tipo de cuidado humanizado, onde o doente possa se envolver no tratamento, onde ele se sinta pertencente e não se sinta com os profissionais envolvidos uma relação de superioridade, onde todos possam ver essa evolução de forma gradual e eficaz…. Participando e atuando de forma conjunta

Quando a gente reconhece o usuário como sujeito e valoriza o vínculo entre ele e os profissionais, o cuidado em saúde deixa de ser algo imposto e passa a ser construído junto. Isso cria um espaço mais acolhedor, onde há escuta, troca e respeito. O paciente deixa de ser visto só pelo que sente ou apresenta, e passa a ser compreendido em sua história, desejos e forma de viver. A psicanálise nos ajuda a olhar para essa dimensão mais profunda, entendendo que cada pessoa é única e que o cuidado precisa levar isso em conta. Assim, o trabalho em saúde se torna mais próximo e mais humano.

A proposta de um espaço psicanalítico onde em primeira mão se reuniria dados e informações  gerais do sujeito acompanhado com um responsável

Analisaria  a situação do sujeito de que se trata o problema de saúde de qual natureza , apresentaria a equipe profissional e assim se decidiria o caminho   A tomar , visando prestar dentro do sistema de saúde todo cuidado que o sujeito necessite .

Cuidado horizontalizado considerando vínculos entre o usuário e o profissional vem de ver além das circunstâncias atuais que o trouxeram até o cuidado e partir para uma investigação pautada no ouvir, no ter tempo de escuta do outro para avaliar de onde estão vindo as causas do problema e não somente se basear em sanar os efeitos (tudo isso sem julgamento). No meu ponto de vista, aí está o ato de promover a saúde. Ao designar profissionais com atenção ao ser, às suas condições que estão além dos sintomas físicos, é possível trabalhar ativamente na promoção do bem-estar e da saúde. Ao partilhar informações com outros profissionais e diferentes pontos de vista, há maiores possibilidades de tecer uma 'colcha de retalhos' com informações e cuidar efetivamente do paciente.

Primeiro tem que ser analisado minuciosamente todo caso,  toda estrutura inclusive familiar. Ter um olhar mais humitario e falar abertamente de forma mais dinâmcica sem muitos termos técnicos e principalmente ter um ambiente acolhedor.

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