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Desafio - Módulo IV

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Entendo que essa proposição deve ser sustentada por duas fundamentações:

Abordagens psicanaliticas;

Supondo que este centro de saúde é um CAS ou posto de saúde da família n o plano de atendimento pode incluir dinâmicas oriundas do behavorismo, que visa a análise do comportamento dos usuários atendidos, haja visto que todos ali moram em um local próximo (mesmo bairro), e compartilham certos contextos de vida, como pobreza, baixa escolaridade, saneamento público precarizado, violência policial e doméstica.  Essa abordagem pode ajudar a mapear os sofrimentos dessas pessoas, que embora individuais também são coletivos (neste exemplo) , e portanto permite criar métodos que visam diminuir o sofrimento de forma ampla.

Horizontalidade interdisciplinar;

Os demais profissionais são fundamentais para auxiliar na diminuição do sofrimento, como as áreas de Enfermagem e Medicina para situações medicamentosas, bem como profissionais das áreas de Assistência Social para auxílio da garantia de direitos e mapeamento dos casos críticos como violência doméstica e abandono de incapazes.

 

Através dessas duas facetas o psicanalista pode identificar qual paciente precisa de maior atenção (individual), e assim agir pontualmente no tratamento.

 

Uma forma de construir um cuidado mais horizontal é enxergar o usuário como alguém que participa ativamente do processo, e não só como alguém que recebe o cuidado. Quando existe vínculo de verdade entre profissional e usuário, com escuta, respeito e diálogo, as decisões podem ser tomadas juntos, considerando tanto o olhar técnico quanto a história e os sentimentos de quem está sendo cuidado. Assim, o cuidao deixa de ser algo imposto e passa a ser algo construído em parceria, mais humano, mais acolhedor e mais eficaz.

Porque quando entendemos que cada pessoa tem sua própria história, seus sentimentos e jeitos de ver o mundo,  paramos de olhar para ela só como alguém com um problema ou doença. A psicanálise ajuda a ver o outro como um sujeito, alguém que tem algo importante a dizer, mesmo que não fale tudo com palavras.

Quando o profissional escuta de verdade, com atenção, sem julgar, ele cria uma relação de confiança com a pessoa. Isso faz com que o cuidado aconteça de forma mais próxima, mais humana. Não é só o profissional mandando e o outro obedecendo, mas os dois pensando juntos o que pode ajudar.

Assim, o espaço de cuidado fica mais igual, mais respeitoso, e o tratamento tem mais chance de funcionar, porque leva em conta quem a pessoa realmente é.

Um profissional da área da saúde deve agir com ética, respeito, empatia e competência, priorizando sempre o bem-estar do pacienteÉ fundamental que o profissional seja capaz de se comunicar claramente, trabalhar em equipe e manter-se atualizado sobre os avanços da área. Além disso, a resiliência e a capacidade de lidar com situações desafiadoras são características importantes. 

Diferente das necessidades fisiologicas que são palpaveis e descritivas por mais "erronea" que seja, tem-se mais facilidade em se lidar.

Quando trata-se de um paciente com disfunção, dificuldade ou instavelmente fragizilado mentalmente estamos falando de algo abstrato e subjetivo, analisar monte e comportamento em fusão e crucial para o diagnostico. Sendo ele sobre depressão, burnout, esquizofrenia, disturbios ou qualquer outro derivante da monte. Olga humanitario do agents de saúde,  médicos e profissionais em geral, todos seven estar e ser devidamente treinados para receber e acolher pacientes mentalmente instaveis.

O paciente que chega a uma unidade se saúde ele ja atingiu Seu limite, ou seja, sente-se acuado, de desprotegido e incompreendido, deve-se criar essa conexão se confiança para facilitar o diagnostico e tratamento.

Criar um ambiente que traga segurança para o paciente é fundamental para que a evolução de cada caso, um estudo de casos seria muito interessante e importante, até mesmo para que se conheça a necessidade de cada paciente e assim melhor tendê-lo, a pessoa com problemas tem que se sentir segura e acolhida.

A constituição de um espaço de cuidado horizontal depende de reconhecer o usuário não apenas como receptor de intervenções, mas como sujeito ativo, portador de história, desejos e significados próprios. A partir de uma perspectiva psicanalítica, o vínculo entre profissional e usuário se constrói na escuta atenta e no reconhecimento da singularidade, o que permite que o cuidado seja fruto de uma relação dialógica e não de mera aplicação de protocolos.

Quando as relações no espaço de saúde se estabelecem de forma horizontal, há corresponsabilidade: o profissional deixa de ser o único detentor do saber e o usuário passa a contribuir ativamente para o planejamento e acompanhamento do cuidado. Isso fortalece a adesão, amplia a compreensão dos processos subjetivos que influenciam a saúde e permite que a intervenção seja mais eficaz, pois integra o contexto de vida e as necessidades reais do sujeito.

Assim, a horizontalidade nasce do encontro entre saber técnico e saber experiencial, mediados pelo vínculo e pela consideração da condição de sujeito, o que transforma o cuidado em um processo compartilhado, humanizado e, sobretudo, singular

No contexto do SUS - Sistema Único de Saúde , bem como ainda, em outros como o CAPS - Centro de Atenção Psicossociais e da RAPS - Rede de Atenção Psicossociais,  o psicanalista pode contribuir com a equipe interdisciplinar ao propor que o cuidado parta do reconhecimento do usuário como sujeito, valorizando sua história, singularidade e vínculos estabelecidos  no espaço de saúde. Isso significa adotar uma escuta qualificada, capaz de acolher não apenas a queixa, mas também os sentidos na fala e no comportamento. Assim, poderemos criar uma relação profissional e usuário (paciente), sendo estes os elementos fundamentais para a adesão e continuidade do cuidado. O psicanalista contribui na construção do plano terapêutico, integrando saber técnico e saber de experiência favorecendo corresponsabilidade e participação ativa do paciente. Já a equipe amplia sua compreensão do caso e fortalece a integralidade das ações da saúde, alinhando-se aos princípios de humanização e promoção do cuidado.

Dessa forma, quando se parte da condição de sujeito e dos vínculos estabelecidos, o plano de atendimento não é apenas uma prescrição técnica, mas uma estratégia construída a partir da escuta também, do reconhecimento da singularidade e da inclusão do usuário no processo decisório. Isso favorece o engajamento, fortalece a adesão ao tratamento e transforma o espaço de saúde em um lugar de encontro e construção compartilhada de cuidado — o que caracteriza, de fato, um espaço horizontalizado.

Para qualquer tipo de tratamento, é necessário que haja confiança entre profissional e usuário. O relacionamento desenvolvido com cada profissional, especialmente em casos multidisciplinares, é importantíssimo para que o problema do usuário seja resolvido em todos os aspectos envolvidos, não apenas em parte. A horizontalidade está justamente nesse olhar acolhedor e empático de cada profissional, que traz consigo informações importantes quanto comportamento e reações do usuário. Essa unidade entre os profissionais aumentará a eficiência e a eficácia do tratamento escolhido.

Porque ,quando você considera o vínculo entre usuário e profissional e reconhece o usuário como sujeito e não apenas como paciente ou portador de sintomas você cria condições para que o cuidado não seja algo imposto de cima para baixo mas construído em parceria.

Assim a horizontalidade surge porque o poder é redistribuído na relação e o cuidado passa a ser co-produzido o que favorece a adesão confiança e resultados mais sustentáveis

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