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Desafio - Módulo VI

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O mecanismo de defesa presente no caso é a sublimação.
Laura, ao manifestar o desejo inconsciente de inveja e ciúme do irmão recém-nascido, transforma esses afetos em uma brincadeira simbólica, na qual desempenha o papel de um mágico com poderes de transformação. Dessa forma, canaliza impulsos inaceitáveis para uma atividade criativa e socialmente aceita.
Esse processo caracteriza a sublimação, pois há uma transformação da energia pulsional em expressão simbólica e construtiva, permitindo que o ego mantenha seu equilíbrio e evite o conflito direto com o superego.

Identifico que em primeira instância Laura tenta se defender com a Negação do sentimento que sente pela presença de seu irmão mais novo, com tentativas de repressão (não sucedidas) de tal sentimento. Quando não consegue ignorar, tenta defender de seus impulsos usando da sublimação, direcionando estes para uma atividade imaginária.

Para evitar a expressão de pensamentos ou sentimentos inaceitáveis, neste caso a rejeição e ou cíumes do irmão, o sujeito exagera na expressão de sentimentos ou expressão oposta, usando a magica como linguagem , o que para a piscicanalise é uma Formação reativa.

O mecanismo de defesa que está sendo expresso no caso de Laura é a formação reativa associada à fantasia como forma de sublimação e controle do impulso.

1. Formação reativa:
Esse mecanismo ocorre quando o ego transforma um impulso inaceitável (como a inveja ou o ciúme) em seu oposto consciente, geralmente exagerando esse comportamento oposto. No caso de Laura, ao invés de expressar diretamente sua inveja do irmão, ela a encobre com um comportamento aparentemente mágico e poderoso, como se estivesse no controle de tudo — o oposto da impotência e frustração que a inveja pode provocar.

2. Fantasia como defesa e sublimação:
A fantasia de ser uma mágica com poderes especiais é uma forma de lidar com a realidade dolorosa de não ser mais o centro das atenções. Ao criar esse jogo imaginário, Laura canaliza seu afeto (inveja) para uma atividade simbólica e criativa, o que pode ser entendido como uma forma de sublimação — um mecanismo mais maduro, onde impulsos são redirecionados para atividades socialmente aceitáveis ou criativas.

3. Recalque (recalcamento):
Também é possível identificar o recalque como mecanismo de base, pois o impulso original (inveja) está inconsciente e não acessível nem mesmo na análise. O recalque impede que o conteúdo ameaçador chegue à consciência, sendo substituído por uma elaboração simbólica (o jogo do mágico).

Laura utiliza a formação reativa e a fantasia sublimatória como formas de defesa contra o afeto inaceitável da inveja. O recalque atua como pano de fundo, impedindo que o conteúdo original emerja diretamente. O jogo imaginário é, portanto, uma expressão simbólica e defensiva de um conflito interno que ela ainda não consegue elaborar conscientemente.

 

Para lidar com esse impulso, de inveja, ela cria um jogo imaginário no qual se vê como uma magica, capaz de transformar e influenciar o mundo com gestos, tendo haver com o complexo de Édipo.

Laura cria um mecanismo de defesa, onde a fantasia, esconde seu verdadeiro sentimento, com relação ao seu irmão recém-nascido, que se tornou o centro das atenções. Por isso, no seu mundo imaginário, ela se torna um mágico com poderes para transformar e influenciar o mundo real.  Dessa forma, ela manifesta algo que esta reprimido em inconsciente.

A criança usa do método de sublimação para de algum modo "fugir" da realidade que lhe causa sentimentos ruins nesse momento dela com relação ao nascimento do seu irmãozinho.

O texto “O Ego e os Mecanismos de Defesa” aborda como o ego, segundo Freud, atua como mediador entre o id, o superego e a realidade. Para manter o equilíbrio psíquico, o ego utiliza mecanismos de defesa — processos inconscientes que reduzem a ansiedade e protegem o indivíduo de conflitos internos. Entre eles estão a repressão, a negação, a projeção e a sublimação. Esses mecanismos podem ser saudáveis ou patológicos, dependendo de sua intensidade e frequência.

Com base na descrição do caso de Laura, o mecanismo de defesa em ação é a "formação reativa", conforme elaborado por Sigmund Freud.

Explicação do Mecanismo:
1. "Contexto do Impulso Inaceitável": Laura sente uma inveja intensa pelo irmão recém-nascido, um afeto que ameaça seu equilíbrio psíquico. Esse impulso é inconscientemente percebido como perigoso ou moralmente inaceitável, especialmente no período de latência (6-11 anos), quando conflitos edípicos e impulsos agressivos são comumente reprimidos.
2. "Transformação do Afeto": Em vez de expressar diretamente a inveja ou os ciúmes, Laura substitui esse impulso por um comportamento oposto e socialmente mais aceitável: o jogo de interpretar um mágico onipotente. A fantasia de controlar o mundo através de gestos mágicos "nega simbolicamente" a impotência e a frustração associadas à inveja, convertendo-as em uma ilusão de domínio e poder.
3. "Função Defensiva": A formação reativa protege o ego do desconforto gerado pelo afeto original. Ao adotar uma postura de "mágico" (que tudo pode transformar), Laura evita confrontar a realidade de seus ciúmes, mantendo-os recalcados. Esse mecanismo é típico quando emoções como inveja, raiva ou hostilidade são transformadas em suas antíteses (ex.: ódio → superproteção; inveja → admiração excessiva). Em suma, a formação reativa permite que Laura mascare a inveja sob uma fachada de controle e poder, exemplificando como o ego distorce impulsos ameaçadores para preservar a estabilidade psíquica.

Complexo de Édipo ampliado em vários casos, esclarece a raiz da inveja e raiva e outros comportamentos dissonantes.

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