Desafio - Módulo II
A criança que se olha no espelho, por seu gêmeo com seu irmão, não percebe que, ele e não seu irmão, se apresenta diante dele. Isso parece dizer que ainda não se identifica como indivíduo autônomo, visto que, emocionalmente, se vê muito ligado ao irmão e fisicamente não reconhece sua própria identidade.
Me lembra muito a história de Narciso que a o se apaixonar e querer a pessoa do espelho, por achar que era outra pessoa, era inacessível, gerando assim sofrimento para o próprio.
No caso do eu, não validado! É muito parecido pois o irmão passa a esperar do outro, aquilo que na verdade ele quer dele mesmo. Só que porque na verdade, ele quer uma ação dele mesmo e não sabe disso, o fato de outro atender esse anseio é impossível e gera sofrimento, fazendo com que inconscientemente ele rejeite a ele mesmo e cresça com baixa autoestima.
Por isso, a atitude correta é a mãe parar dá atenção e validar aquela criança e ajudá-lo a entender que se trata dele mesmo.
O não dissociar-se da identificação física do irmão é natural. Até que o cérebro amadureça e, por experimentação e vivências, a noção e apropriação do corpo e suas formas vai sendo absorvida. Nessa fase a criança ainda está no simbólico,onde a realidade não é compreendida.Na verdade ela ainda mal compreende a ausência materna, porque se sente conectada fisicamente a essa mãe.A criança realmente sofre com a separação e no caso citado existe uma dor emocional pela recusa do "irmão espelhado".Uma solução hoje em dia, seria mostrar uma foto ou um vídeo do irmão na escola, para lhe desse alguma previsibilidade da ausência.
Existe grande relevância em pesquisas sobre irmãos gêmeos na psicanálise. Podemos destacar que, se por um lado as diferenciações começem ainda na barriga da mãe, ao apontar um como mais inquieto que o outro, qual ocupa determinada parte da barriga, entre outras questões, e num primeiro momento ao menos para a mãe, essa diferenciação possa ser positiva, para as crianças isso se torna negativo a partir do nascimento delas uma vez que a comparaçã dentro do primeiro universo ao qual a criança se está inserida pode vir a criar uma sensação mais potencializada de cisão, corte, gerando assim os primeiros traumas ainda muito jovens uma vez que as crianças são verdadeiras esponjas e absorvem tudo que está ao seu alcance, isso acaba sendo agravado pela ausência de um filtro para entender que essas primeiras comparações não são necessariamente boas ou ruins, são apenas uma breve identificação.
Apesar da aparência física, quando são univitelinos, ou seja da mesma placenta. Pode sim dizer que se vejam como espelho. Porém com personalidades distintas, habilidades mas que tem as suas afetividades aumentadas. São extremamente sensíveis a pessoa do outro. Ao ponto de sentirem a mesma dor.
A conexão de um irmão para com outro é evidente, e pela aparência externa contribuir para essa situação a criança se identifica pela imagem de seu irmão, nesse caso a mãe pode contribuir para que eles de forma mais individual se encontre, através de gostos, de sentimentos e emoções, etc.
Todos nós temos um tipo de neurônio chamado neurônio espelho que tem a função de ter o outro como referência.
Essa situação hipotética sugere que o garoto pode estar enfrentando desafios em relação á sua identificação individual, imagem corporal e construção do seu eu.
De acordo com o que estamos estudando por mas que a figura mostra dois irmãos iguais,eles sempre terão um eu a descobrir.
Sempre estaremos em busca de nos conhecemos,pois o nosso inconsciente revela a dependência em alguém ou alguma coisa.
Observa-se que para o eu ser estabelecido e necessário que exista o outro para distinguir. No caso dos gêmeos a idéia foi que ambos se observam e se veem porém não se distinguem pela imagem. Quando o irmão saudável, que parece que não tem tanto apego a animais, observa que a imagem refletiva, do que ele achava ser o outro o irmão, não demostra nenhum sentimentalismo como onde costume acha-se estranho observando a imagem do seu corpo semelhante ao irmão como se fosse o "eu" do irmão sem tem noção de sua própria imagem.