Desafio - Módulo I
Citação de Victor Barcelos Renolphi em julho 30, 2025, 2:29 pmO ser humano é um sistema complexo. Biológico, psíquico e social ao mesmo tempo. Nenhum desses aspectos funciona isoladamente. O que a pessoa sente, como reage, como interpreta o mundo — tudo isso é resultado da ação coordenada de quatro grandes sistemas: o sistema nervoso, o sistema endócrino, o sistema imunológico e o sistema psíquico.
Esses sistemas se comunicam. Influenciam-se o tempo todo. Um desequilíbrio emocional, por exemplo, pode alterar a imunidade. Um trauma psicológico pode desregular hormônios. O corpo e a mente estão sempre conversando — mesmo quando o sujeito não percebe.
Essa visão integrada da existência é reforçada por uma área da medicina chamada psiconeuroimunoendocrinologia (PNIE). Ela estuda como esses sistemas se relacionam e como fatores emocionais e ambientais afetam diretamente o funcionamento do organismo. A PNIE mostra que não é possível pensar em saúde sem considerar o impacto do ambiente — principalmente em situações de vulnerabilidade, violência ou abandono, como as que Eduardo enfrenta.
Nesse tipo de contexto, o sofrimento psíquico aparece cedo. E nem sempre vem em forma de tristeza ou isolamento. Às vezes, vem em forma de raiva, agressividade, negação. Eduardo é um exemplo claro disso: comportamento hostil, dificuldade de vínculo, baixa resposta escolar. Sua realidade é marcada por risco social — e isso não pode ser ignorado.
Diante disso, a psicanálise surge como um recurso importante. Não apenas como uma teoria sobre o inconsciente, mas como uma forma de intervenção subjetiva. A escuta psicanalítica permite que o sujeito acesse suas dores e conflitos de forma simbólica. E, a partir disso, reorganize sua relação com o mundo.
A sublimação, dentro da teoria freudiana, é um dos mecanismos possíveis para lidar com pulsões primitivas, especialmente aquelas de natureza agressiva ou sexual. É quando o impulso não é negado nem reprimido, mas transformado. Redirecionado. O sujeito usa aquela energia para criar, pensar, agir de forma produtiva.
No caso de Eduardo, estimular esse processo pode representar um ponto de virada. Canalizar sua agressividade para espaços socialmente valorizados — como a arte, o esporte, o cuidado com os outros — é uma maneira de promover saúde mental sem forçá-lo a se calar. Sem ignorar sua história.
Mas é fundamental lembrar: nenhum sujeito existe fora do seu meio. A transformação de Eduardo só será possível se for acompanhada por um olhar integral. É preciso entender sua história familiar, suas relações escolares, as estruturas de apoio (ou a falta delas) no bairro onde vive. O trabalho precisa ser interdisciplinar. E coletivo.
Promover saúde mental, aqui, significa criar condições para que ele possa elaborar o que vive. Significa intervir na sua realidade, não apenas em sua fala. E isso envolve também educadores, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da saúde, e a própria comunidade.
Três ações que podem ajudar Eduardo a transformar seus impulsos:
1. Oficina de Arte e Expressão Criativa (pintura, teatro, música, desenho)
Eduardo precisa de um lugar pra se expressar. Pra transformar o que sente em algo que ele possa ver, tocar, mostrar. E a arte oferece isso. Não é só “atividade lúdica” — é um espaço simbólico potente.Desenhar, pintar, representar uma cena... tudo isso pode funcionar como um canal pra ele colocar pra fora o que, muitas vezes, nem sabe nomear. O inconsciente encontra formas próprias de se manifestar — e a arte acolhe essas formas. Além disso, em oficinas coletivas, ele pode se sentir parte de algo. Pode experimentar pertencimento, criatividade e, com o tempo, até um certo orgulho do que produz. Isso mexe na autoestima. E autoestima muda tudo.
2. Projeto de Mediação e Liderança com Responsabilidade Social
Eduardo já carrega força. Presença. Mas essa energia, que hoje aparece como agressividade, pode ser canalizada. O que ele precisa é de contexto.Dar a ele uma função — como ajudar colegas menores, participar da mediação de conflitos ou coordenar uma pequena atividade — pode mudar a forma como ele se enxerga. Ao invés de ser “o problema”, ele passa a ser alguém que contribui. Isso não é só estratégia pedagógica. É construção de identidade.
Esse tipo de vivência pode ativar sentimentos de utilidade, de competência. Ele sente que é capaz. E, mais do que isso, sente que pode ocupar um lugar diferente no grupo. Isso já é, em si, um movimento de sublimação. Uma transformação interna que vai dando novos sentidos ao mesmo impulso.
3. Atividades corporais e esportivas com foco em regras, limites e cooperação
Eduardo tem energia — e precisa gastá-la. O corpo, pra ele, pode ser tanto lugar de conflito quanto de equilíbrio.A prática de esportes, especialmente os que envolvem regras claras e convivência em grupo, como futebol, capoeira ou artes marciais, pode ser uma ferramenta muito eficaz. A agressividade que hoje se manifesta em brigas ou atitudes explosivas, pode se transformar em força dirigida. Em superação. Em disciplina.
Além disso, esses espaços proporcionam convivência. Estabelecem vínculos. Criam rotinas. Ele aprende a lidar com frustrações (porque nem sempre se ganha), com limites (porque há regras) e com a própria pulsão (porque há um objetivo a alcançar). A longo prazo, isso contribui para que ele construa outra relação com o corpo e com os outros.
O ser humano é um sistema complexo. Biológico, psíquico e social ao mesmo tempo. Nenhum desses aspectos funciona isoladamente. O que a pessoa sente, como reage, como interpreta o mundo — tudo isso é resultado da ação coordenada de quatro grandes sistemas: o sistema nervoso, o sistema endócrino, o sistema imunológico e o sistema psíquico.
Esses sistemas se comunicam. Influenciam-se o tempo todo. Um desequilíbrio emocional, por exemplo, pode alterar a imunidade. Um trauma psicológico pode desregular hormônios. O corpo e a mente estão sempre conversando — mesmo quando o sujeito não percebe.
Essa visão integrada da existência é reforçada por uma área da medicina chamada psiconeuroimunoendocrinologia (PNIE). Ela estuda como esses sistemas se relacionam e como fatores emocionais e ambientais afetam diretamente o funcionamento do organismo. A PNIE mostra que não é possível pensar em saúde sem considerar o impacto do ambiente — principalmente em situações de vulnerabilidade, violência ou abandono, como as que Eduardo enfrenta.
Nesse tipo de contexto, o sofrimento psíquico aparece cedo. E nem sempre vem em forma de tristeza ou isolamento. Às vezes, vem em forma de raiva, agressividade, negação. Eduardo é um exemplo claro disso: comportamento hostil, dificuldade de vínculo, baixa resposta escolar. Sua realidade é marcada por risco social — e isso não pode ser ignorado.
Diante disso, a psicanálise surge como um recurso importante. Não apenas como uma teoria sobre o inconsciente, mas como uma forma de intervenção subjetiva. A escuta psicanalítica permite que o sujeito acesse suas dores e conflitos de forma simbólica. E, a partir disso, reorganize sua relação com o mundo.
A sublimação, dentro da teoria freudiana, é um dos mecanismos possíveis para lidar com pulsões primitivas, especialmente aquelas de natureza agressiva ou sexual. É quando o impulso não é negado nem reprimido, mas transformado. Redirecionado. O sujeito usa aquela energia para criar, pensar, agir de forma produtiva.
No caso de Eduardo, estimular esse processo pode representar um ponto de virada. Canalizar sua agressividade para espaços socialmente valorizados — como a arte, o esporte, o cuidado com os outros — é uma maneira de promover saúde mental sem forçá-lo a se calar. Sem ignorar sua história.
Mas é fundamental lembrar: nenhum sujeito existe fora do seu meio. A transformação de Eduardo só será possível se for acompanhada por um olhar integral. É preciso entender sua história familiar, suas relações escolares, as estruturas de apoio (ou a falta delas) no bairro onde vive. O trabalho precisa ser interdisciplinar. E coletivo.
Promover saúde mental, aqui, significa criar condições para que ele possa elaborar o que vive. Significa intervir na sua realidade, não apenas em sua fala. E isso envolve também educadores, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da saúde, e a própria comunidade.
Três ações que podem ajudar Eduardo a transformar seus impulsos:
1. Oficina de Arte e Expressão Criativa (pintura, teatro, música, desenho)
Eduardo precisa de um lugar pra se expressar. Pra transformar o que sente em algo que ele possa ver, tocar, mostrar. E a arte oferece isso. Não é só “atividade lúdica” — é um espaço simbólico potente.
Desenhar, pintar, representar uma cena... tudo isso pode funcionar como um canal pra ele colocar pra fora o que, muitas vezes, nem sabe nomear. O inconsciente encontra formas próprias de se manifestar — e a arte acolhe essas formas. Além disso, em oficinas coletivas, ele pode se sentir parte de algo. Pode experimentar pertencimento, criatividade e, com o tempo, até um certo orgulho do que produz. Isso mexe na autoestima. E autoestima muda tudo.
2. Projeto de Mediação e Liderança com Responsabilidade Social
Eduardo já carrega força. Presença. Mas essa energia, que hoje aparece como agressividade, pode ser canalizada. O que ele precisa é de contexto.
Dar a ele uma função — como ajudar colegas menores, participar da mediação de conflitos ou coordenar uma pequena atividade — pode mudar a forma como ele se enxerga. Ao invés de ser “o problema”, ele passa a ser alguém que contribui. Isso não é só estratégia pedagógica. É construção de identidade.
Esse tipo de vivência pode ativar sentimentos de utilidade, de competência. Ele sente que é capaz. E, mais do que isso, sente que pode ocupar um lugar diferente no grupo. Isso já é, em si, um movimento de sublimação. Uma transformação interna que vai dando novos sentidos ao mesmo impulso.
3. Atividades corporais e esportivas com foco em regras, limites e cooperação
Eduardo tem energia — e precisa gastá-la. O corpo, pra ele, pode ser tanto lugar de conflito quanto de equilíbrio.
A prática de esportes, especialmente os que envolvem regras claras e convivência em grupo, como futebol, capoeira ou artes marciais, pode ser uma ferramenta muito eficaz. A agressividade que hoje se manifesta em brigas ou atitudes explosivas, pode se transformar em força dirigida. Em superação. Em disciplina.
Além disso, esses espaços proporcionam convivência. Estabelecem vínculos. Criam rotinas. Ele aprende a lidar com frustrações (porque nem sempre se ganha), com limites (porque há regras) e com a própria pulsão (porque há um objetivo a alcançar). A longo prazo, isso contribui para que ele construa outra relação com o corpo e com os outros.
Citação de adilsoncostabr em julho 30, 2025, 7:50 pmTrês ações/atividades que poderiam ser feitas para favorecer a mudança de comportamento de Eduardo, considerando a sublimação freudiana:
- Canalização da Energia Agressiva por Meio de Esportes Competitivos
- Benefício: Libera tensões de forma saudável e promove disciplina e cooperação.
- Implementação: Treinos regulares de esportes coletivos ou individuais.
- Desenvolvimento de Habilidades Artísticas ou Criativas
- Benefício: Expressa emoções de forma construtiva e aumenta a autoestima.
- Implementação: Oficinas de arte, música ou escrita criativa.
- Participação em Projetos Comunitários ou Voluntariado
- Benefício: Promove empatia, solidariedade e senso de pertencimento.
- Implementação: Iniciativas de voluntariado, como limpeza de áreas públicas ou apoio a crianças.
Essas ações podem ajudar Eduardo a transformar impulsos agressivos em comportamentos positivos, contribuindo para sua evolução pessoal e social.
Três ações/atividades que poderiam ser feitas para favorecer a mudança de comportamento de Eduardo, considerando a sublimação freudiana:
- Canalização da Energia Agressiva por Meio de Esportes Competitivos
- Benefício: Libera tensões de forma saudável e promove disciplina e cooperação.
- Implementação: Treinos regulares de esportes coletivos ou individuais.
- Desenvolvimento de Habilidades Artísticas ou Criativas
- Benefício: Expressa emoções de forma construtiva e aumenta a autoestima.
- Implementação: Oficinas de arte, música ou escrita criativa.
- Participação em Projetos Comunitários ou Voluntariado
- Benefício: Promove empatia, solidariedade e senso de pertencimento.
- Implementação: Iniciativas de voluntariado, como limpeza de áreas públicas ou apoio a crianças.
Essas ações podem ajudar Eduardo a transformar impulsos agressivos em comportamentos positivos, contribuindo para sua evolução pessoal e social.
Citação de Lucaspereira em julho 31, 2025, 8:19 pm1ºPrimeira ação : Conversar abertamente com Eduardo e seus pais, deixarem eles falaram abertamente para que se possa entender o que há de inconsciente em seus comportamentos. Provavelmente é um sentimento de inferioridade.
2º segunda ação: Incentivar nos respectivos indivíduos ações e comportamentos que façam Eduardo elevar sua autoestima, pois ele está agressivo por que provavelmente se sente inferior aos demais, então os ataca como forma de tentar alcançar uma superioridade em algum sentindo emocional.
3º terceira ação: Acompanhar a evolução do caso em conversas semanais com o paciente.
1ºPrimeira ação : Conversar abertamente com Eduardo e seus pais, deixarem eles falaram abertamente para que se possa entender o que há de inconsciente em seus comportamentos. Provavelmente é um sentimento de inferioridade.
2º segunda ação: Incentivar nos respectivos indivíduos ações e comportamentos que façam Eduardo elevar sua autoestima, pois ele está agressivo por que provavelmente se sente inferior aos demais, então os ataca como forma de tentar alcançar uma superioridade em algum sentindo emocional.
3º terceira ação: Acompanhar a evolução do caso em conversas semanais com o paciente.