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Desafio - Módulo II

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A formação de todo indivíduo sofre influência de fatores que podemos chamar de genéticos e sociais  e no caso dos gêmeos é  complexo.Pois é difícil o processo de indidualização devido algumas particularidades como ambiente de criação compartilhados.

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FABIO LUIS NEVES DE OLIVEIRA

Quando um dos gêmeos, se depara com sua imagem no espelho, ele se reconhece, precocemente, como um ser "inteiro" e coordenado. O gêmeo se encanta tanto com a imagem que vê no espelho, que acaba se identificando com a imagem que vê refletida, pois para Lacan, o "eu" é definido como uma instância do imaginário.

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FABIO LUIS NEVES DE OLIVEIRA

No caso dos gêmeos univitelinos, que compartilham uma semelhança física notável, a situação revela a importância do estádio do espelho proposto por Jacques Lacan. Quando um dos irmãos fica em casa devido ao resfriado, o irmão que vai para a escola manifesta angústia diante do espelho. Ele suplica para sua própria imagem, expressando o desejo de brincar com um cavalo de madeira.

Essa cena sugere que o gêmeo na escola está buscando validação e interação através da imagem refletida, tentando suprir a ausência do irmão doente. A mãe entra, revelando-se como a presença real, e o filho se volta para ela com uma mistura de reivindicação e tristeza, mencionando que "X" (seu irmão) não quer brincar de cavalo. A identificação e a busca por reconhecimento na imagem do espelho refletem a complexidade das relações emocionais e da construção da identidade.

Dois irmão que crescem juntos e cria um elo forte de amizade e companheirismo, ao ter que se separa se depara com sua própria imagem refletida no espelho que trás lembrança do irmão gêmeo, e com inocência sem saber ainda distinguir que era seu reflexo ele fala com seu próprio eu através do espelho pensando ser seu irmão gêmeo, e por aquele reflexo não demonstrar ser como é realmente seu irmão isso acaba trazendo angústia.

Simplesmente à inocência de uma criança que ainda não sabe distinguir entre ele mesmo e seu irmão gêmeo, e olhando seu próprio reflexo no espelho acha ser seu irmão gêmeo.

O irmão pensa que o espelho é seu irmão que foi para escola e de alguma forma não consegue identificar que o espelho não é seu próprio eu.

Ocorreu uma projeção.Ele não consegue identificar o irmão como outro indivíduo. Por serem gêmeos ao se olhar no espelho ele viu " a própria" imagem refletida acreditando que era o irmão.

Pois bem, com base no que estudei nessa unidade, pude compreender que o "olhar no espelho", literalmente, faz parte do processo de identificação do eu. Quando a criança começa a se identificar fisicamente com a imagem refletida no espelho, é um sinal de desenvolvimento e maturidade, onde a imagem pessoal, até então não percebida, começa a se desvincular da imagem materna e o processo de individualização do indivíduo começa a ser exteriorizado.

No texto sobre os dois irmãos gêmeos, percebe-se que o irmão ainda não desvinculou sua imagem pessoal da imagem do irmão. Provavelmente essa criança, por ser gêmea univitelina, ainda não conseguiu fazer distinção de sua própria imagem a ser ver, e acredita que o reflexo no espelho é a pessoa do irmão, a quem ele mais vê.

Com a maturidade cada indivíduo vai identificando características que o distingue das outras pessoas, sejam elas físicas ou de personalidade, aptidões e vontades que o torna um ser único e distinto.

 

Essa situação pode ser interpretada como um exemplo de identificação projetiva, um mecanismo de defesa no qual a criança projeta partes de si mesma ou de seus sentimentos não reconhecidos em outra pessoa ou objeto externo, como a imagem no espelho. A criança ainda não desenvolveu completamente a capacidade de distinguir entre seu eu e o outro, então ela pode interpretar a imagem no espelho como uma representação do irmão gêmeo ausente, causando confusão e angústia quando percebe a falta dele. Essa confusão reflete os estágios iniciais do desenvolvimento do eu e da identidade na infância.

Nota-se que a constituição do "eu" ainda não está desenvolvido.

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