Desafio - Módulo VI
O mecanismo de defesa que está sendo expresso no caso de Laura é o da formação reativa, articulado com o uso da fantasia como recurso psíquico. A formação reativa consiste em substituir um sentimento ou impulso inaceitável, como a inveja ou o ciúme em relação ao irmão recém-nascido, por um comportamento ou atitude opostos e mais socialmente aceitáveis. No caso de Laura, a dificuldade em reconhecer e expressar conscientemente o afeto de inveja é tamanha que, diante de situações que poderiam despertar esse sentimento, ela recorre a um jogo imaginário no qual interpreta o papel de um mágico poderoso, capaz de transformar o mundo com seus gestos. Essa fantasia funciona como uma defesa psíquica, permitindo que o impulso proibido seja desviado para um cenário simbólico e seguro, no qual ela se sente forte, valorizada e no controle da realidade, compensando assim o sentimento de inferioridade ou exclusão que o nascimento do irmão pode ter provocado. A fantasia, nesse contexto, serve como uma via de escape para a expressão disfarçada de seus conflitos internos, sem que ela precise entrar em contato direto com o afeto real, considerado inaceitável ou ameaçador para o ego. Esse tipo de mecanismo é comum em crianças tendem a recorrer à defesas para expressão de conteúdos emocionais intensos, buscando, através da imaginação e do brincar, formas menos conflituosas de lidar com suas emoções.
Laura usa o mecanismo de defesa que liga os sentimentos reprimidos do ego ao superego, utilizando a fantasia para compensar o seu descontentamento coma figura do irmão caçula.
Certamente o que aconteceu com laura foi que o ego manifestou o mecanismo de repressão onde o consciente busca se defender levando o sentimento de inveja de seu irmãozinho , para o inconsciente id onde sua pulsão e controlada pelo superego.
Como estudado até aqui sobre os mecanismos de defesa e como eles funcionam como ferramenta para reprimir ou proteger nossas reais pulsões e sentimentos, no caso de Laura não foi diferente, ela reprimiu (tentou esconder) o fato do ciúmes do irmão, porque para ela era inadmissível admitir esse sentimento. Em contrapartida ao usar o jogo imaginário podemos entender que ela usa de uma formação reativa que a afasta da realidade, e através do jogo e da fantasia, algo totalmente irreal, ela se afasta da realidade que é difícil de admitir e lá ela pode "jogar" e fazer tudo da forma que ela gostaria que fosse.
Ao fantasiar, Laura tenta negar seus sentimentos, motivo pelo qual se dificulta a identificação durante a análise. Há ainda, pelo menos mais dois mecanismos em atuação; a negação, que explica a rejeição de pensamentos e sentimentos insuportáveis tornando-os inexistentes. Como também, a regressão que se dá pela volta ao período de desenvolvimento anterior na busca pelo conforto, segurança e gratificação sentidas nesta fase.
O mecanismo de defesa que está sendo expresso no caso de Laura é o mecanismo da fantasia.
A fantasia atua como uma defesa inconsciente, permitindo que o indivíduo lide com sentimentos ou impulsos inaceitáveis ao transformá-los em cenários imaginários, onde pode sentir-se no controle ou aliviar o sofrimento psíquico.
No caso de Laura, ela sente um impulso de inveja e ciúmes do irmão recém-nascido, porém, esse afeto está recalcado, o que torna sua manifestação direta quase impossível. Diante de situações que poderiam ativar esse ciúme, Laura recorre ao jogo de imaginação, no qual se vê como uma figura poderosa, um "mágico", capaz de transformar ou controlar o mundo com seus gestos.
Esse recurso imaginário serve para aliviar o desconforto psíquico e simboliza o desejo inconsciente de ter poder ou influência sobre a situação familiar, sem que ela precise entrar em contato direto com o sentimento de inveja.
Portanto, a fantasia protege Laura do sofrimento emocional gerado pelo ciúme, funcionando como um mecanismo de defesa típico do período de latência.
Nesse caso, a menina Laura usa o mecanismo de defesa da fantasia que é um recurso inconsciente utilizado pelo ego para lidar com desejos, conflitos internos ou frustrações que são difíceis ou impossíveis de enfrentar na realidade. Ele permite que a pessoa crie cenários mentais onde seus desejos são satisfeitos ou suas angústias são aliviadas, como uma forma de escapar da realidade.
Mecanismo de defesa que é utilizado estrategicamente inconsciente pelo ego para reduzir a ansiedade, proteger-se de conflitos psíquicos ou evitar sentimentos dolorosos.
A rivalidade entre irmãos sob a ótica da psicanálise, é um fenômeno complexo e multifacetado,enraizafo nas relações familiares.Algumas vezes,uma dinâmica natural mais mo caso citado problemático ,que podem resultar de fatores como a forma que os pais lidam com as diferenças entre os filhos.
A experiência de um novo irmão é vista como um intrusão no mundo da criança que desencadeia sentimentos de ciumes ,inveja,com fantasias...
Essa rivalidade se enquadra no complexo de Édipo.
Como lidar com essa rivalidade
Promover a comunicação
Valorizar as diferenças
Evitar comparações
Intervir quando necessário
Buscar ajuda profissional
Ao meu ver Laura usa mais de um mecanismo , como por exemplo a "Identificação" onde ela tenta alcançar os traços de outra pessoa se passando pelo mágico, a "Introjeção" onde ela assume as características dele, uma "Negação também , onde ela se recusa a aceitar a realidade . E com esses mecanismos que ela usa como defesa ,fica mais fácil encarar a realidade de ter que dividir a atenção dos pais com o irmão recém nascido.