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Desafio - Módulo II

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O irmão que olhou para o espelho, não percebeu que era sua imagem refletida, achou que seu irmão não queria brincar com ele.

Diante das análises acerca da construção do “eu” a partir das dinâmicas psíquicas apontadas por Freud, Lacan e Dolto, é possível identificar alguns conceitos psicanalíticos na história em questão.

A criança que permanece em casa e suplica pela presença do irmão na brincadeira, ainda não tem de forma definida sua percepção sobre a própria imagem. Tal circunstância exemplifica o que Lacan defende como estádio de espelho, quando a única percepção que a criança tem é a sua própria imagem. Sendo assim, no caso da criança diante do espelho, a mesma ainda não é capaz de identificar que a imagem refletida no espelho é ela mesma e; ao entender que se trata do irmão no reflexo, o chama para a brincadeira.

Olá para todos!

Acredito que possa contribuir um pouco nesta tarefa, pois também sou gêmeo, bivitelino, com minha irmã. Realmente a gente convive muito com esse "par", não sei explicar, mas geralmente nossos sentimentos, mesmo distantes geograficamente, acabam se comunicando. Lógico, hoje temos 47 anos, mas quando fomos para a primeira série escolar, lembro que ela sentou-se ao meu lado na classe (aqui no sul, chamamos assim a carteira de aluno) e fomos drasticamente separados, porque irmãos não poderiam estudar juntos, ela chorou copiosamente, porque fazíamos tudo juntos, e foi uma ruptura desagradável. Mas com relação à constituição do eu, acredito que mesmo os univitelinos, cada um tem seu próprio momento de constituição, pois observa-se isso na personalidade de cada um e no tempo que é próprio em seu desenvolvimento, como caminhar, falar, pensar e sentir.

Levando em consideração o estádio de desamparo que o ser humano experimenta ao nascer e sua incapacidade de lidar com os estímulos, e  a inaptidão de se evadir-se : a sua incapacidade de entender que é a si mesmo no reflexo, o leva a viver uma  situação  nunca vivida antes, uma inexperiência de compreensão . Ele precisa da mãe para sentir se validado diante da situação que não consegue compreender ( que gera a angustia, o porque do irmão não o validar, não responder) da mesma forma citada por Lacan: o estádio do espelho, quando o bebê faz sua performance diante do espelho, fascina-se, mas procura um olhar  validar-se o olhar daquele que ele ja reconhece, que já é instituído

( geralmente a mãe).

O gêmeo diante do espelho não teve a validação diante da imagem refletida, o que lhe gerou angustia, porque julgava ser seu irmão.

Os dois irmãos em questão tem uma ligação tão forte,  que não consegue enchegar o mundo um sem o outro.

Para o irmão doente tem como apoio a imagem do irmão

 

Personalidades diferentes.

Sempre um é mais pró - ativo.

Outro é mais como dependente.

Indivíduos diferentes, apesar das aparências físicas.

Importante respeitar desde o nascimento esta individualidade.

Para o desenvolvimento futuro.

 

 

Essa situação condiz muito com o que Lacan e Dalto disseram, talvez o menino veja seu irmão como um reflexo dele mesmo, o que seria o ''eu''. Em seu imaginário, talvez seu irmão seja uma representação de si mesmo, pela semelhança entre eles, ele ainda não entende que cada um tem sua própia identidade.

o ser humano nasce extremamente imaturo; para sua sobrevivência,  necessita da presença do outro e essa necessidade é traduzida como amor. Por outro lado, o instinto de sobrevivência e a percepção da necessidade de proteção fazem com que a mãe e o pai apresentem também o sentimento de amor pelo filho e a reciprocidade desse amor do filho e dos genitores funde-se ocasionando a afetividade, neste caso o irmão adoentado viu sua imagem no espelho refletida e pensando que fosse o irmão fez a suplica, porém neste momento ele exprime a sensação de solidão e desprezo que pode sentir em virtude da identidade duplicada e talvez um sentimento de amor dividido.

Eles ainda estão muitos ligados e e com a falta do irmão decidiu ir ao espelho amenizar a falta

 

Na imagem com os irmãos gêmeos e o cãozinho, pode-se observar um interagindo com o pet e com claro sinais de contentamento enquanto seu irmão está indiferente, de pé e com aparência triste.

Considerando Freud, Lacan e Dolto:

  1. Teoria de Freud (Narcisismo) O irmão que está contente, possivelmente identifica com seu objeto de amor (o cãozinho) que lhe traz prazer e satisfação. Uma certa projeção de afeto, ao passo que o irmão triste possa estar passando por uma sensação de desvalorização ao ver o irmão receber a atenção do animalzinho. Experimenta um ataque a seu ego. Pode despertar sentimentos de inveja ou raiva.
  2. Teoria de Lacan (Estádio do espelho) O irmão triste pode estar em conflito com a situação, tentando ignorar a imagem refletida pela interação do irmão que está contente, feliz pela identificação plena com o pet, pois está desenvolvendo a sua relação.
  3. Teoria de Françoise Dolto (Esquema de Imagem) O irmão contente projeta uma imagem positiva própria em relação ao cãozinho, portanto esta está sendo sua experiência. Enquanto isso o irmão triste e apático trava uma sensação de desconforto, com sua imagem dissociada do momento de interação.

 

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