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Desafio - Módulo VI

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Citação de Aislan de Freitas em agosto 12, 2023, 8:19 am

Ao meu ver no caso da Laura, primeiro vem a negação de um sentimento que ela não está suportando e entendendo, juntamente com a dissociação que a faz separar inconscientemente os sentimentos por não saber lidar, criando um personagem fantasioso para mascarar seu sentimento

 

Laura, ao identificar o sentimento de ciúmes de seu irmão, ela cria o que chamamos de mecanismo de fantasia, pois dessa forma ela consegue negar e reprimir o que verdadeiramente sente e ao mesmo tempo criar fantasias em seu mente afim de ocultar a própria e verdadeira realidade.

Mecanismo de defesa da fantasia, a criança visa compensar suas insatisfações através de um universo paralelo, pois nesse universo tudo ocorre como ela desejaria que fosse. É também uma forma usar seus esforços para tentar modificar a realidade.

No contexto da questão, ao sentir ciúmes do irmão e, consequentemente ficar insatisfeita com a situação, Laura faz um jogo imaginário. Nesse jogo ela é mágica e pode transformar tudo o que quiser, para que seja da forma como gostaria.

Nesse caso, Laura apresenta um mecanismo de defesa psicanalítico conhecido como "formação reativa". A formação reativa ocorre quando uma pessoa age de maneira oposta ao seu impulso ou desejo inconsciente, muitas vezes como uma forma de lidar com ansiedades ou conflitos internos.

A análise psicanalítica de Laura revela um padrão intrigante em que ela dificulta ao máximo a manifestação de um impulso de inveja em relação ao seu irmão recém-nascido. A inveja pode ser um sentimento natural em uma situação em que a atenção dos pais é desviada para um novo membro da família. Entretanto, Laura age como se essa inveja não existisse, o que sugere a presença de um conflito psicológico.

O comportamento de Laura de assumir o papel de um "mágico" em um jogo imaginário revela o mecanismo de formação reativa em ação. Ela direciona sua energia e impulsos invejosos para uma atividade oposta e fantasiosa, onde ela se torna uma figura de poder capaz de transformar e influenciar o mundo. Essa transformação de um desejo invejoso em um papel de controle e influência é uma estratégia psicológica para lidar com a ansiedade resultante da inveja que ela sente em relação ao irmão.

A formação reativa é uma forma de defesa inconsciente que mascara os verdadeiros sentimentos e desejos, substituindo-os por comportamentos que são mais socialmente aceitáveis ou menos ameaçadores. No caso de Laura, esse mecanismo permite que ela lide com a complexidade de seus sentimentos de inveja sem precisar enfrentá-los diretamente. O jogo do "mágico" é uma maneira simbólica de canalizar suas emoções e reduzir a ansiedade associada ao confronto direto com seus sentimentos invejosos em relação ao irmão.

O ego é um dos componentes centrais da estrutura da personalidade de acordo com a teoria psicanalítica desenvolvida por Sigmund Freud. Ele é responsável por mediar entre os impulsos do id (a parte mais primitiva e instintiva da personalidade) e as demandas da realidade e da moral (o superego). O ego busca atender às necessidades do id de maneira adaptativa e realista, levando em consideração as limitações e exigências do mundo exterior.

No processo de equilibrar os impulsos internos e as demandas externas, o ego muitas vezes se depara com situações que geram ansiedade, conflito e tensão. Para lidar com esses desafios, o ego recorre a mecanismos de defesa, que são estratégias psicológicas inconscientes para minimizar o desconforto emocional e manter a integridade do ego. Os mecanismos de defesa são utilizados para reduzir a ansiedade, proteger a autoimagem e evitar o confronto direto com conflitos internos.

Alguns exemplos de mecanismos de defesa incluem:

  1. Repressão: O processo pelo qual impulsos, desejos ou memórias perturbadoras são mantidos fora da consciência, impedindo que causem ansiedade. A repressão atua como uma barreira contra conteúdos que seriam muito angustiantes para serem enfrentados diretamente.
  2. Negação: É a recusa em aceitar ou reconhecer uma realidade desconfortável. Indivíduos que estão em negação evitam enfrentar a verdade para evitar sentimentos dolorosos.
  3. Racionalização: Envolve criar explicações lógicas ou justificativas para comportamentos ou sentimentos que, na realidade, têm motivações emocionais inconscientes. Isso ajuda a minimizar a ansiedade resultante de decisões ou ações questionáveis.
  4. Projeção: Consiste em atribuir a outras pessoas sentimentos, pensamentos ou desejos indesejados que, na verdade, pertencem ao indivíduo. Isso permite que a pessoa evite reconhecer essas qualidades em si mesma.
  5. Deslocamento: Envolve redirecionar impulsos ou emoções direcionados a um alvo original para um alvo substituto mais seguro. Isso pode ocorrer quando alguém expressa raiva ou frustração em uma situação não relacionada.
  6. Sublimação: É a canalização de impulsos indesejados em atividades socialmente aceitáveis e produtivas. Por exemplo, um indivíduo com impulsos agressivos pode encontrar uma saída para essa energia através do esporte ou da arte.
  7. Formação reativa: Refere-se a expressar sentimentos opostos aos verdadeiros sentimentos inconscientes. Por exemplo, alguém que sente ódio por alguém pode expressar afeto excessivo em sua presença.
  8. Isolamento: Envolve separar pensamentos ou sentimentos angustiantes de suas associações emocionais, resultando em uma experiência emocionalmente neutra.

Os mecanismos de defesa são uma parte natural da psicodinâmica humana e podem desempenhar um papel importante na adaptação saudável às situações difíceis. No entanto, quando usados em excesso ou de maneira rígida, eles podem interferir na compreensão profunda de si mesmo e no desenvolvimento saudável da personalidade. O trabalho terapêutico pode envolver a identificação e exploração desses mecanismos, permitindo que os indivíduos enfrentem seus conflitos internos de maneira mais direta e construtiva.

A criança cria um mecanismo de defesa através da negação e posteriormente reforçando-o pela ilusão fantasiosa.

Claramente Laura que ainda encontra-se na fase de latência, não possui a total consciência do certo e errado, deixando assim que seus sentimentos de inveja, causados pela chegada do irmão aflorem, afinal o irmãozinho é visto como uma ameaça, um rival.

Desenvolvendo assim um mecanismo de defesa, no seu imaginário Fantasia, para reagir aos seus sentimentos.

Pressupondo um EGO já desenvolvido o suficiente para manifestar os esquemas de defesa semelhantes ao de um adulto, o processo de criação de "um mágico" na brincadeira possibilitaria ao individuo em questão aliviar sua tensão psíquica, pela falta de controle na situação descrita (a presença do irmão menor que lhe "roubou" da atenção dos pais), na figura imaginária do ser que pode controlar o mundo e ajustá-lo conforme sua vontade. Na vivência desta fantasia, o aparelho psíquico da criança satisfaria ou aliviaria sua tensão psíquica elevada.

Laura cria mecanismos de defesa no seu próprio mundo psico, criando um lugar fictício fantasioso para reprimir seus sentimentos.

Era o mecanismo de defesa.

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