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Desafio - Módulo VII

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Uma imagem acompanhada de um texto que afirme ou dê a entender se torna atraente e convincente para determinadas pessoas e para outras somente a imagem basta para despertar os piores instintos ou não. Segundo Freud no livro O mal-estar na civilização. 1930. (...) o ser humano não é um ser manso, amável, que no máximo se faz capaz de se defender dos que o atacam, mas sim, é um ser que em seus dotes pulsionais deve contar também com uma poderosa participação de tendências agressivas.

As redes sociais procuram divulgar aquilo que desperta interesse, voltado nas preferências, de determinado grupo, levando satisfação e influencia para tal, despertando, muitas vezes, sentimentos da sua própria natureza, como raiva, vingança, etc.

As novas tecnologias trouxeram novos ares a fotografia, sugerindo uma nova maneira de ver e interpretar o mundo.

2- Na fator credibilidade, os leitores da mencionada rede social atribuíram à imagem e notícia, uma modalidade alta. Por isso tomaram a mensagem como real.

 

 

A maneira com que algo é compreendido, pode levar a equívocos, como o que aconteceu com o caso da mulher relatado. A realidade era completamente diferente do que eles entenderam e, mesmo depois do entendimento, se tornar juiz dessa situação não é uma atitude que deve ser adotada.

"Falta de conhecimento e veracidade foram atrás sem nem sequer se ater aos fatos reais e se juntaram à massa que desdenha saber da verdade."

Ainda que haja credibilidade na informação, e uma suposta criminosa, não é a imagem dela, e sim nosso inconsciente que faz com que fique fixado a imagem da criança, que nos remete a um ser indefeso.

O retrato falado (paradigma pré fotográfico - retrato do imaginário) associado a uma notícia veiculada por rede social de alta credibilidade, muito conhecida pela comunidade, levou os moradores daquela região a tomarem o fato como real, causando revolta que culminou na tragédia.

Ref. a questao (1):

A caracterização de uma imagem como real ou autêntica pode depender de vários fatores e contextos. No entanto, uma imagem é geralmente considerada real com base em:

  • Origem Confiável: Imagens de fontes confiáveis são mais prováveis de serem reais.
  • Contexto: A imagem deve fazer sentido no contexto em que é apresentada.
  • Metadados: Verificar os metadados pode fornecer informações sobre a autenticidade, embora estes possam ser manipulados.
  • Consistência Visual: Buscar por inconsistências visuais que possam indicar manipulação.
  • Análise por Especialistas: Consultar especialistas em análise de imagens para avaliar a autenticidade.
  • Busca Reversa: Verificar se a imagem foi usada anteriormente em diferentes contextos.
  • Testemunhas Oculares: Confirmar com testemunhas oculares quando possível.
  • Ferramentas de Verificação: Utilizar ferramentas específicas para detectar manipulações na imagem.

 

Ref. Questão (2)

Os leitores de redes sociais tendem a aceitar informações como reais quando são compartilhadas na mesma rede devido a viés de confirmação, efeito de coerência, disseminação rápida de informações, falta de alfabetização digital, falta de fontes diversificadas e influência social. A falta de crítica e diversificação nas fontes contribui para a propagação de informações não verificadas.

Como visto, a imagem é experimentada por meio dos sentidos. Contudo, enquanto alguns a percebem como parte do mundo, isto é, como representações sociais, olhares distintos de construir o mundo e a “realidade” / o “real”, outros a apropriam e a tomam como o próprio mundo, como sua materialidade, como se o mundo existisse de antemão, sem a necessária intervenção e relação com o sujeito, como se o “real” já estivesse num já-dado, à espera a ser apropriado pelos sujeitos.

A respeito dessa discussão, é importante considerar o seguinte: se a imagem é uma forma de expressão e existem distintos sujeitos – há diferenças uns dos outros –, há formas distintas de expressão e, portanto, de representação de cada uma das vidas. A maneira que cada um olha para o “real” é repleta de valores que foram herdados desde a infância, por meio das experiências com os pares (referenciais), dos contatos com as várias instituições com as quais são encaradas ao longo da vida – igreja, escola, universidade, etc. – e, também, pela forma com as quais são projetados os olhares de cada um. A visão é uma atividade singular, mas também fundamentalmente social. Desse modo, uma imagem é uma possibilidade de significar o “real” e não o próprio “real”, já que este é um processo de construção dos sujeitos nas suas relações com os outros e o mundo.

A visão é uma atividade singular, mas também fundamentalmente social. Desse modo, uma imagem é uma possibilidade de significar o “real” e não o próprio “real”, já que este é um processo de construção dos sujeitos nas suas relações com os outros e o mundo. Logo, o que caracteriza uma imagem como mais ou menos real varia entre sociedades, culturas, grupos sociais, etc.

Nessa notícia, a imagem – o retrato falado – divulgado em uma rede social de uma suposta sequestradora de bebês, envolvida com magia negra, foi tida como real porque um grupo de usuários a tomaram como credível. A própria imagem foi construída como credível em virtude de um contexto social religioso que aparece como pano de fundo importante a ser considerado. Observe que já o primeiro sublide aparece “Mulher foi morta após página postar boato sobre sequestro e bruxaria” (RIBEIRO, G1, 2014). Não só comumente se condena práticas de bruxaria, mas também sequestros de bebês, os quais são coletivamente construídos de forma negativa e, no caso do segundo, tipificado como crime pela lei. Esses elementos foram importantes para não só uma prévia condenação, mas para que as pessoas a agredissem – e, mesmo se fosse o contrário, nada poderia justificar tamanha violência! –, tomando o retrato falado construído como “real”.

A questão se agrava quando aqueles que se informam não tem compromisso com a realidade. Vivenciamos a onda dos "hoaxes" ou boatos. Desinformações que se proliferam na velocidade dos compartilhamentos e que são capazes de influenciar e conduzir pessoas a ações infundadas, prejudiciais ou perigosas. Milhares de usuários desatentos, acabam por contribuir para a proliferação da ofensa.

https://www.migalhas.com.br/depeso/253266/os-riscos-dos-boatos-e-falsas-noticias-nas-redes-sociais-e-o-judiciario

A conscientização de que há maldade por trás dos perfis, deve se buscar a veracidade da fonte . Mais também equilíbrio emocional e gestão das emoções evitando ser menos reativos e mais racional.

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