Desafio - Módulo II
Como são duas pessoas que pensam diferentes, mas ao se olharem veem a si mesmo no outro, é necessário entender como cada um se sente com isso. Pois quando temos irmãos mais velhos, ou seja, vieram antes de nós, temos a necessidade de aprovação pelos pais, mas copiamos as ideias do mais velho. No caso de gêmeos, um pode se sentir inferiorizado pelo fato do outro (na cabeça dele) receber mais atenção, ou ganhar uma coisa melhor que a dele...
O menino que ficou, cria uma ilusão da presença de seu irmão,
pois ao se ver sozinho, reflete a imagem que lhe e guardada no inconsciente (id) , imagem de seu irmão e companheiro.
a interação com espelho que reflete a sua imagem, idêntica à de seu irmão não lhe é bem como esperava: pois não responde à interação de resposta, ele percebe então que esta só!, mas não admite e ao ver a mãe diz; o "X" não quer brincar de cavalo!!
ou seja; ele não esta aqui comigo.
a dor da rejeição, ou do abandono, ante a uma mente não preparada - não traduz a coerência da realidade!
ser ou não ser! eis a questão.
se Eu não sou Nós!
quem somos? ou quem sou Eu?
AS CRIANÇAS VIVERAM TANTO TEMPO TENDO O MESMO PADRÃO DE COMPORTAMENTO QUE O GÉMEO QUANDO ESTEVE SÓ DIANTE DO ESPELHO NÃO SABIA QUEM ELE É
Muito interessante. Acredito que o menino ainda não consegue identificar o meio em que ele vive, e sua imagem no espelho, ele acredita ser o irmão... Porque sempre estão juntos
Ao serem separados começam a perceber que sua referência não está no outro, mas em si mesmo, assim nasce uma angústia e, dependendo de como os indivíduos mais maduros possam orientar as atitudes e estas novas percepções suas personalidades possam se distinguirem.
Autoconhecimento não é comparação neste caso ele confunde-se com seu irmão por se identificar tanto com ele
Que não consegue perceber-se a si mesmo
O gêmeo doente já reconhece o OUTRO quando expressa para sua mãe que o irmão, na verdade a própria imagem refletido no espelho, não quer brincar com ele. Segundo Lacan podemos dizer que o gêmeo que ficou em casa percebe seu irmão, na dimensão do simbólico, na imagem do espelho.
A imagem mental do "outro" irmão na sua ausência se dá pela instância do imaginário (estádio do espelho).
Podemos ratificar a importância do nome que nos é atribuído no nascimento para a formação da identidade, do EU, da percepção do OUTRO, dos esquemas corporais, principalmente para gêmeos univitelinos onde a imagem pessoal confunde-se com a de outro ser que habita o mesmo espaço e contextos sociais.
Por nascerem e crescerem tão unidos, os gêmeos desde o início se constituem como uma dupla, portanto na hora de se separarem os mesmos irão sentir a necessidade de adaptação, necessitando de ajuda dos pais e se constituir enquanto seres humanos.
uma falta de construção de sua imagem e identidade por sempre se ver em seu irmão não assimilando a sua individualidade, sendo incapaz de distinguir sua pessoa do seu reflexo.
Nesta situação, por se tratar de uma criança ainda muito pequena que inda está desenvolvendo a percepção de sua própria identidade, vendo o seu reflexo no espelho, o menino que estava se sentindo só pela ausência do irmão que era seu companheiro, chamou a sua própria imagem para brincar, pela necessidade de ter alguém do seu lado.