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Desafio

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Em crianças menores de cinco anos, o superego ainda está em formação e é incipiente. As regras sobre "compartilhar" e "ser gentil" ainda não foram internalizadas de forma sólida, e a noção de culpa ou vergonha por não compartilhar é fraca.
Portanto, a briga por brinquedos em crianças menores de cinco anos, sob a ótica freudiana, pode ser explicada pela predominância do id, que busca a satisfação imediata de seus desejos (posse do brinquedo), e pelo ego e superego ainda em desenvolvimento, que não são fortes o suficiente para mediar esses impulsos e internalizar as normas sociais de compartilhamento. A criança age movida pelo prazer e pela gratificação instantânea, sem a capacidade de compreender plenamente a necessidade de ceder ou compartilhar.
O que deverá acontecer em sala de aula:
Considerando a perspectiva psicanalítica e o estágio de desenvolvimento das crianças, a formação para as professoras e a diretora deve abordar os seguintes pontos:
* Entendimento do estágio de desenvolvimento: Explicar que a dificuldade em compartilhar é uma fase normal do desenvolvimento infantil, onde o id é predominante e o ego e superego estão em formação. Não se trata de "maldade" ou "egoísmo" intencional, mas de uma limitação natural da idade.
* Ambiente seguro e previsível: Criar um ambiente onde as regras sejam claras e consistentes. Embora o superego esteja em formação, a repetição e a consistência das regras (como "é a vez do amigo", "vamos dividir") ajudam na sua internalização gradual.
* Intervenção do adulto como "ego auxiliar": O professor deve atuar como um "ego auxiliar" para a criança, ajudando-a a lidar com a frustração e a mediar os impulsos. Isso pode envolver:
* Nomear os sentimentos: "Eu sei que você está chateado porque queria o brinquedo agora."
* Oferecer alternativas: "Você pode brincar com este brinquedo enquanto espera a sua vez com o outro."
* Ensinar estratégias de resolução de conflitos simples: "Vamos usar um timer para saber a vez de cada um."
* Reforçar comportamentos positivos: Elogiar a criança quando ela tenta compartilhar ou esperar a sua vez.
* Desenvolvimento do superego através da identificação: As professoras são figuras de autoridade importantes. Através da observação e da identificação com elas, as crianças começam a internalizar as normas sociais. As professoras devem modelar o comportamento desejado, mostrando como compartilhar e se comunicar de forma respeitosa.
* Paciência e repetição: O desenvolvimento do ego e do superego é um processo gradual. As professoras precisam ter paciência e entender que a criança precisará de muitas repetições e apoio para aprender a compartilhar e a lidar com a frustração. Não é um aprendizado que acontece da noite para o dia.
* Foco na brincadeira e na expressão: A brincadeira é fundamental para o desenvolvimento. É nela que as crianças podem expressar seus desejos e frustrações. Oferecer uma variedade de brinquedos e oportunidades de brincadeira em grupo e individual pode ajudar a mitigar a intensidade das disputas por um único item.
Em resumo, a formação deve capacitar as professoras a compreender a origem psicanalítica do comportamento e a aplicar estratégias pedagógicas que auxiliem no desenvolvimento das estruturas psíquicas das crianças, promovendo um ambiente de aprendizado e socialização mais harmonioso.

A teoria psicanalítica freudiana pode ajudar a entender o comportamento das crianças menores de cinco anos em relação  ao compartilhamento de brinquedos. Ao entender o papel do ID e do princípio do prazer, as professoras pode desenvolver estratégias para ajudar as crianças a desenvolver a capacidade de compartilhar.

De acordo com a teoria freudiana, crianças menores de 5 anos não dividem brinquedos, mesmo que idênticos, por diversos fatores relacionados ao desenvolvimento psíquico:

 1. Etapas do desenvolvimento (psicossexual)

  1. Fase oral (nascimento–1 ano e meio)
    Nesse estágio, a criança vive essencialmente para satisfazer necessidades próprias — comer, sugar, experimentar — sem considerar o outro .

  2. Fase anal (1 ano e meio–3 anos)
    Aqui, o foco está no controle e na urgência de satisfazer impulsos (como ir ao banheiro). O controle dos próprios limites ainda está em construção .

  3. Fase fálica (3–6 anos)
    A libido se concentra nos genitais, a curiosidade sobre si e os pais aumenta. A relação com as regras, a identidade e o outro ainda é frágil 9.

Até aproximadamente os 5 anos, o ego e superego ainda não estão totalmente maduros — processos como empatia e compreensão de propriedade compartilhada estão em desenvolvimento. A percepção de “meu” prevalece sobre a noção do outro.

 O "eu" psíquico e a apropriação

Para Freud, especialmente nas fases oral e anal, o objeto faz parte do gozo e da construção do “eu”. O brinquedo é quase uma extensão do corpo da criança — ao compartilhar, ela retiraria parte de si, provocando insegurança. O objeto é desejado para “dominar”, “incorporar”, como expressão de suas fantasias e controle sobre o mundo .

O brincar como expressão do inconsciente

Nas brincadeiras, a criança manipula conflitos internos — separação da mãe, desamparo, fantasia de onipotência — repetindo situações no controle dos brinquedos . Forçar o compartilhamento pode interromper essa expressão inconsciente que é fundamental para sua saúde emocional.

 Orientações para o professor na escola

🔸 Não obrigar a compartilhar
A partilha forçada pode gerar angústia desnecessária e afetar negativamente a confiança.

🔸 Ensinar pelo exemplo e pela narrativa
Conte histórias ou dramatize situações em que compartilhar traz benefícios. Isso ajuda a simbolizar o valor da troca.

🔸 Mediar, não substituir
Quando há disputa, ajude as crianças a expressarem seus sentimentos (“você está triste, ele pegou seu brinquedo”) e facilitem um acordo negociado, sem impor soluções.

🔸 Distrair e introduzir alternativas
Se houver conflito, ofereça outros brinquedos, atividades em grupo, cante músicas — conforme sugerem especialistas em desenvolvimento infantil .

🔸 Criar um ambiente de cooperação gradual
Estimule jogos em grupo que exijam turnos, regras simples, tarefas combinadas — como montar um quebra-cabeça juntos. São atividades adequadas à faixa de 4–6 anos, quando surge o jogo cooperativo .

🔸 Reconhecer os avanços
Elogie quando uma criança divide por vontade própria: “Você viu como ele gostou que você deixou brincar por um tempinho!” — reforçando positivamente o comportamento.

 Em resumo

A recusa em partilhar antes dos 5 anos é esperada para o estágio de desenvolvimento: há uma prevalência do ego, uma necessidade de controle, e o objeto representa extensão e controle do self. O papel do educador psicanaliticamente informado é acompanhar esse processo, mediar conflitos, fomentar o imaginário do “compartilhar” e não forçar, evitando interromper o desenvolvimento emocional natural da criança.

Nesta fase de apredizagem a compreensão do EU, ou seja, o Id está em evidência, o querer se torna egocêntrico, desta forma podemos estimular o Ego e seus mecanismos de compreensão, para que assim o supergo possa exercer a função essencial e precisa de limites e empatia entre os pequenos, o que pode ocorrer através da socialiazação destas informações de maneira lúdica em sala de aula, por meio de dinâmicas e brincadeiras com foco socioeducativo. Desta forma pode até ser implementado na escola o estímulo ao conceito biopsicossocial, trazendo contéudos de base focados no conhecimento biológico básico, social básico e psiquíco básico.

Explicaria que esse comportamento é natural do desenvolvimento infantil, pois o ego e o superego ainda estão em construção. daria a sugestão de  atividades que ajudem as crianças a desenvolver empatia, controle de impulsos e noções de respeito: como jogos cooperativos,  histórias infatils explicando que o que é legal ou não fazer ou como agir, de forma mais ludica possivel.

Crianças de cinco anos frequentemente enfrentam dificuldades para compartilhar brinquedos devido ao seu desenvolvimento natural, que inclui um foco em si mesmas e a formação de um senso de posse. É importante ter paciência e usar estratégias como dar o exemplo, criar ambientes colaborativos e usar o "turno" para ensinar paciência.

Na perspectiva da psicanálise freudiana, a mente humana se estrutura em três partes: o id, o ego e o superego. Nos primeiros anos de vida, a criança é movida principalmente pelo id, a fonte dos impulsos e vontades instantâneas, já que o ego e o superego ainda estão se moldando. Isso faz com que ajam de maneira impulsiva, querendo realizar seus desejos sem se importar com normas ou com os outros, o que gera atritos na sala de aula quando brigam por brinquedos, mesmo iguais. Sob a ótica psicanalítica, a função da escola e dos professores, é servir de ponte nesse caminho, auxiliando no amadurecimento do ego e na construção do superego através de normas bem definidas. Dessa forma, a ação deve priorizar o crescimento emocional e social das crianças, criando um clima de harmonia e boa convivência.

Segundo Freud, crianças com até 5 anos brigam por brinquedos devido ao seu narcisismo primário e à dificuldade em distinguir entre o "eu" e o "outro". Elas veem o brinquedo como uma extensão de si mesmas e, portanto, qualquer tentativa de retirada do brinquedo é percebida como uma ameaça à sua integridade. Além disso, a fase em que se encontram é caracterizada pelo egocentrismo, onde o mundo gira em torno de suas próprias necessidades e desejos. 

Segundo Freud, crianças com até 5 anos brigam por brinquedos devido ao seu narcisismo primário e à dificuldade em distinguir entre o "eu" e o "outro". Elas veem o brinquedo como uma extensão de si mesmas e, portanto, qualquer tentativa de retirada do brinquedo é percebida como uma ameaça à sua integridade. Além disso, a fase em que se encontram é caracterizada pelo egocentrismo, onde o mundo gira em torno de suas próprias necessidades e desejos. 

O ideal seria criar ações voltada para a idade psiquica de até 3 anos, uma vez que está latente a fase fálica e o Compexo de Édipo.  Nesta idade as crianças já conseguem expressar em parte suas emoções e interagir com outras crianças, por isso, importante um ambiente seguro para que possam expressar e interagir

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