Desafio - Módulo II
Quando se olha no espelho, o menino não se reconhece, acreditando que fosse seu irmão gêmeo. Assim, ele não se reconheceu, não reconheceu seu corpo. Então é importante que se reconheça para a formação de sua identidade.
São irmãos gêmeos, porem possuem personalidades diferentes na sociedade mesmo, que a sua fisionomia sejam a mesmo, por isso eles acham diferente olhar no espelho, e verem que são iguais.
Quando eles se olham no espelho não acredita ser ele acreditando, que seja seu irmão é necessário se reconhecer.
A imagem é muito importante na constituição do eu, logo, a criança ainda pequena e sem muita noção desse eu, pode se confundir nesse caso de perceber uma outra pessoa com uma imagem idêntica. Por isso, é necessário ressaltar que não somente a imagem constitui essa parte importante que é o eu, precisa-se de outros critérios, como Dolto (2008) diz por exemplo, sobre a importância do prenome, dentre outros itens que pode complementar essa descoberta.
Como o gêmeo que ficou em casa ainda não se reconhece como indivíduo no espelho, ele pensa que sua imagem refletida, é seu irmão gêmeo.
A dinâmica do inconsciente e a relação com o outro irmão gêmeo, a necessidade de construir um eu individualizado, o papel da fantasia na construcao da identidade e também a influencia da relação com a mãe(ou outros indivíduos de autoridade)
A confusão experimentada por crianças gêmeas ao olharem no espelho e confundirem seu próprio reflexo com o de seu irmão está profundamente enraizada nos primeiros processos de desenvolvimento psicológico descritos por Freud, Lacan e Dolto. No caso apresentado, em que o irmão não enxerga a si mesmo e entende ser o irmão no espelho, fica claro como essas estruturas teóricas ajudam a explicar como a dinâmica única dos gêmeos pode influenciar a formação da autoidentidade e da imagem corporal. Entender essas influências pode fornecer compreensão sobre o desenvolvimento psicológico de gêmeos e destacar a importância de distinguir suas identidades.
Que independente da forma física iguais, o processamento (parte intelectual)são distintos,cada um com seu tempo de ação e reação, pois somos movidos por emoções, que nem sempre serão sentidas no mesmo momento, cada um com sua evolução.
Segundo a teoria do espelho de Jacques Lacan, a formação do "eu" está intimamente ligada ao momento em que a criança se reconhece no espelho. Este reconhecimento marca um passo crucial no desenvolvimento da identidade e da autoconsciência.
No caso de gêmeos idênticos que nunca foram separados, a confusão entre o irmão e o reflexo no espelho pode ocorrer porque eles têm uma aparência física idêntica e compartilham experiências de vida muito semelhantes. Essa forte semelhança pode dificultar a distinção entre si mesmos e o outro.
Quando um gêmeo idêntico confunde o irmão com um espelho e o chama para brincar, ele está projetando sua própria identidade no irmão. A criança espera que o "reflexo" responda como ela mesma faria. A ausência de resposta do "irmão-espelho" causa tristeza e frustração porque a criança espera interação e reciprocidade, algo que é essencial para seu desenvolvimento emocional e social.
Essa experiência destaca a complexidade do processo de formação da identidade, especialmente em gêmeos idênticos. Eles precisam aprender a diferenciar entre o "eu" e o "outro", um passo importante no desenvolvimento da autoconsciência e da percepção de que cada um tem uma identidade própria.
Na psicanálise clínica, gêmeos que não se reconhecem como indivíduos distintos podem estar enfrentando desafios no processo de "separação-individuação" e na formação de identidades separadas. A identificação mútua e o narcisismo primário podem dificultar a diferenciação do eu. A intervenção terapêutica pode focar em promover a consciência individual e a independência emocional.
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