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Desafio - Módulo II

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O eu buscando solucionar suas angústias. O ser humano busca desvendar o universo, mais é cada vez mais incapaz de desvendar o seu universo interior. Pois o " excesso do fazer provoca a anemia do ser".Ao exemplo do menino que teve sua rotina quebrada por conta do resfriado,o qual desligou ele do piloto automático, ele se encontra sozinho. E suas angústias saltam pra fora. Hoje já é muito comum e conhecido a depressão do quarto. Também a depressão do domingo. A primeira o isolamento, devido o excesso de interatividade tecnológica, na sua maioria adolescentes e jovens. A segunda os adultos, que vivem dentro de um ativismo desenfreado, quando fazem uma parada para descansar, vem a ansiedade, nervos descontrolados, angústias etc... Depressão do domingo. Pois nesse dia ele reflete o espelho. E tudo que ele não vê, quando está no ativismo, é refletido quando ele para.

Embora tenham a mesma imagem no espelho,se reconhecem como pessoas diferentes, com identidades diferentes e em processo de amadurecimento. Cada um formando o seu EU.

Segundo Lacan a imagem no espelho é o primeiro identificador do eu como sujeito individual . Neste episódio de irmãos gêmeos ,o irmão reflete a imagem e a identificação do outro como sujeito. A formação do eu é um processo contínuo permitido pela construção da história quando se constrói o novo ,aspecto este introduzido pelo cristianismo ao revelar a libertação da expiação como ciclo da culpa .

O garoto por ainda estar crescendo, não percebeu, ou esta se iludindo, com a reflexo no espelho para não se sentir tão sozinho, afinal, como dito, nunca tinham se separado antes.

Ao olhar para o espelho, ele reconhece o irmão pois ainda não tem a percepção da própria imagem, então não compreende a não manifestação do mesmo em relação ao seu convite.

O "estádio do espelho", proposto por Jacques Lacan, é uma fase do desenvolvimento humano na qual a criança se reconhece pela primeira vez no espelho. Esse reconhecimento é crucial para a formação do "eu". No entanto, esse reconhecimento não é imediatamente claro. Inicialmente, a criança pode não entender completamente que o reflexo é dela mesma e a situação descrita destaca a complexidade da formação da identidade e do reconhecimento do "eu". Gêmeos idênticos, especialmente aqueles que são extremamente próximos e raramente separados, podem enfrentar desafios únicos na distinção de suas próprias identidades.

Vemos uma relação de dependência emocional e física, um dos gêmeos ainda não se encontra inserido no ambiente em que está por isso ao olhar o seu reflexo no espelho enxerga o irmão, é necessário trabalhar essa relação com mais autonomia para ambos.

O fenômeno de olhar para o espelho e ver a própria imagem como a do irmão gêmeo é uma ilusão de ótica e tem a ver com a forma como nosso cérebro processa a informação visual. Não tem necessariamente a ver com a presença real do irmão gêmeo no espelho.

No caso descrito, o irmão gêmeo doente parece estar passando por uma interação peculiar com sua própria imagem no espelho, possivelmente como uma forma de consolo ou companhia durante a ausência física de seu irmão. A mãe, ao consolá-lo, está fornecendo apoio emocional nesse momento.

Diferente de um ser gerado individualmente o gêmeo tem seu espelhamento desde sempre, para ele o espelhamento é o irmão e não um reflexo seu.

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