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Desafio - Módulo I

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O ser humano é um sistema complexo. Biológico, psíquico e social ao mesmo tempo. Nenhum desses aspectos funciona isoladamente. O que a pessoa sente, como reage, como interpreta o mundo — tudo isso é resultado da ação coordenada de quatro grandes sistemas: o sistema nervoso, o sistema endócrino, o sistema imunológico e o sistema psíquico.

Esses sistemas se comunicam. Influenciam-se o tempo todo. Um desequilíbrio emocional, por exemplo, pode alterar a imunidade. Um trauma psicológico pode desregular hormônios. O corpo e a mente estão sempre conversando — mesmo quando o sujeito não percebe.

Essa visão integrada da existência é reforçada por uma área da medicina chamada psiconeuroimunoendocrinologia (PNIE). Ela estuda como esses sistemas se relacionam e como fatores emocionais e ambientais afetam diretamente o funcionamento do organismo. A PNIE mostra que não é possível pensar em saúde sem considerar o impacto do ambiente — principalmente em situações de vulnerabilidade, violência ou abandono, como as que Eduardo enfrenta.

Nesse tipo de contexto, o sofrimento psíquico aparece cedo. E nem sempre vem em forma de tristeza ou isolamento. Às vezes, vem em forma de raiva, agressividade, negação. Eduardo é um exemplo claro disso: comportamento hostil, dificuldade de vínculo, baixa resposta escolar. Sua realidade é marcada por risco social — e isso não pode ser ignorado.

Diante disso, a psicanálise surge como um recurso importante. Não apenas como uma teoria sobre o inconsciente, mas como uma forma de intervenção subjetiva. A escuta psicanalítica permite que o sujeito acesse suas dores e conflitos de forma simbólica. E, a partir disso, reorganize sua relação com o mundo.

A sublimação, dentro da teoria freudiana, é um dos mecanismos possíveis para lidar com pulsões primitivas, especialmente aquelas de natureza agressiva ou sexual. É quando o impulso não é negado nem reprimido, mas transformado. Redirecionado. O sujeito usa aquela energia para criar, pensar, agir de forma produtiva.

No caso de Eduardo, estimular esse processo pode representar um ponto de virada. Canalizar sua agressividade para espaços socialmente valorizados — como a arte, o esporte, o cuidado com os outros — é uma maneira de promover saúde mental sem forçá-lo a se calar. Sem ignorar sua história.

Mas é fundamental lembrar: nenhum sujeito existe fora do seu meio. A transformação de Eduardo só será possível se for acompanhada por um olhar integral. É preciso entender sua história familiar, suas relações escolares, as estruturas de apoio (ou a falta delas) no bairro onde vive. O trabalho precisa ser interdisciplinar. E coletivo.

Promover saúde mental, aqui, significa criar condições para que ele possa elaborar o que vive. Significa intervir na sua realidade, não apenas em sua fala. E isso envolve também educadores, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da saúde, e a própria comunidade.

Três ações que podem ajudar Eduardo a transformar seus impulsos:

1. Oficina de Arte e Expressão Criativa (pintura, teatro, música, desenho)
Eduardo precisa de um lugar pra se expressar.
Pra transformar o que sente em algo que ele possa ver, tocar, mostrar. E a arte oferece isso. Não é só “atividade lúdica” — é um espaço simbólico potente.

Desenhar, pintar, representar uma cena... tudo isso pode funcionar como um canal pra ele colocar pra fora o que, muitas vezes, nem sabe nomear. O inconsciente encontra formas próprias de se manifestar — e a arte acolhe essas formas. Além disso, em oficinas coletivas, ele pode se sentir parte de algo. Pode experimentar pertencimento, criatividade e, com o tempo, até um certo orgulho do que produz. Isso mexe na autoestima. E autoestima muda tudo.

2. Projeto de Mediação e Liderança com Responsabilidade Social
Eduardo já carrega força.
Presença. Mas essa energia, que hoje aparece como agressividade, pode ser canalizada. O que ele precisa é de contexto.

Dar a ele uma função — como ajudar colegas menores, participar da mediação de conflitos ou coordenar uma pequena atividade — pode mudar a forma como ele se enxerga. Ao invés de ser “o problema”, ele passa a ser alguém que contribui. Isso não é só estratégia pedagógica. É construção de identidade.

Esse tipo de vivência pode ativar sentimentos de utilidade, de competência. Ele sente que é capaz. E, mais do que isso, sente que pode ocupar um lugar diferente no grupo. Isso já é, em si, um movimento de sublimação. Uma transformação interna que vai dando novos sentidos ao mesmo impulso.

3. Atividades corporais e esportivas com foco em regras, limites e cooperação
Eduardo tem energia — e precisa gastá-la.
O corpo, pra ele, pode ser tanto lugar de conflito quanto de equilíbrio.

A prática de esportes, especialmente os que envolvem regras claras e convivência em grupo, como futebol, capoeira ou artes marciais, pode ser uma ferramenta muito eficaz. A agressividade que hoje se manifesta em brigas ou atitudes explosivas, pode se transformar em força dirigida. Em superação. Em disciplina.

Além disso, esses espaços proporcionam convivência. Estabelecem vínculos. Criam rotinas. Ele aprende a lidar com frustrações (porque nem sempre se ganha), com limites (porque há regras) e com a própria pulsão (porque há um objetivo a alcançar). A longo prazo, isso contribui para que ele construa outra relação com o corpo e com os outros.

Três ações/atividades que poderiam ser feitas para favorecer a mudança de comportamento de Eduardo, considerando a sublimação freudiana:

  1. Canalização da Energia Agressiva por Meio de Esportes Competitivos
    • Benefício: Libera tensões de forma saudável e promove disciplina e cooperação.
    • Implementação: Treinos regulares de esportes coletivos ou individuais.
  2. Desenvolvimento de Habilidades Artísticas ou Criativas
    • Benefício: Expressa emoções de forma construtiva e aumenta a autoestima.
    • Implementação: Oficinas de arte, música ou escrita criativa.
  3. Participação em Projetos Comunitários ou Voluntariado
    • Benefício: Promove empatia, solidariedade e senso de pertencimento.
    • Implementação: Iniciativas de voluntariado, como limpeza de áreas públicas ou apoio a crianças.

Essas ações podem ajudar Eduardo a transformar impulsos agressivos em comportamentos positivos, contribuindo para sua evolução pessoal e social.

1ºPrimeira ação : Conversar abertamente com Eduardo e seus pais, deixarem eles falaram abertamente para que se possa entender o que há de inconsciente  em seus comportamentos. Provavelmente é um sentimento de inferioridade.

2º segunda ação: Incentivar nos respectivos indivíduos ações e comportamentos que façam Eduardo elevar sua autoestima, pois ele está agressivo por que provavelmente se sente inferior aos demais, então os ataca como forma de tentar alcançar uma superioridade em algum sentindo emocional.

3º terceira ação: Acompanhar a evolução do caso em conversas semanais com o paciente.

É fundamental buscar compreender os traumas que Eduardo traz da sua infância...como é o ambiente familiar, como ele é tratado pelos pais, pelos avós...a agressividade dele é um mecanismo de defesa.

A idéia é procurar entender o que realmente é dele e o que ela adquiriu do relacionamento familiar.

Uma escuta aberta sem julgamentos seria o primeiro passo, depois uma conversa e escuta com os familiares.

Pra mim a questão é multifatorial, então é preciso aprofundar na condição familiar.

a primeira coisa que eu faria seria ter uma escuta ativa com o Eduardo

segundo ter uma escuta ativa com os pais

terceiro após fazer uma avaliação minuciosa sobre as escutas eu indicaria uma solução para a causa do problema, que pudesse beneficiar não somente o Eduardo como também a todos a sua volta.

O comportamento de Eduardo ( segundo o que  Freud nos ensinou) é que ele faz e tem está em conflito no id , ego é o superego. O não sabe o seu próprio EU.
1*  A  analise da vida em família e como foi criado.
2* Introduzir um ato conhecimento que poderá ajudar encontrar os gatilhos de tal ações.

3* Dar ao Eduardo um mecanismo de canalização dos emoções ( esporte: box ,caratê e etc ) para ele aprender sublimar os conflitos do inconsciente para trazer um equilíbrio emocional.

Primeira ação é entender o dia a dia, verificando as ações dos pais, familiáres ou as pessoas que o cercam.

O sentimento de culpa e despraser, faz com que a criança crie muitas vezes a agressão e os delitos, como forma de mecanismo de defesa.

Onde é o momento das comunidades terem conselhos de atividades intectuais, religiosidade e artística, pois verificando todas as informação termos base para conseguir estudar essa criança, pois todos os atos podem ser a sublimação agindo no interior do inconsciente, por isso que muitos criam isso como mecanismo de defesa.

Pela minha experiência em sala de aula como professor aqui na minha cidade em ltaituba PA, trabalho,

Há 8 anos como professor trabalho com alunos do 6⁰ ano ao 9⁰ ano, no caso deste aluno aí chamado Eduardo, apresentando notas baixa tem seus rendimentos baixos isso era preocupante até porque a casos  de não ter acampamento de pais ou responsáveis por ele em alguns caso de pais que brigam e isso acaba afetando seu psicológico, precisava de seus também, o professor dele tinha que ter comunicado a família dele para saber o que estava acontecendo em casa para saber o que estava acontecendo, por ele ter este tipo de comportamento, e de ter notas baixa.

Tive um aluno com a idade mais ou menos de 15 anos a 16 anos, que tirou sua própria vida, era um aluno muito tranquilo, por conta da sala minha ter em média de 38 alunos, isso dificultou em perceber algum problema com ele procurei se informar descobri que ele morava com a mãe e seu padrasto, ele sentia desprezado em casa ficou com depressão, e ninguém percebeu e o mesmo tirou sua própria vida...

 

 

 

Primeiro: deve-se investigar o convívio social e familiar, para se ter uma compreensão claro do comportamento.

Segundo: Ouvir com atenção e empatia para se perceber as reações institivas do insconciente.

Terceiro: oferecer a pessoa uma nova interação social/familiar, mostrando assim para a pessoa um outro meio de realização e satisfação pessoal.

Nesse caso, a sublimação de Eduardo está relacionada a rejeição, validação do ser (indivíduo) e também a comportamento de preferência exercido pelos pais no âmbito familiar.

Nesse caso sugere-se atividades sócio- interativas.

É necessário chama-lo em um ambiente tranquilo para que ele se sinta confiante na abordagem, deixando claro que estamos ali para entender seu comportamento agressivo e quais as causas que estão fazendo com que ele esteja agindo assim.

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