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Desafio - Módulo IV

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O estudo social do ambiente em que a unidade de saúde está instalado é fundamental para que os profissionais saibam com que pensamentos, costumes, realidade seus pacientes estão inseridos e assim possam oferecer um ambiente seguro, direcionado, claro, amigável para  que os tratamentos tenham mais efetividade

Pode ser feito primeiramente podemos atender esse paciente vizando suas necessidades e vendo as causas dependendo de cada necessidade podemos fazer grupos para reunir esses pacientes com outros que estão tendo o mesmo problema ou parecido tendo assim uma interação maor

O cuidado voltado para a percepção do espaço horizontal é diretamente relacionado com a interação dos personagens envolvidos e que se percebem neste espaço. As figuras em si, como personagens, coabitam e se estimulam na busca do melhor para ambos. Este equilíbrio se faz na saúde pela percepção direta do atendido pelo estímulo (em qualquer aspecto) oferecido pelo atendente. Em uma espaço horizontal não existem hierarquias e privilégios, desta forma a satisfação, produção, desejo ou objetivos estabelecidos entre atendentes e atendidos está na buscada pelo equilíbrio formatado e exposto pela satisfação em ambos percebida.  Nos Sistema Único de Saúde é possível estabelecer tal procedimento desde que todos os agentes do sistema tenham a percepção de sua responsabilidade para com o espaço daquele que a ele busca.

Substancialmente, aquele que analisa e aquele que é analisado, são entes que precisam estabelecer uma conexão entre si, a fim de que as necessidades de um sejam atendidas pelas competências do outro, de forma mais integrada e eficiente!

Profissionais com amor e defecação a profissão, e com o dom para lidar com pessoas.

 Na Saúde Pública, a entrada da psicanálise aconteceu através do profissional psicólogo, que ainda é comum nos dias de hoje, pois não existem nos quadros funcionais o cargo de psicanalista.

psicanálise enfrenta desafios distintos, antes de tudo porque não pretende primariamente ampliar a qualidade de vida dos indivíduos, mas proporcionar uma escuta diferenciada a quem está em sofrimento. Freud previu essa presença da psicanálise em ambulatórios públicos, ao sustentar que, em algum momento, a sociedade iria despertar para a necessidade de oferecer escuta analítica a toda a população, independente da sua classe econômica e social. Ele mesmo chegou a propor a criação de instituições gratuitas compostas por analistas visando atendimento aos pacientes sem condições de bancá-los em uma clínica privada.

Os ambulatórios públicos brasileiros são diferentes em dois aspectos fundamentais da conjectura de Freud sobre o futuro. Em primeiro lugar: as instituições são constituídas por equipes interdisciplinares e não somente por analistas. Em segundo lugar: as equipes que são marcadas pelos discursos médicos, tendem a preferir terapias psicológicas focadas no ajuste de comportamentos e emoções do paciente, para que este responda de maneira adequada ao tratamento médico que estiver sendo submetido.

Assim como na época de Freud, a psicanálise ainda difere de maneira radical do discurso dominante nessas instituições, marcando um ponto de resistência à concepção do paciente como passivo, alienado e desprovido de qualquer saber referente a si próprio.

COLOCANDO EM PRÁTICA O TRABALHO PSICANALÍTICO NA SAÚDE

Distante de outras abordagens psicoterápicas, o trabalho analítico não tem como foco os efeitos terapêuticos. Estes são inegáveis e geralmente não demoram a aparecer, mas de maneira alguma é o objetivo do tratamento analítico, isso porque a psicanálise não visa normalizar o sujeito ou adequá-lo à realidade, por entender que essa é uma tarefa impossível.

psicoterapia explora e exalta a dimensão imperativa do significante, já a psicanálise visa reduzi-la. Em outras palavras, a psicoterapia reproduz o discurso do mestre, o discurso de que há um representante do saber, sendo ocupado na maioria das vezes por médicos e outros profissionais de saúde, definindo o melhor caminho para o paciente, colocando-o no lugar do desconhecimento.

O Psicanalista se recusa a fazer esse jogo. O significante-mestre que o analista quer sustentar é o do sintoma do sujeito. Com isso, ele pode formular as condições de uma psicanálise aplicada a terapêutica que não se relacione em nada com a psicoterapia. Uma instituição é orientada por um significante-mestre da civilização: no caso do ambulatório, o saber médico. Logo, uma vez dentro desse conjunto, o psicanalista não deve se impor, se opor ou se colocar a serviço do mestre, mas sim da instituição.

Realizar esse tipo de trabalho nas instituições não é fácil, já que o psicanalista se vê confrontado com pacientes cuja demanda já está modulada pelo efeito de um discurso medicalizado, ou seja, uma demanda que se endereça ao saber médico: o sujeito dirige-se ao ambulatório crendo que será atentido por vários doutores, por isso é comum sentir-se confuso quando descobre que o psicanalista não medica conversa.

Uma vez inserido no ambulatório, ou em qualquer outro campo institucional, o psicanalista tem a sua prática atingida pelos valores contemporâneos. Apesar dos pacientes de hospitais públicos possuírem baixo nível cultural, sérios problemas econômicos e ser atravessado pelos ideais contemporâneos de medicalização do sofrimento e por terapias breves para supressão dos sintomas, a presença do discurso analítico cria a demanda de uma escuta analítica em muitos pacientes. É nesse fato que a psicanálise se apoia para afirmar a sua importância nos tempos atuais.

A inconsistência dos efeitos terapêuticos promovidos pelas medicações psicotrópicas e o alto índice de incidência das novas formas de adoecer (depressãoansiedadesíndrome do pânico) mostram que os ideais contemporâneos não sustentam o discurso que buscam se promover. É nessa situação que a psicanálise se revigora, tornando-se imprescindível como ponto de limite a esse discurso.

CONCLUSÃO

psicanálise, sendo uma ciência que os primórdios diziam ser uma prática somente clínica, hoje abrange um espaço muito maior, podendo já ser identificada em: escolashospitais e postos de saúde, não fazendo com que a mesma diminua sua importância e que mostre sua teoria e sua técnica nesses novos locais, aos quais está se inserindo gradativamente. Contudo, acredita-se que foi possível por meio da presente pesquisa, levantar a possibilidade de se trabalhar com a linha psicanalítica na saúde pública, bem como, visualizar os desafios e possibilidades ainda presente neste campo de atuação a partir da referida linha teórica.

A psicanálise não vai salvar a sociedade, ou a instituição de saúde, mas também não será devorada por esse discurso que tenta invalidar a sua importância e promover o uso de medicamentos psicotrópicos, ela se torna cada dia mais necessária e mostra que as práticas que ela traz para utilização nos meios públicos de saúde se mostram humanitárias, necesárias e apresentam resultados cada vez mais contundentes.

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O paciente em questão ou qualquer outro, se sentirá muito mais a vontade se o profissional se colocar a mesma altura do paciente, possibilitando abertura e confiança na abordagem.

O profissional de saúde tem que obter um olhar um olhar mais humanitário diante das condições de cada paciente.

Os profissionais de saúde ao criar vínculo com os usuários, entendem que a importância reside numa maior eficácia da relação terapêutica, pelo respeito mutuo. Este vínculo que gera confiança através de uma empatia irá facilitar a comunicação entre as partes envolvidas, inclusive levando os usuários a se ajustarem nos planos de atendimento.

Estes profissionais também compreendem que os usuários são sujeitos autônomos e com participação ativa no seu próprio cuidado, respeitando e ajudando na tomada das decisões por parte deste. Esta autonomia promovida é muito importante, pois os tornam parceiros no tratamento.

A abordagem psicanalítica trabalha na construção do auto conhecimento, baseada na compreensão das dinâmicas inconscientes e relações interpessoais. Irá permitir que os usuários se apropriem de forma completa da tratativa devido a análise e sua interpretação aprofundada dos aspectos motivacionais envolvidos.

Assim é criado uma atmosfera horizontalizada, cuja tradução significa cuidado colaborativo e centrado nos usuários, fugindo do clássico hierárquico, pois há a abertura da comunicação, com a valorização da empatia o que torna o cuidado eficiente.

Os profissionais das diversas áreas envolvidas trabalham juntos para fornecer o melhor acolhimento e atendimento ao paciente.  Cada membro da equipe tem a sua importância independente do cargo, não existe hierarquia e o foco é o paciente, o qual é empoderado para participar ativamente de seu próprio cuidado e tomada de decisões.

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