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Desafio

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Os estímulos oferecidos, para que ocorram as experiências, propicia às crianças um pensar reflexivo e desafiador, para que tenham iniciativas na construção de conhecimento e na investigação de suas próprias hipóteses, com autonomia na tomada de decisões.

EM 07/07/25 SEGUNDA-FEIRA
Desafio Módulo X Psicanálise Integrativa
A) A situação descrita apresenta um caso de interação social por meio de participação ou mediação??
Justifique.
R: Por mediação. O professor media o conhecimento.
Ele é o canal entre o conteúdo e o aluno.
B) Porque é importante identificar o tipo de interação em casos como esse??
R: Porque mostra quem influencia quem e como o aprendizado acontece. Ajuda a entender o papel de cada um na relação.
C) Descreva os sistemas entrelaçados de comportamento nessa situação??
R: O comportamento de Pedro (ensinar) influencia André (aprender), e o de André (aprender) reforça Pedro (continuar ensinando).
Um responde ao outro. Os comportamentos estão conectado
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EDESIO AZEVEDO NETO

A) Mediação

B) A análise do comportamento se ocupa em estudar comportamentos sociais pois entende que grande parte dos comportamentos humanos são determinados por outros comportamentos humanos. Por isso da importância de identificar o tipo de interação, que no caso do professor Pedro e aluno André, nesse processo a ação do professor é mediada pela ação do aluno, conforme o aluno vai aprendendo ou demonstrando dificuldade, o professor vai elaborando sua estratégia de ensino. Ou seja, o comportamento da outra pessoa (aluno) impacta no comportamento do indivíduo analisado (professor).

C) No caso específico do comportamento social a tríplice contingência do comportamento de um indivíduo é mediado pela resposta e pela consequência do comportamento de outra. Essa relação entre as tríplices contingências de duas ou mais pessoas é conhecida como "sistemas entrelaçados de respostas ou sistemas entrelaçados de comportamento."

Em psicanálise, participação designa uma relação mais imediata e espontânea entre o sujeito e o acontecimento, em que o indivíduo se envolve sem a intermediação de um agente externo que organize ou modere o processo. Já a mediação implica a presença de um terceiro elemento (o mediador) que orienta, estrutura e dá significado à interação entre participantes e objeto de conhecimento.

Aula de matemática: participação ou mediação?

  1. Mediação

    • Professor como mediador: na aula, o professor introduz o conteúdo (por exemplo, equações de segundo grau), seleciona exemplos, formula questões, organiza o tempo e regula o fluxo de troca de falas.

    • Material didático como mediador: quadros, exercícios, slides ou livros guiam o percurso do saber, funcionando como “objetos mediadores” que estruturam o caminho de apreensão dos conceitos.

    • Linguagem simbólica: o uso de símbolos matemáticos não é um mero instrumento de registro; age como um mediador cognitivo que permite ao aluno acessar níveis mais abstratos de pensamento.

Por essas razões, a aula de matemática é classicamente uma mediação, pois o conhecimento passa pela mediação de agentes (professor, materiais, linguagem) que organizam e modelam a experiência de aprender.

Por que é importante identificar o tipo de interação?

  1. Compreensão das resistências

    • Em mediações, revela-se a presença de resistências inconscientes: o aluno pode “esquecer” fórmulas, procrastinar exercícios ou manifestar ansiedade diante de demonstrações, como defesa contra conteúdos que ativam sentimentos de fracasso ou inadequação.

  2. Transference e Contratransference

    • O modo como o aluno se relaciona com o professor (figura de autoridade) reproduz padrões transferenciais (por exemplo, repetição de vínculo com figuras parentais). Identificar mediação permite reconhecer esses movimentos e ajustar a intervenção — didática ou psicanalítica — de modo a desobstruir o aprendizado.

  3. Intervenção pedagógica ajustada

    • Sabendo que é mediação, o docente pode diversificar estratégias (usar jogos, discussões em grupo, problemas práticos) para modular a intensidade da mediação e facilitar a emergência de interesses genuínos, reduzindo defesas e promovendo engajamento.

Comportamentos entrelaçados na mediação de uma aula de matemática

Papéis Comportamentos típicos Registro psicanalítico
Professor • Formula problemas e contrasta respostas
• Interpreta erros (sinais de bloqueio)
• Modula ritmo e feedback
Atua como “eu do aluno” imaginário, suscitando transferências; percebe manifestações de angústia e resistência.
Aluno • Observa e escuta, muitas vezes silencioso
• Experimenta culpa ou vergonha frente ao erro
• Pode procrastinar, dispersar atenção
Reproduz defesas (negação, deslocamento); projeta no outro (professor) expectativas de aprovação ou punição.
Grupo • Dinâmica de apoio mútuo ou competição silenciosa
• Trocas de dúvidas e dicas informais
Espelha projeções coletivas—padrões de identificação e rivalidade.
Conteúdo • Símbolos e fórmulas tornam-se “objetos de desejo” ou “objetos persecutórios” dependendo da experiência anterior do aluno Funciona como “objeto a” no sentido lacaniano: causa de desejo ou de recusa, disparando fantasias de completude ou impotência.

Síntese

  • A aula de matemática é mediação porque envolve agentes organizadores (professor, material, linguagem simbólica) que estruturam o acesso ao saber.

  • Reconhecer essa mediação, em termos psicanalíticos, revela resistências, transferências e defesas mobilizadas pelos alunos, permitindo ao mediador (professor ou analista) ajustar intervenções para promover aprendizado genuíno.

  • Os comportamentos entrelaçados – do professor, do aluno, do grupo e do próprio conteúdo – configuram uma rede de significações e afetos que, bem identificada, enriquece tanto a prática pedagógica quanto qualquer interlocução terapêutica sobre os processos de conhecimento

O CONTEXTO AÇÃO- CONSEQUÊNCIA, É O PROFESSOR PEDRO ENSINAR E ANDRÉ O ALUNO, APRENDER. É UM CASO DE INTERAÇÃO E COMPORTAMENTO SOCIAL.

O aluno André participa da interação social graças a apresnetação da aula do professor Pedro, desta forma Pedro media os conteúdos da aula com André, esse sistema intrelaçado de organiza da seguinte maneira, o professor passa os conteúdo da aula para o aluno que por sua vez faz a devolutiva para o professor, realizando assim o intrelaçamento de ideias.

O protocolo social entre a Esteticista e sua cliente mostra os mecanismos de competências existentes na sociedade, sendo um bom exemplo de entrelaçamento.

A situação apresentada é um caso de interação social por mediação, uma vez que o professor está mediando o conhecimento para o aluno; em outras palavras, o professor está ensinando algo que o aluno quer aprender. Os sistemas entrelaçados podem ser descritos da seguinte maneira: estímulo (o professor à frente, explica, escreve, se movimenta, no intuito de ajudar o aluno a entender; resposta (já André, está participando ativamente, com sua escuta, interesse, escrevendo em seu caderno, possivelmente fazendo perguntas); Consequência (o aluno pode estar entendendo ou não a matéria daquela maneira que o professor está explicando).

Em resumo, os sistemas entrelaçados de comportamento são fundamentais  para  entender a interação social. Ao analisar as tríplices contingências e como elas se relacionam entre si, podemos entender melhor como os comportamentos se influenciam mutuamente e como podemos desenvolver estratégias para melhorar a interação social. De acordo com Skinner (2002) para que um comportamento seja considerado social, é necessário de respostas ou sistema entrelaçados de comportamentos. Isso significa que o comportamento de uma pessoa está relacionado e influenciado pelo comportamento de outra pessoa.

Sim , essas ações representam entrelações sociais,  e mediada. Mediada porque André está aprendendo ou tendo uma ação mediada pelo professor.

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