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Desafio - Módulo II

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O gêmeo doente até então não tem noção de que é um indivíduo diferente do seu irmão gêmeo que está na escola, por isso ao ver seu reflexo acredita ser seu irmão e o pede o cavalo

Por ser ainda uma criança, ele pensou que o reflexo dele daria para brincar com ele mesmo

Por serem gêmeos, conviverem diariamente nos mesmos ambiente  e serem muito pequenos a imagem corporal dos meninos ainda está sendo construída. Principalmente por serem constantemente confundindos, sendo discernidos apenas pela mãe e o irmão.

Eles estão ainda no seu reconhecimento corporal e o menino tem em seu próprio irmão o seu reflexo como no espelho, e na ausência do seu par diário, encontrou no espelho uma fuga para a ausência do irmão, pois viu no seu próprio reflexo a imagem do seu companheiro!

Porque da mesma forma que ao olharmos no espelho começamos a reconhecer o nosso eu, nosso corpo e nossa formação, o menino usa da imagem do próprio irmão como reflexo! ainda está trabalhando sua própria identidade.

Por o dia a dia ser com seu irmão gêmeo, atividades diárias e etc, ele ainda não teve a noção, conhecimento do seu eu. ou seja , ele não se conhece, e ao se olhar no espelho ele ver seu irmão, por ser sua cópia física , e não consegue diferenciar,mesmo o espelho mostrando os movimentos feitos por ele.

O irmão que ficou em casa, ao olhar no espelho, pensa que está lidando com o irmão dele, por não reconhecer o seu próprio eu e sua própria imagem se assemelhar com o seu irmão, é gerada uma confusão mental de que o irmão não quer interagir e brincar com o mesmo. Dito isto, está claro que ainda estão na fase de conhecimento do seu próprio eu, do seu corpo e da formação da sua imagem.

DESAFIO – IMAGEM PESSOAL

Aylton Batista de Oliveira

Segundo Lacan, um dos psicanalistas mais contemporâneos, que fez uma releitura da teoria freudiana e situou o eu como instância do imaginário, ou seja, no campo do desconhecido, da ilusão e da alienação, cuja fase denominou de “estádio do espelho”, o formador da função do eu.

Assim os irmãos gêmeos idênticos, univitelinos, que sempre foram para a escola juntos, e agora separados, o gêmeo que fica em casa por estar doente e olha a sua própria imagem no espelho e a confundia com a imagem do irmão gêmeo, estava vivendo o “estádio do espelho”, segundo Lacan, isto é, no seu dia a dia ao ver a imagem de seu irmão gêmeo criava uma ilusão ou uma projeção do seu eu em seu irmão. O gêmeo projetava sua imagem imaginária no irmão, e ao ver no espelho imaginou que aquela imagem era o próprio irmão.

Esse estádio diante do espelho, oportuniza um espetáculo fascinante, isto indica qu´, e o irmão gêmeo ainda não estava controlando o seu eu na estância do imaginário, o estádio do espelho como uma identificação ainda estava sendo processado na mente da criança para que pudesse assumir a sua própria imagem diferenciada da imagem do irmão, e assim ele pudesse assumir a sua própria identidade, constituindo o seu próprio eu diferenciado do eu do irmão gêmeo.

ISSO PROVA A INTERDEPENDÊNCIA DO NOSSO EU!

Sem ainda ter a consciência de sua própria individualidade, por ainda estar em uma fase de amadurecimento, o gêmeo idêntico que ficou em casa pensou que seu reflexo no espelho era o seu irmão. Por ainda não ter conseguido desenvolver essa consciência, ele não conseguiu entender que o reflexo no espelho é a sua própria imagem, e não do irmão.

O irmão projeta o seu "eu" em outro.

Os irmãos gêmeos são ligados desde o útero de sua mãe, sentem como se fosse um só, não só na aparência mas em tudo o que fazem, pois estão sempre juntos. Neste caso, o gêmeo que não foi à escola teve a primeira noção do EU e não soube lidar com isso, já que, idêntico ao irmão, não consegue e sabe diferenciar o eu dele com o eu do irmão. Acredito que aí, seus pais precisariam intervir.

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DOUGLAS TIAGO
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